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Auto-Desafio: 60 Animes Em 2 Anos

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Mensagem por Thear Sáb 05 Mar 2016, 22:25

Relembrando a primeira mensagem :

Eu me considero um fã de animes. E de animação no geral. Considero que animações tem uma vantagem inerente ao Live Action. Mas nunca vi tantos animes. Muitos fãs por aí viram centenas ou pelo menos varias dezenas. Talvez notem que eu já disse o mesmo sobre filmes, séries, e tudo mais... Fazer o que? Meus gostos são bem dispersos entre varias coisas diferentes, então nunca fico muito tempo em uma unica mídia.

Mas agora é hora de mergulhar como nunca antes nos animes! Eu já vi muitos daqueles "Top X Animes de Todos os tempos", no youtube, e em vários casos pensei como seria seguir a lista e assistir todos. Bom, decidi fazer isso, e escolhi o Top 60 de ThatAnimeSnob (Rorico),  de 2014. Um sujeito que já assistiu cerca de 2 mil animes, e que é extremamente critico e exigente. Ele tem algumas tendencias que não gosto, como desvalorizar tramas nas quais nada de importante esta em jogo ou valorizar brucutus (personagens "machões", normalmente musculosos que resolvem tudo sozinhos, coisa dos anos 80). Ele também tende a desprezar o mainstream e os animes mais recentes. Pra mim isso é positivo, porque eu queria uma lista com vários animes menos conhecidos e/ou antigos. No geral, por ser tão critico, a lista dele me pareceu a com mais potencial de ser interessante de se assistir.

E meu objetivo é assistir tudo em 2 anos. Parece fácil pro pessoal que vê um anime por dia, ou por semana, mas eu tenho outros interesses, sabe? Faço varias coisas diferentes. Além disso, alguns desses são bem longos, o que não é o caso da maioria dos animes que lançam hoje em dia.

Edit: A altura de 06/03 de 2018, o desafio falhou. Acrescentei mais 6 meses ao meu prazo, e expliquei brevemente o atraso no texto sobre Evangelion.


OOOPS. Drama de youtube e a hostilidade excessiva do criador do video de top 60 que estava aqui levaram o canal dele a ser deletado do youtube. Talvez volte um dia, mas por enquanto deixarei esse texto aqui. A lista de animes abaixo esta enumerada de acordo com o top dele,
anyway.




A lista dele não é convencional. Ele divide em vários pequenos Tops para cada gênero, e apenas os 10 últimos (Top 10), seguem o esquema tradicional desse tipo de lista. Eu não vou assistir na ordem do vídeo, e sim alternar entre cada sub-divisão da lista: uma comédia, um Slice of Life, um de ação, etc... Terminando com um do Top 10, e então voltando a comédia. Certos gêneros tem mais animes que outros, e vou garantir que um gênero não venha duas vezes seguidas (exceto talvez o Top 10), então a ordem vai ser errática. 

Alias, os nomes e definições dos gêneros dele são questionáveis, mas vou ignorar isso. 

A ordem completa a seguir, conforme assisto, postarei opiniões sobre cada anime nesse tópico, e vou editar essa mensagem para transformar o nome num link:

60 - Kenzen Robo Daimidaler - Comédia
55 - Usagi Drop - Slice of Life
52 - Final Fantasy Advent Children - Ação
41 - Wixoss - Psicológico
33 - Cowboy Bebop - Ficção Cientifica
17 - Kaiji - Manly
32 - Betterman - Ficção Cientifica
12 - Grave of the Fireflies - Drama de Guerra
51 - Redline - Ação
40 - Akira - Psicológico
31 - Noein: To Your Other Self - Ficção Cientifica
11 - Area 88 (OVA) - Drama de Guerra
30 - Digimon Tamers - Ficção Cientifica
10 - Serial Experiments Lain - Top 10
59 - Sayonara Zetsubou Sensei - Comédia
54 - House of Small Cubes - Slice of Life
50 - Shingeki no Bahamut - Ação
44 - Sailor Moon Crystal - Magical Girl
39 - Revolutionary Girl Utena - Psicologico
29 - Dennou Coil - Ficção Cientifica
09 - Kaiba - Top 10
28 - Brigadoon - Ficção Cientifica
08 - Ergo Proxy - Top 10
58 - Cromartie High School - Comédia
53 - Planetes - Slice of Life
49 - The Guyver: Bio-Booster Armor - Ação
43 - Full Moon Wo Sagashite - Magical Girl
38 - Mawaru Penguindrum - Psicológico
27 - Super Dimension Fortress Macross - Ficção Cientifica
07 - Haibane Renmei - Top 10
26 - Towards the Terra - Ficção Cientifica
06 - Ghost in the Shell - Top 10
57 - Detroit Metal City - Comédia
48 - Soul Eater - Ação
42 - Princess Tutu - Magical Girl
37 - Death Note - Psicológico
25 - Blue Gender - Ficção Cientifica
05 - Welcome to the NHK - Top 10
24 - Zegapain - Ficção Cientifica
04 - Fullmetal Alchemist: Brotherhood - Top 10
47 - Hunter x Hunter (2011) - Ação
23 - Top Wo Nerae Gunbuster - Ficção Cientifica
36 - Monster - Psicológico
22 - Tengen Toppa Gurren Lagann - Ficção Cientifica
16 - Bastard!! - Manly
03 - Neon Genesis Evangelion - Top 10
56 - Panty & Stocking With Garterbelt - Comédia
46 - Parasyte - Ação
35 - Millenium Actress - Psicológico
21 - Turn A Gundam - Ficção Cientifica
15 - Jojo's Bizarre Adventure - Manly
02 - The Tatami Galaxy - Top 10
20 - Mobile Suit Gundam: 8th MS Team - Ficção Cientifica
14 - Hokuto no Ken - Manly
45 - Kill la Kill - Ação
19 - Escaflowne - Ficção Cientifica
34 - Shinsekai Yori - Psicológico
18 - Space Battleship Yamato 2199 - Ficção Cientifica
13 - Berserk - Manly
01 - Legend of the Galactic Heroes - Top 10


Última edição por Thear em Ter 09 Out 2018, 01:24, editado 72 vez(es)
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Mensagem por Thear Qui 29 Mar 2018, 03:47

35 - Millennium Actress
Diretor: Satoshi Kon
Estúdio: Madhouse
Ano: 2002
Publico Alvo: Seinen/Josei
Gêneros: Ação, aventura, histórico, drama, romance, fantasia
Episódios: É um filme.
Sinopse (fonte: MyAnimeList): Na virada do milênio, os prédios degradados da Ginei Studio estão programados para demolição. O ex-empregado e cineasta Tachibana Genya decide honrar a ocasião com um documentário comemorativo sobre a atriz estrela da companhia: Fujiwara Chiyoko, a reclusa amada do cinema da Era Shouwa. Tendo finalmente obtido permissão para entrevistar a artista aposentada, um encantado Genya arrasta consigo o câmera cínico Ida Kyouji para encontra-la, pronto para por sua ídolo de volta nos holofotes.
Escondidos num retiro nas montanhas estão mil anos de história condensadas em uma vida, esperando para ser narrados. As lembranças de Chiyoko a levam a uma jornada ilusória pela história cinemática do Japão que transcende os limites da realidade; a saga de sua carreira como atriz se mistura com sua filmografia, os atores em sua vida se misturam com os personagens da tela, e o presente se mistura ao passado. A atriz pode ter se aposentado no auge de sua carreira trinta anos atrás, mas as cortinas do estágio de sua vida ainda estão para cair.


Vish. Esse esta acima da minha faixa salarial.

Geralmente quando o anime é complicado, ou tem muito o que absorver, eu consigo falar muito a respeito. Mas não é o caso aqui. Vai ser curto porque esse filme requer bagagem cultural que eu não tenho.

É visível que o filme é uma homenagem ou um comentário à história cinematográfica japonesa. Eu consigo ver que é bem feito, criativo, e tudo mais, mas não consigo entender nenhum detalhe. Eu nunca sequer vi um único filme japonês em live action, e Millennium Actress exige um conhecimento amplo sobre filmes japoneses pra realmente absorver tudo. Infelizmente não tem como eu falar desse aspecto do filme.

Posso fazer uns comentários gerais e focar um pouco no autor, talvez. O diretor foi Satoshi Kon... Esse cara foi bem impressionante. Teve poucos filmes como diretor, mas cada um deles se destacou e virou um clássico da animação japonesa imediatamente. Perfect Blue, Paprika, Tokyo Godfathers... Eu já tinha visto esses três, Millennium Actress era o ultimo filme dele que me faltava ver.

É uma pena que ele morreu tão jovem. Ele era com certeza um daqueles indivíduos incomuns torna digno de nota quase tudo que toca (ao menos como diretor). Os trabalhos dele costumam ser bem criativos e, alem de Millennium Actress, Paprika e Perfect Blue também incluem a mistura da realidade com sonhos/memórias/alucinações. Ele dirigiu também a série de animação Paranoia Agent, que eu ainda não vi, então não sei se também não contem ideias do tipo. O cara ainda tinha potencial pra criar muita coisa fascinante. A morte realmente é um desperdício (mais sobre isso aqui).

Dentre os quatro filmes de Satoshi, esse foi o que menos gostei, mas em grande parte pode ser só pelo fator de não ter pego as referencias. Mas com certeza não esta nem perto de ser ruim. É uma jornada bonita pela vida da personagem, é surpreendentemente agitado e empolgante... e triste. Ele tem certa habilidade de caprichar na criatividade do visual e do áudio, e isso é perceptível aqui, apesar de nem se comparar a Paprika nisso (que, por sua vez, é o mais superficial dos filmes dele em termos de roteiro).

Um solido 7/10. Sei que não pude absorver tudo que o filme tinha a oferecer, mas também não vi grandes falhas.

Não achei um trailer decente legendado em português. Mas acho que é ate mais adequado por os créditos de abertura em vez disso.

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Mensagem por Thear Qua 23 maio 2018, 03:03

21 - Turn A Gundam
Diretor: Tomino Yoshiyuki
Estúdio: Sunrise
Ano: 1999
Publico Alvo: Shounen
Gêneros: Ação, militar, ficção cientifica, aventura, espaço, drama, romance, mecha
Episódios: 50
Sinopse (fonte: MyAnimeList):Dois milênios depois de um conflito devastador que deixou o mundo destruído, a Terra é majoritariamente inabitável, e alguns remanescentes da humanidade viveram na Lua enquanto a Terra e uns poucos sobreviventes se recuperavam. Por anos, a "raça da Lua", o povo que vive na Lua, continuou verificando periodicamente se a Terra esta pronta para recolonização.
Um garoto chamado Rolan e dois outros são mandados para a Terra numa missão de reconhecimento. Rolan acaba passando um ano no planeta trabalhando para a Família Heim, aristocratas que vivem numa sociedade similar à vitoriana. Essa família, como outras com status de riqueza similar, celebra um rito de passagem para seus jovens com uma cerimonia envolvendo uma estatua gigante de pedra chamada de "White Doll".
Para a surpresa de Rolan, a Raça da Lua subitamente desce para a Terra com a intenção de toma-la a força. Durante o ataque, a White Doll se quebra, revelando um robô gigante chamado "Turn A Gundam". Com Rolan na cabine de piloto, o Turn A gera um impasse entre as forças da Terra e da Lua. O jovem piloto, junto com pessoas de ambos os lados, luta para manter a paz e evitar outra guerra catastrófica.

Esse foi bem... Atrapalhado? Sério, a impressão é que os roteiristas não faziam ideia do que estavam fazendo. E claro... algumas pessoas acham esse anime uma fantástica obra prima 10/10. Eu não consigo ver como.

Talvez... talvez eu consiga aceitar que os diálogos atrapalhados, como se os personagens não prestassem atenção no que os outros dizem... talvez eu consiga aceitar que isso é bem realista? De fato nunca vemos essas falhas de dialogo representadas de maneira sutil e realista em ficção! Mas... não consigo pensar em mais nada de bom pra dizer.

A arte é excepcional? Nope.
A ação é divertida? Nope. Talvez um pedaço ou outro dos últimos episódios?
A estória é boa? Céus, não! Não faz merda nenhuma de sentido, os personagens trocam de lado na guerra aleatoriamente, as facções do anime estão em guerra, mas aí não estão, e depois estão, e depois não estão novamente, mas alguns estão?

Pera, pera... Sério? Qual era a ideia desses roteiristas jenios? Eles pensavam que estavam criando algum tipo de drama de guerra complexo? Eu entendo que conflitos reais podem ser complexos e e caóticos, mas eles não são aleatórios!
E boa parte da premissa envolve uma sociedade vitoriana lutando contra uma invasão de robôs gigantes vindos da Lua. Como eu devo fingir que acredito que eles não seriam derrotados instantaneamente, no primeiro momento que o Turn A Gundam não estivesse por perto?

E era longa, essa porcaria. 50 episódios pra contar uma história aleatória e superficial... O que eu posso afirmar pelo menos é que não chegava a ser torturante. Teve um ou outro momento engraçado, e eu achava interessante que Lord Guin sempre se referia ao protagonista, Loran, como "Laura"... Mas o anime não chegou a fazer nada com isso, acabou sendo só uma quirk inútil do lord... que provavelmente agradou os desenhistas de hentai, no entanto.

Mas ok, não chegava a ser torturante. Eu gostava do Loran e da problemática Sochie; em algum tipo de remake ou reboot provavelmente eu gostaria de vê-los mais bem explorados.

É só isso, mesmo. Turn A Gundam é só uma decepção de 50 episódios. Não chama atenção de forma alguma, não se destaca de forma alguma, parece que os escritores eram tão... amadores. 4/10 é o máximo que merece, e isso só porque não chega a ser irritante.

Abertura básica. Começa com algum tipo de canto difônico indígena, o que não é esquisito se você já viu alguns episódios.



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Mensagem por Thear Sáb 26 maio 2018, 15:33

15 - Jojo's Bizarre Adventure
Diretor: Tsuda Naokatsu
Manga: Kobayashi Yasuko
Estúdio:David Production
Ano: 2012
Publico Alvo: Shounen
Gêneros: Ação, sobrenatural, aventura
Episódios: 26 + 24 (Stardust Crusaders) + 24 (Stardust Crusaders 2) + 39 (Diamond is Unbreakable) = 113
Sinopse (fonte: MyAnimeList): Em 1868, Dario Brando salva a vida de um nobre inglês, George Joestar. Ao adotar o filho de Dario quando o garoto se torna órfão, George espera pagar o débito que ele deve ao seu salvador. No entanto Dio, insatisfeito com sua vida, espera tomar a Casa Joestar para si mesmo. Vestindo uma mascara de pedra Azteca com propriedades sobrenaturais, ele decide destruir George e seu filho, Jonathan "Jojo" Joestar, e inicia uma série de eventos que continuará a ecoar por muitos anos.

Esse demorou. Atrasei bastante no decorrer desse.

Jojo é muito falado, e fonte de muitos memes. Tem uma ótima reputação no ocidente e, pelo que sei, é um dos animes mais populares no Japão. Mas... não é lá tão grande coisa.

Por ser uma adaptação nova de um manga antigo (começo dos anos 90), ele acaba sendo bastante obsoleto. Vilões cartunescos de tão cliches, (mais) sexismo que animes modernos, etc.
Hoje em dia não é mais tão comum, mas em animes mais antigos, literalmente todo vilão encontrado se acha o máximo e invencível, e suas habilidades são uma incrível surpresa para o herói, mas as habilidades do herói nem o incomodam minimamente, no começo da luta. Literalmente todos eles são assim, é bem cansativo.

E esses padrões se mantem ao longo de todas as sagas. O manga "Jojo" continua ate hoje, e é dividido em "sagas", cada uma se passa alguns anos ou décadas depois da anterior, e tem todo um elenco de personagens novos, com poucos se mantendo da saga anterior. Atualmente o manga esta na 8ª saga, enquanto o anime adaptou ate a 4ª.

Rápidas impressões específicas de cada saga:

- Phantom Blood. A primeira, e muito mais curta que as demais. Acho que é a mais sangrenta de todas. É uma história de vampiros da Era Vitoriana, misturada a um shounen de luta estilo pré-Dragon Ball. Durou 9 episódios e merece 5/10, acho.
- Battle Tendency. Ainda na primeira temporada, com 17 episódios. Battle Tendency é claramente a melhor das sagas, em grande parte porque Joseph Joestar é o melhor Jojo (pelo menos em sua própria saga, ele aparece de maneira bem menos interessante nas duas seguintes). É uma história de defesa da humanidade contra deuses aztecas ou algo assim... com shounen de luta pré-Dragon Ball. Merece um 6/10.
- Stardust Crusaders. Levou duas temporadas inteiras, 48 episódios. É horrivelmente enrolado, extremamente repetitivo, e tem o pior Jojo como protagonista (Jotaro Joestar, apesar de que na saga seguinte ele é bem melhor). Obvio 4/10. É uma jornada pelo mundo com shounen de luta pré-Dragon Ball
- Diamond is Unbreakable. 39 episódios, bem longo também. Mas também muito mais variado e moderno que os anteriores. É uma história de investigação criminal com shounen de luta pós-Dragon Ball. Tem alguns dos personagens mais interessantes da franquia, mas também alguns extremamente irritantes. 5/10.

No geral, com seus 113 episódios ate agora, Jojo definitivamente não impressiona. O autor é relativamente criativo com os poderes dos personagens, mas isso porque ele se permite ser muito arbitrário, e com isso também se permite utilizar deus ex machinas constantemente, praticamente todo episódio.

Jojo's Bizarre Adventure tem seus momentos divertidos, e as vezes a arte impressiona também, mas no geral é bem simplista e ultrapassado, e não é tão engraçado quanto os memes espalhados pela internet passam a impressão.

Grande trilha sonora, e aberturas e encerramentos nas três primeiras temporadas, no entanto. Faz sentido já que o autor enche o manga de referências à música internacional. Pena que a 4ª temporada não capricha nem perto de tanto quanto, nisso.

Nota geral 5/10.
Edit: Ao final do desafio, estou subindo a nota para 6.

A primeira abertura é a melhor, acho.



Última edição por Thear em Ter 09 Out 2018, 02:24, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Thear Qui 07 Jun 2018, 02:07

02 - The Tatami Galaxy
Diretor: Yuasa Masaaki
Livro: Morimi Tomihiko
Estúdio: Madhouse
Ano: 2010
Publico Alvo: Seinen
Gêneros: Mistério, comédia, psicológico, romance
Episódios: 11
Sinopse (fonte: MyAnimeList): Numa noite de outono em uma misteriosa loja de ramen, um estudante solitário do terceiro ano da faculdade se esbarra em um homem com uma cabeça com formato de berinjela que se auto-proclama um deus do matrimonio. Encontrar esse homem leva o estudante a refletir sobre seus últimos dois anos de faculdade - dois anos amargamente gastos tentando separar  casais no campus com seu único amigo Ozu, um homem determinado em tornar a vida do estudante o mais miserável possível. Resolvendo aproveitar ao máximo o resto de sua vida de universitário, o estudante tenta convidar a um encontro a anti-social mas bondosa Akashi, mas falha em tomar a iniciativa quando tem a oportunidade, levando-o a se arrepender de não viver sua vida universitária de outra maneira. Assim que o pensamento passa por sua cabeça, no entanto, ele é levado pelo tempo e espaço de volta ao começo de sua vida universitária, e tem uma nova chance de viver sua vida.
Surreal, artístico e alucinante, Tatami Galaxy mostra as desventuras de um jovem em sua jornada para fazer amigos, encontrar amor, e experimentar a vida cor-de-rosa de universitário com a qual ele sempre sonhou.

Uau. Eu já tinha ouvido falar muito bem desse, mas não esperava tanto.

Tatami Galaxy é fascinante. Não sei nem por onde começar...

... Vou começar pelo mais fácil. A arte. É um estilo que lembra Kaiba, mas menos cartunesco. É diferente, e pode dar um certo trabalho pra se acostumar, mas é usado de maneira bem criativa e ajuda muito a aliviar o humor da coisa toda... tornar tudo mais "leve" de absorver.

Saindo da arte... Primeiro tenho que comentar que o protagonista, especialmente enquanto narrando os acontecimentos e pensamentos, fala muito rápido, e em alguns momentos eu tive sérias dificuldades em acompanhar as legendas. Certamente vou assistir de novo esse anime em algum momento se eu aprender japonês... Na real, provavelmente vou assistir de novo de qualquer jeito, vale a pena. Tenho certeza que não percebi todos os detalhes e sutilezas da série.

Cada episódio mostra uma versão alternativa da vida universitária do protagonista (Watashi), mas realmente tudo que muda é a decisão dele de qual grupo social participar no começo da universidade (exceto num pequeno conjunto de 3 episódios, que incluem outra escolha importante), e todo o efeito borboleta que vem disso... Todos os outros personagens fizeram as mesmas decisões em sua vida universitária em todos os episódios, e as coisas pra eles só mudam se a decisão do protagonista interferiu nisso de alguma forma.
Isso significa que, independente do tipo de vida que o protagonista esta seguindo em um episódio específico, fora de cena existem muitas coisas acontecendo que aconteceram também em outros episódios, contanto que o protagonista não tenha interferido nisso nesse episódio específico. E já que cada episódio mostra pequenas partes do que acontece fora de cena nos outros, quanto mais perto do final da série você chega, mais partes do quebra cabeça você encontra sobre as vidas de todos os demais personagens, e sobre como elas são influenciadas pelo protagonista... e especialmente vice-versa.
Então... quanto mais tu avança na série, mais momentos de "cabeça explodindo" você tem, ao perceber novos detalhes que explicam coisas que aconteceram nas "realidades alternativas" de episódios anteriores. Eu vi esse anime ao longo de três dias... imagino que assistir um episódio por semana levaria qualquer um a esquecer muita coisa e assim perder boa parte da experiencia.

Alias... Obviamente ainda é recomendável assistir o anime da ordem correta, já que provavelmente o autor quis introduzir certas informações e elementos em certos momentos... e tem algumas piadas que só fazem sentido se você viu certos outros episódios... Mas imagino que, contanto que guarde os episódios 10 e 11 pro final, seja possível ter uma experiencia bem próxima de "normal" se você assistir os episódios em ordem completamente aleatória. Talvez quando eu rever eu tente isso... Na real, aposto que vou rever esse anime múltiplas vezes no futuro, tanto na ordem original quanto em outras ordens.

Apesar de cada episódio ser uma realidade alternativa, existem certos elementos constantes, nos quais o anime insiste bastante... como a "oportunidade" que Watashi esta ignorando, que esta bem na frente dele... Considerando isso, e a obra como um todo, eu diria que a mensagem principal do anime é...

Não sei. E talvez seria um spoiler se eu soubesse e tentasse descreve-la aqui... Eu ate faço ideia e entendo algo da filosofia por trás da coisa toda, mas a intenção principal do autor, se é que havia uma alem de "experimentar com narrativas", eu acho que não pesquei ainda. Mais motivos pra assistir de novo.


The Tatami Galaxy com certeza é um dos animes mais únicos que já vi, e uma das narrativas mais interessantes que já experimentei. A ideia de múltiplas linhas de tempo sendo mostradas é relativamente comum em histórias japonesas contemporâneas, mas nunca a vi sendo usada pra algo tão único quanto simplesmente pra estudar a vida de um universitário mal ajustado.

Facilmente 9/10.

Essa abertura já mostra algumas versões alternativas dos personagens... mas ela faz mais sentido a partir do episódio 10.

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Mensagem por Thear Qui 02 Ago 2018, 00:11

20 - Mobile Suit Gundam: The 8th MS Team
Diretor: Kanda Takeyuki (episódios 1-6, aí morreu); Lida Umanosuke (episódios 7-12)
Estúdio: Sunrise
Ano: 1998
Publico Alvo: Shounen
Gêneros: Militar, ficção cientifica, aventura, drama, romance, mecha.
Episódios: 12
Sinopse (fonte: MyAnimeList):
No ano 0079 do Século Universal, a Federação da Terra inicia a Operação Odessa - uma invasão completa para recapturar uma grande cidade ucraniana das mãos da Principalidade de Zeon. É bem sucedida, e as forças Zeon remanescentes se espalham através do globo. A Federação da Terra envia suas tropas terrestres ao redor do planeta para caçar os sobreviventes.
Como parte das forças enviadas, Amada Shiro é transferido para o Sudeste Asiático para comandar o 08th MS Team - um esquadrão especial de pilotos de Gundams RX-79 [G]. Em sua primeira operação de contra a guerrilha, o time de Shiro é designado a distrair forças de Zeon enquanto as tropas terrestres da Federação buscam por uma misteriosa nova arma Zeon. Tudo vai de acordo com o plano ate que Shiro encontra Sahalin Aina, uma piloto Ás que ele conheceu numa batalha anterior. A reunião dos dois enfraquece sua determinação de continuar lutando, e agora o jovem comandante Shiro deve provar sua lealdade à Federação - ou ser tratado como traidor.

Mais um totalmente "whatever". Minha nossa, isso foi genérico.

Os primeiros 11 (entre 12) episódios passaram pelos meus olhos como se nada acontecesse. A série nunca me deu nenhum motivo pra me importar com nada que acontecia. Os personagens eram todos básicos, a trama era básica, o cenário mal foi explicado (era alguma guerra contra os Zeon... e essencialmente nenhum detalhe foi dado sobre isso, então por que eu ligaria?).

O que mais me incomoda nesses animes super básicos do desafio é que eu acabo tendo que fazer um texto super curto no final. O pior é saber que isso é uma das séries mais populares da franquia "Gundam". Parece que quanto mais tenho contato com Gundam, mais me convenço de que a franquia não tem muito valor. Imagino que nostalgia e a venda de brinquedos baseados nos mechas é tudo que a sustenta.

Anyway... tenho que me esforçar pra um comentário ou outro, certo? Acho que o primeiro que vem a mente é que a série tenta fazer comentários pontos negativos da guerra, guerras sem propósito, ou sobre como soldados que não tem nada um contra o outro são forçados a lutar entre si. O problema é que isso nem era um tema inédito na ficção nos anos 90... e é ainda mais batido hoje em dia. Não me entendam mal, é um excelente tema... Mas foi executado de maneira nada impressionante, já que os personagens não tem quase nenhuma complexidade e as circunstancias da guerra retratada mal são explicadas. Acho que outros animes da série Gundam explicam mais sobre essa guerra... mas não é como se eu fosse ver vários outros só pra entender esse titulo. Já vi desenhos animados infantis com comentários sobre guerra mais esforçados que esse anime.

Aí tem os personagens super básicos. Ah, claro... os personagens tem seus sonhos, ambições, amores, etc... Mas isso é básico, gente. Pqp. Aumentem suas expectativas. "Não é um papel em branco" não é exatamente uma qualidade em um personagem fictício. Eu esperaria bem mais complexidade que isso. Só estou comentando isso porque sei que tem gente que elogia esse anime nesse ponto. Geralmente não sinto necessidade de responder opiniões especificas alheias sobre um anime do desafio, mas nesse caso tive que, porque esse texto demorou pra sair, e esse anime é tão esquecível que tive que ler resenhas alheias pra refrescar a memória. Muitas resenhas super positivas pela internet... o que é deprimente.

Mas... até que tem algo a comentar. O 12º episódio é totalmente diferente. Ele é praticamente um epilogo, se passando após o fim dos eventos principais da trama... Mas ele poderia ate servir como parte de um anime separado. Ele retrata alguns dos personagens indo em busca de outros dos personagens, que se perderam numa região pouco habitada após os eventos do episódio 11. Os personagens nessa missão de busca acabam encontra sobreviventes de guerra, e interagindo mais com as consequências remanescentes do conflito. É bem mais dramático e interessante, alem de ter um pequeno tom de aventura e mistério conforme os personagens procuram seus amigos. É... Vastamente melhor que todo o resto da série. Realmente serve como um drama de guerra bem mais interessante... discute o tema bem melhor que os 11 anteriores. ENTÃO PORQUE É SÓ O ULTIMO EPISÓDIO E NÃO TEM MERDA NENHUMA A VER COM O RESTO DA TRAMA?

5/10. É agressivamente desinteressante, mas o 12º episódio previne um 4.
A abertura soa legal, mas as cenas mostradas são tão básicas quanto a série.

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Mensagem por Thear Ter 07 Ago 2018, 00:34

14 - Hokuto no Ken
Diretor: Ashida Toyoo
Manga: Buronson
Estúdio: Toei Animation
Ano: 1984
Publico Alvo: Shounen
Gêneros: Ação, drama, artes marciais
Episódios: 109 (Hokuto no Ken) + 43 (Hokuto no Ken 2) = 152
Sinopse (fonte: MyAnimeList): No ano 19XX, depois de ser traído e deixado para morrer, o guerreiro de coração bravo Kenshiro viaja pela devastação pós-apocalíptica em uma missão em busca de seu rival, Shin, que sequestrou sua amada noiva Yuria. Durante sua jornada, Kenshiro usa sua arte marcial mortal, Hokuto Shinken, para defender os fracos e oprimidos de sanguinários criminosos. Não demora muito ate que suas façanhas comecem a atraír a atenção de inimigos maiores, como chefes de guerra e artistas marciais rivais, e Kenshiro se encontra envolvido com algo muito maior do que originalmente planejava.
Enfrentando riscos cada vez maiores, o sucessor do Hokuto Shinken é forçado a testar suas habilidades em seus esforços de recuperar aquilo com o que ele mais se importa. E conforme esses novos desafios se apresentam e a batalha contra a injustiça se intensifica, especificamente seu conflito com Shin e o restante da escola Nanto Seiken de artes marciais, Kenshiro é gradualmente transformado no salvador de um mundo irradiado e violento.

Holy. Fucking. Shit.

Isso foi ruim. Péssimo. Horrível. Pior de tudo: Com 152 episódios, é o anime mais longo do desafio. PQP!
Eu devo compensar que depois do episódio 80, por aí, eu comecei a pular episódios com frequência. Eu sempre lia descrições na wiki dos episódios que eu pulava antes de seguir pro próximo, mas ainda assim. Podem dizer que isso trai o objetivo do desafio... E trai mesmo, mas o objetivo ja falhou quando não consegui completar em 2 anos, então dane-se, não vou me torturar assistindo 100% dessa desgraça a toa. Isso é um 1/10. Pior anime que já vi, e olha que vi episódios de Bakugan em algum momento da vida. Eu tenho certeza que não é o pior anime que existe, mas é o pior que já vi.

E o pior é que é um big deal. Esse anime foi provavelmente o principal shounen dos anos 80. É o auge de uma época em que os animes de ação eram super cheios de "machesa". Heróis super musculosos e machões, invencíveis, inspirados nos heróis dos filmes de ação ocidentais da época. Devido a nostalgia, é com certeza o anime de favorito de muita gente. Tem quase nota "8" no MyAnimeList. E claro, aquele site tem notas infladas... mas isso é absurdo.

É insanamente repetitivo. Quase todo episódios é uma sequencia idêntica de Kenshiro derrotando dezenas de capangas inúteis, depois talvez derrotando um ou dois oponentes muito poderosos, mas que são tão fracos quanto os capangas inúteis em relação ao protagonista. Aí, claro, existem alguns vilões centrais que realmente dão trabalho e ate derrotam o herói... mas é a exceção, não a regra. E é sempre tudo muito repetitivo mesmo nessas lutas.

O anime é legitimamente sexista... o que é de se esperar do Japão dos anos 80... céus, até do Japão atual. Mas não é, nada como "Bastard!!, que faz questão de ser "over the top" e absurdo... ao não se levar a sério, a retratação de personagens femininas em Bastard pode ser aceita como "agrado superficial em nome das fantasias dos fãs". E superficialidade em si é aceitável, ao meu ver.
Mas Hokuto no Ken se leva a sério. O que significa que todos os comentários sobre como "personagem-feminina-X deve abandonar as artes marciais e voltar a ser uma mulher, só assim será feliz", e o fato de que os homens na trama estão constantemente sequestrando ou resgatando mulheres... realmente representam a visão sobre mulheres que o anime promove.

Ok, estou julgando o anime por padrões atuais de igualdade de gêneros no Japão. Não ligo. Porque isso é só mais um entre trocentos problemas no anime. Ele é horrível em praticamente todos os sentidos. É mais do que um caso como "Sailor Moon", de um anime ser obsoleto... Hokuto no Ken provavelmente já era horrível quando foi lançado, mas ninguém percebeu porque não havia nada como aquilo... era inovador entre animes, especificamente. Mas não era caprichado, não é como se o conceito de "qualidade" numa obra fictícia tivesse sido inventado nos anos 90... se um dos precursores do shounen moderno era horrível nos anos 80, era horrível mesmo, não é só porque era um precursor.
Outros animes abordados nesse mesmo desafio, como "Bastard!!" e "Jojo's Bizarre Adventure" ainda claramente seguem aspectos do estilo do qual Hokuto no Ken fazia parte, mas são tão claramente superiores.

Vou parar aqui por um momento para agradecer à onda de mangas shounen que substituiu esses shounen "machões" que Hokuto no Ken representava. Dragon Ball foi criado como uma paródia à essas séries, com um personagem tão invencível quanto o dessas séries precursoras, mas que é uma criança. "Cavaleiros do Zodiaco", no manga, tinha um estilo artístico geralmente associado à shoujo. Esses dois fizeram parte da onda de mangas que tirou porcarias como Hokuto no Ken de cena. Eu não gosto de nenhum dos dois.. mas agradeço muito a eles pelo que fizeram. Apesar de que, claro, ambos também foram influenciados por Hokuto no Ken e outros do mesmo tipo. Dragon Ball tem um foco em "superpoderes que os personagens pensam que são artes marciais", como Hokuto; e Cavaleiros do Zodiaco tem seus personagens associados a constelações, tal como os personagens de Hokuto são associados à estrelas.

Mas é isso mesmo. Hokuto no Ken é um desastre, que provavelmente já era horrível antes de ser obsoleto e, apesar de possível, seria extremamente difícil me convencer do contrário. Eu senti meus neurônios morrerem aos poucos durante as várias semanas que tive que me forçar a assistir essa porcaria. 1/10.

"You wa shock". É o nome dessa abertura. Sério... You wa shock.

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Mensagem por Thear Sex 24 Ago 2018, 00:58

45 - Kill la Kill
Diretor: Imaishi Hiroyuki (mesmo de Gurren Lagann e Panty & Stocking)
Estúdio: Trigger
Ano: 2013
Publico Alvo: Seinen
Gêneros: Ação, comédia, super poderes, ecchi, escolar
Episódios: 24
Sinopse (fonte: MyAnimeList): Depois do assassinato de seu pai, Matoi Ryuuko tem viajado pelo país em busca do assassino. Indo atrás de uma pista - a metade desaparecida de uma invenção dele, a Lamina Tesoura - ela chega na prestigiosa Academia Honnouji, uma escola colegial diferente de qualquer outra. A academia é liderada pela imponente e coração-frio presidente do conselho estudantil Kiryuuin Satsuki, ao lado de seus quatro subalternos de elite. Na hierarquia brutalmente competitiva da escola, Satsuki recompensa aos que se destacam roupas especiais chamadas "Uniformes Goku", que dão ao usuário habilidades unica super-humanas.
Derrotada em uma luta contra um dos estudantes de uniforme, Ryuuko recua para as ruínas de sua casa e encontra Senketsu, um raro e senciente "Kamui", ou Roupa Divina. Depois de entrar em contato com o sangue de Ryuuko, Senketsu acorda, vestindo-a e à provendo com imenso poder. Agora, armada com Seketsu e sua matade da Lamina Tesoura, Ryuuko se impõe contra o Conselho Estudantil, esperando alcançar Satsuki e descobrir o responsável pelo assassinato de seu pai de uma vez por todas.

Ok. Que tal misturar uma animação espetacular que ainda se destaca 7 anos depois, trilha sonora empolgante (ouçam o fucking tema da Ragyo), uma escola com aspectos fascistas, um monte de gente nua e semi-nua, comédia visual cartunesca, simbolismos sobre destino, e uma tonelada de referências a outros animes ou a outros elementos culturais? O que acham que sai?

Sai Kill la Kill. E é muito bom. Recentemente vi discussões na internet sobre como certos animes se preocupam em ser simbólicos, ter toda uma temática profunda, e tal, e acabam esquecendo de ser divertidos. Kill la Kill não. É muito divertido, a ação é muito boa, é realmente engraçado, e tudo isso ao mesmo tempo que carrega tanto simbolismo e referências culturais que, francamente, eu acho que não peguei nem um décimo do que a série tenta dizer. Junto com Lain e Utena, Kill la Kill é um anime desse desafio que terei que futuramente rever para entender melhor.

Kill la Kill é frequentemente comparado com outro anime desse desafio, que é de outro estúdio, mas foi feito quase totalmente pela mesma equipe: Gurren Lagann. Francamente, a comparação não faz muito sentido. Os dois tem muita ação, energia e cores vivas, mas fora isso tem pouca coisa em comum, tanto em temas, quando em narrativa e humor. De qualquer forma, quando essa comparação é feita, o mais comum é que considerem Gurren Lagann melhor, mas eu discordo. Kill la Kill me agradou muito mais.

Eu mal sei o que dizer, sério. Kill la Kill me divertiu bastante, mas eu sinto que não absorvi quase nada das ideias que os autores esconderam. Eu acho que poderia escrever um desses textos do desafio para cada episódio de Kill la Kill se conhecesse melhor o background do anime e as referências culturais da coisa. Mas tudo bem. Isso é bom. Foi divertido e eu consegui seguir a narrativa central mesmo sem pegar os simbolismos. A trama faz sentido (apesar de bizarra), mesmo que tu não perceba nenhuma das nuances.

Não entendam mal. Não é nenhuma obra-prima extremamente intelectual. É apenas culturalmente rico, o que pode não parecer ser o caso para quem pesquisa sobre o anime e vê isso (estão ate bem vestidas aí, tem muitas cenas com muitos personagens usando muito menos que isso, e tem cenas bem... eróticas).

Uma ultima coisa que da pra enfatizar é a comédia. Especialmente Mako. É uma "genki girl". Uma daquelas personagens femininas super energéticas e determinadas que aparecem em muitos animes. Mas é de longe a mais divertida que já vi, constantemente interrompendo a tensão sem realmente dissipa-la, ou alterando sua "forma" por meio de animação mais cartunesca.

O que posso dizer é que a história superficial é boa, mas ainda meio previsível e básica. Mesmo com tudo que há "por trás" dela, ainda é a trama central que vai importar mais pra mim, geralmente. Com isso, Kill la Kill consegue "apenas" um 8/10.  
Edit: Ao final do desafio, estou baixando a nota para 7.

A primeira abertura é boazinha. Mas nada especial.


Última edição por Thear em Ter 09 Out 2018, 02:27, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Thear Qua 29 Ago 2018, 03:14

19 - Tenkuu no Escaflowne
Diretor: Akane Kazuki
Estúdio: Sunrise
Ano: 1996
Publico Alvo: Shounen/Shoujo (realmente entre os dois, e diferentes adaptações a manga foram publicadas como um ou como outro)
Gêneros: Aventura, psicológico, romance, fantasia, mecha.
Episódios: 26
Sinopse (fonte: MyAnimeList): Kanzaki Hitomi é apenas uma estudante normal de 15 anos com um interesse em cartas de tarot e leitura de sorte, mas uma noite, um garoto chamado Van Fanel subitamente aparece do céu junto com um furioso dragão. Graças à premoniação de Hitomi, Van consegue matar o dragão, mas um pilar de luz aparece e envolve ambos. Como resultado, Hitomi é transportada para o mundo de Gaea, um mundo misterioso no qual a Terra é um astro no céu.
Nessa nova terra, Hitomi logo descobre que Van é o príncipe do reino de Fanelia, que logo cai sob o ataque do império maligno Zaibach. Numa tentativa de detê-los, Van pilota o antigo guymelef da família "Escaflowne" - um traje de combate mecanizado - mas falha em derrota-los, e Fanelia acaba destruída. Agora como fugitivos, Hitomi e Van encontram o belo cavaleiro asturiano chamado Allen Schezar, que surpreende Hitomi por se parecer exatamente como o crush dela na Terra. Com seus novos aliados, Van e Hitomi enfrentam as forças de Zaibach e impedir que o Império reviva um antigo poder.


Escaflowne é bem único, ate. Claro, eu sei que não é o único exemplar da mescla "mecha + fantasia", mas ainda é uma combinação relativamente incomum. E acho que é decentemente executada.

Gostei bastante da arte. Apesar de ser um estilo ultrapassado, com certeza não é feio. Ficou claro que os mechas não foram desenhados exclusivamente para virar brinquedos, e o combate corpo a corpo entre eles era bastante brutal, o que não costuma ser o caso em animes de mecha. A trilha sonora também é bastante boa e empolgante ate. Icônica, alguns diriam. Um monte de boas trilhas ultimamente no desafio, parece.

Escaflowne apresenta um conceito em sua trama que eu não lembro de já ter visto antes. Com certeza existe em outros lugares, e deve ter uma pagina no TvTropes, mas eu não conhecia. É a ideia de alguém pensar que esta prevendo o futuro, quando na verdade esta alterando-o para seguir sua própria vontade.
Manipular a realidade via "vontade" é um ponto central no anime, e é interessante ver a protagonista dividida quanto ao que pensar dessa possibilidade. Mas o anime não se aprofunda tanto.

Pelo que sei, o anime deveria ter tido 39 episódios, mas teve vários cortes e foi condensado em 26. Eu não acho que isso foi um grande problema. Digo... Claro que foi. Roteiristas serem forçados a alterar sua visão original da obra por causa de forças externas sempre vai danificar a qualidade da obra no final. Mas com 26 episódios o anime é bastante denso e tem um bom ritmo, enquanto com 39 provavelmente ficariam desnecessariamente lento.
Na prática, com certeza faltou espaço nos 26 episódios para desenvolver bem a trama e os personagens, mas teria sido possível fazer isso se... se não tivessem perdido tempo com algo que eu só poderia chamar de "entrelaçamento amoroso". Porque "eneágono amoroso" não é o suficiente para descrever a bagunça. Vou tentar explicar sem usar os nomes corretos dos personagens para evitar spoilers.

Vejam: Patricia tem uma crush em Tobias, mas posteriormente se vê dividida entre Alberto e Henrique. Além de Patricia, Julia também gosta de Alberto, mas ele só gosta de Patricia e vê Julia mais como uma amiga. Henrique, por sua vez, gosta de Patricia, mas também gosta de Susan e, pior ainda, costumava namorar a irmã mais velha de Susan que já faleceu; Megan. Susan gosta de Henrique, mas esta prometida à Astrogildo, que realmente gosta dela, e que não é nada mal também. Alias, esqueci de mencionar que a melhor amiga de Patricia, Sophia, também tem uma crush em Tobias!

Deu pra acompanhar?

Eu vou largar isso aqui e fingir que ajuda.

Auto-Desafio: 60 Animes Em 2 Anos - Página 4 Insani10

Esse pedaço de caos toma cada vez mais tempo do anime quanto mais ele avança. O resto da trama... todos os aspectos morais envolvidos, a história e geografia do mundo em que se passa, as histórias trágicas da maioria dos subalternos do Império Maligno™️... Tudo é jogado pra escanteio pra focar nisso. E, como todos sabemos, na vasta maioria das vezes um triangulo amoroso já é ruim o suficiente e danifica uma estória. Triângulos amorosos quase sempre retratam personagens agindo de maneira bem estúpida e irrealista, e são propositalmente enrolados pra gerar suspense. Essa cacofonia amorosa de Escaflowne é pior.

Tive que focar nisso porque foi o principal aspecto da barriga bizarra que o anime tem nos episódios centrais. E inevitavelmente me chamou atenção. Mas os primeiros e últimos episódios são bastante bons. E o anime poderia se destacar muito mais se tivesse realmente focado na backstory e situação trágica de seus vilões.

Mas tudo que consigo pensar é no romance caótico do anime. Por mais que eu tente lembrar de outros aspectos pra comentar, não dá. Só lembro disso. PQP. 6/10.

Gosto dessa abertura, mas enjoa com o tempo.

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Mensagem por Thear Sex 14 Set 2018, 12:25

34 - Shinsekai Yori
Diretor: Ishihama Masashi
Livro: Kishi Yusuke
Estúdio: A-1 Pictures
Ano: 2012
Publico Alvo: Shounen
Gêneros: Ficção cientifica, mistério, horror, psicológico, sobrenatural, drama
Episódios: 25
Sinopse (fonte: MyAnimeList): Depois do súbito surgimento de psicocinese em 0,1% da população, uma rápida transformação tomou o mundo. As habilidades quase divinas de manipular matéria remotamente levou muitos detentores desse poder à violência, incitando um longo período de agitação. Finalmente, após uma era caótica marcada pela ascensão e queda de regimes opressivos, os humanos psíquicos foram capazes de alcançar uma frágil paz ao isolar sua sociedade, criando um novo mundo regido por regras complexas.
Na pequena cidade de Kamisu 66, a garota de 12 anos Watanabe Saki recém despertou seus poderes e esta aliviada em poder se juntar novamente aos seus amigos - o pernicioso Asahina Satoru, o tímido Itou Mamoru, a alegre Akizuki Maria, e Aonuma Shun, um garoto misterioso que Saki admira - na Academia da Sabedoria, uma escola especial para psíquicos. No entanto, inquietude surge quando Saki começa a questionar o destino daqueles incapazes de despertar seus poderes, e o grupo começa a se envolver em assuntos secretos como os rumores de Gatos que raptam crianças.
Shin Sekai Yori conta a unica história de vinda-de-idade de Saki e seus amigos conforme eles crescem para se adaptar a seus papeis nessa suposta utopia. Aceitar esses papeis, no entanto, pode não ser fácil quando se é confrontado com as verdades sinistras e chocantes da sociedade, e a vindoura destruição nascida desse novo mundo.

Quem diria? Uma distopia de ficção cientifica criativa.

Shinsekai Yori é uma distopia de ficção cientifica criativa! Não é como se distopias fossem incomuns hoje em dia... pelo contrário, ficção cientifica atualmente é quase sempre distópica. Mas não é criativa. Shinsekai é bastante único.

A narrativa foca em debates sobre questões de certo e errado (ou "fins justificando meios") numa sociedade onde todos tem poderes psíquicos impressionantes. Como impedir constantes conflitos e tragédias causadas por pessoas usando tais poderes uns contra os outros? Como impedir que os psíquicos usem seus poderes para oprimir os humanos sem poderes, ou impedir os humanos de caçarem os psíquicos? Alias... onde estão os humanos normais, mesmo? O anime faz um trabalho muito bom de nos colocar no ponto de vista da protagonista Saki a medida que ela desvenda a história da própria civilização em que vive, e o que tal civilização faz para manter sua população tão poderosa sob controle.

Acho que o ponto chave que permitiu a esse anime ser tão único foi a fonte. Não é um original de anime, mas também não é adaptado de mangas ou light novels, em vez disso é adaptado de um romance tradicional de ficção cientifica lançado em 2008. Mangas, animes, games e light novels (livros ilustrados tipo isso) são todos geralmente feitos para o mesmo tipo de audiência, no Japão, uma audiência ampla, mas com certas preferências predominantes que causam a proliferação de muitos cliches. Ao adaptar de uma mídia completamente diferente e menos conectada às demais aqui citadas, Shinsekai Yori parece contar com um roteiro bem mais único.

Seus personagens são lógicos, mas não daquela maneira fria e calculista tão comum em outros animes. Quando são emotivos, não são completamente imaturos e idiotas. O anime ate mesmo trata de sexo de maneira que outros animes nunca fariam. Um aspecto importante dessa sociedade é um aspecto cultural de usar sexualidade como meio de conter estresse... isso incluí adolescentes de 12 ou 13 anos, até. Num livro de ficção cientifica, algo assim pode ser tratado de maneira madura pelo escritor como apenas um aspecto dessa sociedade hipotética proposta: ate mesmo "Admirável Mundo Novo" (alias, bom mencionar que Shinsekai Yori pode ser traduzido como "From the New World" ou "Do Novo Mundo/Vindo do Novo Mundo"), uma das distopias mais famosas de todos os tempos, inclui esse tipo de coisa em seu mundo. Se um roteirista de anime ou manga quiser incluir isso, no entanto, ele geralmente usará para fanservice, ou terá que incluir isso de maneira humorística e metafórica como o próprio Kill la Kill faz. Shinsekai Yori não chega a mostrar explicitamente cenas de sexo entre adolescentes, obviamente... isso subiria demais a classificação indicativa da coisa e os forçaria ao orçamento patético de um hentai, suponho, mas em mais de um momento essas cenas são implicadas, e os personagens são retratados em relacionamentos amorosos (inclusive LGBT) casualmente, sem a criação de grandes dramas cômicos ou exagerados sobre isso (não que não tenham importância para a trama).

Shinsekai Yori provavelmente tem os melhores momentos de horror dentre todos os animes do desafio. Não é um foco da série como todo, mas existem alguns episódios com cenas bem sinistras, que me fizeram sentir incomodado e compartilhar um pouco do terror que os personagens estavam sentindo.

Ação também não é o foco, e ainda assim o anime tem cenas ótimas. Quase exclusivamente é ação entre psíquicos e não-psíquicos, e é impressionante quão criativos e bem planejadas são as estrategias dos oponentes não psíquicos para lidar com indivíduos tão mais poderosos que eles próprios. E falando em não psíquicos...

O grande vilão dessa série toda é com certeza um dos melhores dentre todos os animes do desafio. A série te faz odiá-lo por ser tão traiçoeiro e impiedoso, mas ao final te esmaga (e aos personagens) com a realização da real natureza da causa pela qual ele luta e todo o contexto por trás dela. Eu geralmente evito apoiar qualquer pensamento de "fins justificam os meios", mas eu posso compreender perfeitamente o modo dele de pensar, e acho que existem grandes chances de que eu aceitaria fazer todas as atrocidades que ele fez se estivesse no lugar dele. Assim como as atrocidades cometidas pela distopia na qual a protagonista vive também fazem sentido. A princípio, a trama deixa pouco espaço para alternativas, é muito difícil ver soluções para os problemas apresentados que não sejam brutais e desumanas, e o anime se encerra deixando claro que resolver tudo isso ainda vai levar décadas ou séculos de muito esforço para os habitantes desse mundo.

Tem pouco que reclamar... mas tem do que reclamar. O anime é bem monótono as vezes, com dialogo bom, mas não o bastante pra compensar o ritmo lento em certos momentos, especialmente nos primeiros episódios no começo, e alguns logo após o segundo timeskip. O anime usa um excesso de exposição verbal (ou seja, personagens explicando coisas, em vez de deixar a audiência entender através de "show, don't tell").
Mas as falhas na narrativa são quase só isso... As grandes falhas são artísticas. O anime usa um estilo de animação que faz todos os personagens parecerem robôs, e em um momento ou outro inclui monstros feitos com péssima computação gráfica (oh no! Bad CG!(essas cenas não são de Shinsekai Yori, só linkei pelo meme)).

Anyway, eu já vi faz algumas semanas e já estou começando a esquecer certas coisas que sei que queria comentar. Então vou encerrar por aqui e reiterar que qualquer fã de ficção cientifica utópica/distópica deve assistir esse anime, e que todo o conceito ao redor do vilão principal é fucking excelente. E esse anime merece um 8/10.

Shinsekai Yori não tem sequência de abertura! Imagino que quase qualquer cena que incluíssem traria spoilers, e preferiram poder usar mais tempo por episódios para conteúdo real. Tem encerramentos, mas em alguns episódios ate mesmo as cenas de encerramento são cortadas, com apenas a música tocando por cima enquanto o episódio continua acontecendo. Tenho que congratular esse foco intenso no conteúdo. Anyway, vai o primeiro encerramento, então.

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Mensagem por Thear Seg 24 Set 2018, 18:29

18 - Space Battleship Yamato 2199
Diretor: Enomoto Akihiro
Diretor do Original: Matsumoto Leiji
Estúdios: AIC e Xebec
Ano: 2012
Publico Alvo: Seinen
Gêneros: Ação, drama, militar, ficção cientifica, espacial.
Episódios: 26
Sinopse (fonte: MyAnimeList): No ano 2199, a Terra enfrenta sua maior crise. Devido aos incessantes bombardeios por parte da raça alienígena chamada "Gamilas", o planeta não pode mais sustentar seus habitantes. Em exatamente um ano, a humanidade estará a beira da extinção.
Em desespero, as pessoas da Terra criam a Força de Defesa da Terra, sua ultima defesa contra o expansionista Império Gamila. No entanto, a humanidade encontra um brilho de esperança após receber uma mensagem do misterioso planeta Iscandar, que oferece um aparelho que seria capaz de restaurar a Terra a sua glória passada. Com a salvação em vista, a Força de Defesa da Terra ativa a prolífica nave Space Battleship Yamato e rapidamente prepara uma tripulação para embarcar na mesma a completar sua missão: salvar a humanidade antes que seja tarde demais.

Yamato é divertido. Bem emocionante em alguns momentos, no sentido de ter cenas de ação empolgantes mesmo.

Mas tenho que confessar um erro meu aqui. Eu geralmente só começo a escrever o texto pra um anime após ter terminado o anime seguinte. Ou seja, eu só teria começado a escrever o texto sobre Yamato após terminar Berserk. Até aí tudo bem... mas então eu me atrasei um pouco, e agora estou escrevendo esse texto após 88 episódios de Legend of the Galactic Heroes, o ultimo anime do desafio. Legend é do mesmo gênero que Yamato, no geral, apesar de ter algumas diferenças grandes de foco. Como consequência, é muito difícil eu focar em Yamato sem comparar mentalmente cada aspecto à Legend. Eu ate já esqueci de muito do que eu tinha em mente sobre Yamato... Bom, fazer o que? Como resultado desse erro, o texto sobre Yamato será bem curto e simples.

Sou obrigado a comentar que essencialmente nada nesse remake (e suponho que no original também) faz NENHUM sentido. Chega a ser impressionante. A grande nave espacial que da nome á série é inspirada no encouraçado japonês Yamato, da Segunda Guerra, e ate mesmo o visual é fortemente inspirado naquele encouraçado. Sim.. isso significa que a nave espacial central da trama parece com a porcaria de um navio de guerra de 1937. O que não faz nenhum sentido e é constantemente um lembrete do ridículo da série.
E isso é só o exemplo mais obvio. Tem muitos outros... A Yamato constantemente vence em batalhas frotas alienígenas de dezenas ou ate milhares de naves, cada uma dessas naves feita por uma civilização mais avançada que a humanidade. Claro, a Yamato tinha alguma tecnologia presenteada por Iscandar, mas a maior parte da nave era pura tecnologia terrestre. Em certo momento ocorre uma rebelião na Yamato por membros da tripulação que querem estabelecer uma colonia num novo planeta que encontraram em vez de restaurar a Terra... Mas claro que isso também é absurdo, pois essa nova colonia seria tão vulnerável aos Gamillas quanto a própria Terra... até mais vulnerável.

Alem disso é bom eu comentar que a tripulação tem muito poucas mulheres considerando que a trama se passa 200 anos no futuro... Inevitavelmente uma consequência dos tempos que o anime original foi feito, claro. O que não é uma consequência daqueles tempos é o fato de que o uniforme da tripulação feminina é ridiculamente justo e parece fazer questão de realçar os seios... Extremamente desnecessário numa obra de temática espacial e futurista. Pelo menos a tripulação feminina é competente, em vez de boba e delicadinha como a tripulação feminina de "Macross".

Isso, bom mencionar Macross. Se eu estou instintivamente comparando Yamato à Legend, talvez eu deva compensar intencionalmente comparando Yamato à Macross. E aí fica muiiito melhor. Macross parecia ter sido escrito por uma criança que nunca teve contato com uma space opera na vida, apenas ouviu uma descrição do gênero e decidiu adicionar ídolos pop pra atrair audiência feminina. Yamato é algo bem mais complexo e fácil de levar a sério.

Yamato tem umas discussões legais sobre cooperação entre espécies diferentes, tem uns tons de mistério bem interessantes, e se destaca pela CGI de boa qualidade nas batalhas espaciais (em certo momento uma criatura monstruosa alienígena de CGI apareceu, no entanto, e era tão mal feita que eu pensei que tinha algo errado com o arquivo de vídeo). O grande vilão principal é bem clichê, no entanto... só um imperador espacial genérico super-tirânico e egoísta.

Ah, alem da CG, a trilha sonora também se destaca. Em certo momento um exercito Gamila começa a cantar o hino de sua nação e foi uma das cenas mais emocionantes de todo o desafio.

Space Battleship Yamato 2199 é um 7/10. A história tem muitos plotholes, mas as batalhas espaciais empolgantes e bonitas compensam bastante, e o elenco de personagens é bastante simpático.

A abertura é boazinha.

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Mensagem por Thear Seg 01 Out 2018, 17:43

13 - Berserk
Diretor: Takahashi Naohito
Manga:Miura Kentaro
Estúdios: OLM, Inc.
Ano: 1997
Publico Alvo: Seinen
Gêneros: Ação, aventura, demônios, drama, fantasia, horror, militar, romance, sobrenatural
Episódios: 25
Sinopse (fonte: MyAnimeList): Nascido do cadáver de sua mãe, um jovem mercenário conhecido como Guts abraça o campo de batalha como seu único meio de sobrevivência. Todo dia pondo sua vida em risco apenas para ganhar o suficiente para sobreviver, ele vai de um banho de sangue ao próximo.
Depois de um confronto com o Bando do Falcão, um formidável grupo de mercenários, Guts é recrutado pelo líder carismático do grupo, Griffith, também chamado de "Falcão Branco". Conforme Guts rapidamente sobe a hierarquia do grupo ate se tornar o líder ofensivo, ele prova ser uma poderosa adição às forças de Griffith. No entanto, enquanto a busca do Bando por reconhecimento continua, Guts lentamente percebe que o mundo não é tão preto e branco quanto ele presumia.
Se passando na era medieval, Berserk é um conto sinistro  que segue a luta de um homem para encontrar seu próprio caminho, enquanto apoia a ambição por poder de outro, e a inimaginável tragédia que começa a girar a roda do destino.

Esse é brutal. Faz anos que eu ouço falar de Berserk aqui e ali. Parece que o manga tem um problema similar ao de Hunter x Hunter... O mangaka é ridiculamente lento e não se sabe se a obra jamais será terminada. Acho que uma vez eu li o primeiro capitulo do manga, mas fora isso sempre foi uma daquelas coisas que eu pensava "talvez eu deva ir atrás um dia", mas nunca realmente acontecia.
Mas parece que esse anime me convenceu.

Berserk é violento, mas não sádico; seus personagens são guerreiros poderosos, mas não OPs; é "manly" como o próprio autor da lista de 60 animes o classificou, mas não é estúpido. É ação relativamente simples, mas divertida.

Ele a princípio é bem pé no chão, mostrando um mundo medieval fictício bem mais realista que a maioria dos animes (apesar de que não taaanto), mas já dando uma pequena dica de que...tem algo mais. Eventualmente esse lado fantasioso vai sendo revelado, até culminar num final... chocante?

Tem uns probleminhas aí no final. Só de chamar de final já é um problema, ate. Já que esse anime só tem 25 episódios, e na prática só adapta o primeiro arco de um manga muito mais longo. Fica bem obvio que o final estava preparado para uma continuação, e essa adaptação ate passa a impressão em certos momentos de estar cortando ou modificando conteúdo da obra original, apesar de que posso estar errado nisso. Devido a esses fatores, o final não serve como final (já que no manga não era pra ser um), e cria muito mais perguntas do que responde... deixa muito a desejar.

Em 2016 foi iniciada uma nova adaptação, mas é uma porcaria de CGI que não foi bem recebida (e ainda assim de alguma forma esta tendo continuação). O que me resta então é ler o manga, apesar de que o que eu realmente preferia é que esse anime de 97 cobrisse mais da trama.

Porque tem uma boa trilha sonora, contando com o compositor Hirawasa Susumu, que mais tarde compôs as excelentes trilhas sonoras dos filmes de Satoshi Kon (sério, ouçam isso). A animação e arte também são bons pra época.

Fora isso.. não tem mais muito o que dizer. O que é estranho, considerando que é um solido 7/10. Mesmo sendo claramente bom, eu não consigo falar mais a respeito porque é... simples. Simples ação medieval com demônios ocasionais e mercenários, e um vilão fantástico em processo de construção. Simplesmente isso.

Eu disse que a trilha sonora é ótima? É sim, mas a abertura e o encerramento são péssimos.

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Auto-Desafio: 60 Animes Em 2 Anos - Página 4 Empty Re: Auto-Desafio: 60 Animes Em 2 Anos

Mensagem por Thear Dom 07 Out 2018, 20:20

01 - Legend of the Galactic Heroes
Diretor:Ishiguro Noboru
Livro: Tanaka Yoshiki
Estúdios: Artland; Madhouse; Magic Bus
Ano: 1988
Publico Alvo: Seinen(provavelmente)
Gêneros: Militar, ficção cientifica, espacial, drama
Episódios: 110
Sinopse (fonte: MyAnimeList): O empasse de 150 anos entre duas superpotências interestelares; o Império Galáctico e a Aliança dos Planetas Livres, chega ao final quando uma nova geração de lideres chega: o gênio militar idealista Reinhard von Lohengramm, e o reservado historiador da APL, Yang Wenli.
Enquanto Reinhard sobe a hierarquia do Império com a ajuda de seu amigo de infância, Siegfried Kircheis, ele deve lutar não apenas na guerra, mas também contra os remanescentes da Dinastia Goldenbaum, para poder libertar sua irmã do Kaiser e unificar a humanidade sob um único líder genuíno. Enquanto isso, do outro lado da galaxia, Yang - um forte partidário dos ideais democráticos - tem que se manter firme em seus ideias, apesar das dificuldades da APL, e mostrar ao seu pupilo Julian Mintz que a autocracia não é a solução.
Conforme ideologias se enfrentam em meio às muitas casualidades da guerra, os dois gênios estratégicos se perguntam quais os reais motivos por trás de suas batalhas.

Esse foi fantástico. Facilmente 9/10.

Assim como Shinsekai Yori, Legend of the Galactic Heroes (LOTGH) tem a vantagem de ser baseado em um livro. No caso, uma série de space operas escritas por um grande fã de história. E da pra sentir a importância dada ao estudo de história nessa trama. O personagem Yang Wenli constantemente discute os acontecimentos nesse universo levando em consideração eventos históricos similares. É fascinante ver um personagem fictício exemplificar tão bem o valor desse campo de estudo... especialmente considerando que vivemos num tempo em que STEM é colocado acima de tudo, e estudantes de ciências "humanas" são ativamente desprezados.
O mais marcante no que se refere à relação entre a conjuntura politica atual e as discussões de LOTGH é justamente o debate politico central da trama: Democracia vs Autocracia.

O Imperialista Reinhard claramente almeja ser um ditador virtuoso, e se cercou de vários seguidores que compartilham essa visão. Por outro lado, a democrática Aliança dos Planetas Livres é extremamente corrupta, e poe questões politicas "bobas" acima da sobrevivência da própria nação, chegando a ativamente sabotar Yang Wenli ou atrapalha-lo em sua missão de depender esse sistema que tanto ama.
Mas, e o próprio Yang Wenli argumenta dessa forma, o sucesso de Reinhard é apenas uma exceção história fortemente conectada à figura individual do jovem almirante. Inevitavelmente entre seus seguidores Reinhard acaba atraindo o tipo de gente que intoxica governos autocráticos; como o Almirante Reuental, que esta constantemente conflitado entre sua lealdade e admiração à Reinhard e suas próprias ambições; e o maquiavélico e amoral Oberstein, que poe o pragmatismo alem de qualquer valor, e acaba por ocasionalmente manchar a imagem de seu superior com seus truques. Sem falar no obvio fator da loteria genética: mesmo se Reinhard acabar sendo um ditador benevolente e ponderado (se é que isso existe), o que impede os descendentes que o sucederem no futuro de se tornarem o típico estereótipo do monarca bruto e incompetente?

LOTGH também apresenta ocasionais contestações a aspectos da democracia, mas parece no geral preferi-la em comparação à autocracia. Apesar de que o final talvez implique uma tentativa de meio termo? Não posso dar detalhes.

E tudo isso vem junto de uma narrativa impecável, capaz de emocionar com pouco esforço em certos momentos. Mais pro começo houve uma cena em que uma grande multidão protestava contra o governo em um estádio esportivo, mas os militares enviados para acalmar a situação estavam se mostrando truculentos em sua discussão com os lideres da manifestação, e a cada movimento de brutalidade dos militares à medida que a tensão escalava, a multidão exclamava brevemente em indignação e choque... e conforme a situação foi se intensificando a multidão se enfurecendo, eu pude sentir adrenalina como se eu mesmo estivesse em meio à aquela massa de pessoas prestes a entrar em plena rebelião. Provavelmente entraria no Top 10 momentos mais empolgantes do Desafio, mesmo que não tenha sido realmente uma cena de ação.

As batalhas espaciais são difíceis de entender no começo, e nunca ficam perfeitamente claras. Acho que o anime falha em criar uma representação ideal para os movimentos das frotas, e deixa de explicar como as naves de batalha envolvidas funcionam, o que torna difícil entender porque uma formação X é melhor que a formação Y, ou quando algum almirante realizou um truque brilhante. Mas apesar disso, a emoção dos momentos é transmitida através dos almirantes que comandam as batalhas, e o anime merece crédito a mais por não reutilizar frames, o que era extremamente comum na época e, mesmo havendo muitas oportunidades para isso.

Ainda e valido mencionar a qualidade de alguns personagens. Yang Wenli é um poço de carisma e enriquece intelectualmente qualquer cena de que participa.. Reuental tem talvez o melhor arco de conflitos internos que já vi, e sua amizade com Mittermeyer tem excelentes momentos. Oberstein também é uma figura detestável, mas um ótimo personagem. Hildegard e Attenborough também merecem crédito, e mesmo a maioria dos personagens secundários são complexos e agradáveis de acompanhar. Mas vou parar por aqui de elogiar, pois acho que quanto mais tempo eu ficar pensando, mais coisas vou achar pra elogiar, e vai sair um texto gigante sem necessidade. O ponto principal é que LOTGH é excelente, e uma trama politica-militar mais sofisticada que qualquer uma que eu jamais vi na telas.

Então vou comentar uns pontos negativos. Com 110 episódios, não tem como não ter. Vou focar nos mais gritantes.

O Almirante Merkatz pareceu que teria muita importância em algum momento da trama. Ficou o anime todo dando essa impressão, mas na prática pouco influenciou os acontecimentos, e mal participava das discussões politicas, apesar de que seu ponto de vista teria sido tão interessante.
Durante todo o anime haviam tensões entre Oberstein e literalmente todos os outros seguidores de Reinhard, mas isso nem foi realmente concluído. Teve um final anticlimático, e Reinhard raramente pareceu reconhecer que esse problema existia ao longo da série.
Compreendo que o autor não talvez tenha desejado evitar gastar esforços pensando nas minucias tecnológicas de um futuro milhares de anos adiante, e o resultado foi que a principal tecnologia futurista visível é que os carros da Aliança dos Planetas Livres flutuavam pouco acima do chão. Aceito isso. Mas no Império ele errou FEIO. O Império utiliza nomes alemães, roupas e arquitetura vitorianas, e carros que já estavam obsoletos faz décadas quando os livros foram escritos nos anos 80. WTF? Não tem como resumir isso como "estilo" e levar isso a sério. Não faz nenhum sentido.
Eu entendo que estou julgando livros dos anos 80 por padrões atuais, mas não deixa de incomodar que, em forças militares que raramente depende de condicionamento físico, existem pouquíssimas mulheres visíveis. E apenas três são personagens nomeadas... e claro, elas são todas pares românticos de personagens centrais.
E minha ultima critica é ao final anticlimático no geral. Com certeza é um final aceitável como realista, mas era de se esperar algo mais empolgante e inesperado, considerando que veio após us 30 episódios com foco quase total na trama sobre um dos lados do conflito, enquanto o outro lado não fazia quase nada e era forçado a apenas esperar por uma chance de agir. O rápido encerramento da plotline sobre o Culto à Terra (que nunca foi suficientemente explicado), deu a impressão que o final foi um pouco acelerado, e talvez o anime precisasse de mais uns 20 episódios pra terminar direito.

Mas não deixem nada lhes desincentivar. Legend of the Galactic Heroes é absolutamente excepcional, com diversas qualidades que não são achadas em quase nenhum outro anime. Um 9/10.

O anime tem várias aberturas e encerramentos, mas a abertura sempre foca em Reinhard e nos imperialistas, e o encerramento em Yang Wenli e nos republicanos. Então vou colocar aqui a primeira abertura e o primeiro encerramento.



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