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Auto-Desafio: 60 Animes Em 2 Anos

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Mensagem por Thear Sáb 05 Mar 2016, 22:25

Relembrando a primeira mensagem :

Eu me considero um fã de animes. E de animação no geral. Considero que animações tem uma vantagem inerente ao Live Action. Mas nunca vi tantos animes. Muitos fãs por aí viram centenas ou pelo menos varias dezenas. Talvez notem que eu já disse o mesmo sobre filmes, séries, e tudo mais... Fazer o que? Meus gostos são bem dispersos entre varias coisas diferentes, então nunca fico muito tempo em uma unica mídia.

Mas agora é hora de mergulhar como nunca antes nos animes! Eu já vi muitos daqueles "Top X Animes de Todos os tempos", no youtube, e em vários casos pensei como seria seguir a lista e assistir todos. Bom, decidi fazer isso, e escolhi o Top 60 de ThatAnimeSnob (Rorico),  de 2014. Um sujeito que já assistiu cerca de 2 mil animes, e que é extremamente critico e exigente. Ele tem algumas tendencias que não gosto, como desvalorizar tramas nas quais nada de importante esta em jogo ou valorizar brucutus (personagens "machões", normalmente musculosos que resolvem tudo sozinhos, coisa dos anos 80). Ele também tende a desprezar o mainstream e os animes mais recentes. Pra mim isso é positivo, porque eu queria uma lista com vários animes menos conhecidos e/ou antigos. No geral, por ser tão critico, a lista dele me pareceu a com mais potencial de ser interessante de se assistir.

E meu objetivo é assistir tudo em 2 anos. Parece fácil pro pessoal que vê um anime por dia, ou por semana, mas eu tenho outros interesses, sabe? Faço varias coisas diferentes. Além disso, alguns desses são bem longos, o que não é o caso da maioria dos animes que lançam hoje em dia.

Edit: A altura de 06/03 de 2018, o desafio falhou. Acrescentei mais 6 meses ao meu prazo, e expliquei brevemente o atraso no texto sobre Evangelion.


OOOPS. Drama de youtube e a hostilidade excessiva do criador do video de top 60 que estava aqui levaram o canal dele a ser deletado do youtube. Talvez volte um dia, mas por enquanto deixarei esse texto aqui. A lista de animes abaixo esta enumerada de acordo com o top dele,
anyway.




A lista dele não é convencional. Ele divide em vários pequenos Tops para cada gênero, e apenas os 10 últimos (Top 10), seguem o esquema tradicional desse tipo de lista. Eu não vou assistir na ordem do vídeo, e sim alternar entre cada sub-divisão da lista: uma comédia, um Slice of Life, um de ação, etc... Terminando com um do Top 10, e então voltando a comédia. Certos gêneros tem mais animes que outros, e vou garantir que um gênero não venha duas vezes seguidas (exceto talvez o Top 10), então a ordem vai ser errática. 

Alias, os nomes e definições dos gêneros dele são questionáveis, mas vou ignorar isso. 

A ordem completa a seguir, conforme assisto, postarei opiniões sobre cada anime nesse tópico, e vou editar essa mensagem para transformar o nome num link:

60 - Kenzen Robo Daimidaler - Comédia
55 - Usagi Drop - Slice of Life
52 - Final Fantasy Advent Children - Ação
41 - Wixoss - Psicológico
33 - Cowboy Bebop - Ficção Cientifica
17 - Kaiji - Manly
32 - Betterman - Ficção Cientifica
12 - Grave of the Fireflies - Drama de Guerra
51 - Redline - Ação
40 - Akira - Psicológico
31 - Noein: To Your Other Self - Ficção Cientifica
11 - Area 88 (OVA) - Drama de Guerra
30 - Digimon Tamers - Ficção Cientifica
10 - Serial Experiments Lain - Top 10
59 - Sayonara Zetsubou Sensei - Comédia
54 - House of Small Cubes - Slice of Life
50 - Shingeki no Bahamut - Ação
44 - Sailor Moon Crystal - Magical Girl
39 - Revolutionary Girl Utena - Psicologico
29 - Dennou Coil - Ficção Cientifica
09 - Kaiba - Top 10
28 - Brigadoon - Ficção Cientifica
08 - Ergo Proxy - Top 10
58 - Cromartie High School - Comédia
53 - Planetes - Slice of Life
49 - The Guyver: Bio-Booster Armor - Ação
43 - Full Moon Wo Sagashite - Magical Girl
38 - Mawaru Penguindrum - Psicológico
27 - Super Dimension Fortress Macross - Ficção Cientifica
07 - Haibane Renmei - Top 10
26 - Towards the Terra - Ficção Cientifica
06 - Ghost in the Shell - Top 10
57 - Detroit Metal City - Comédia
48 - Soul Eater - Ação
42 - Princess Tutu - Magical Girl
37 - Death Note - Psicológico
25 - Blue Gender - Ficção Cientifica
05 - Welcome to the NHK - Top 10
24 - Zegapain - Ficção Cientifica
04 - Fullmetal Alchemist: Brotherhood - Top 10
47 - Hunter x Hunter (2011) - Ação
23 - Top Wo Nerae Gunbuster - Ficção Cientifica
36 - Monster - Psicológico
22 - Tengen Toppa Gurren Lagann - Ficção Cientifica
16 - Bastard!! - Manly
03 - Neon Genesis Evangelion - Top 10
56 - Panty & Stocking With Garterbelt - Comédia
46 - Parasyte - Ação
35 - Millenium Actress - Psicológico
21 - Turn A Gundam - Ficção Cientifica
15 - Jojo's Bizarre Adventure - Manly
02 - The Tatami Galaxy - Top 10
20 - Mobile Suit Gundam: 8th MS Team - Ficção Cientifica
14 - Hokuto no Ken - Manly
45 - Kill la Kill - Ação
19 - Escaflowne - Ficção Cientifica
34 - Shinsekai Yori - Psicológico
18 - Space Battleship Yamato 2199 - Ficção Cientifica
13 - Berserk - Manly
01 - Legend of the Galactic Heroes - Top 10


Última edição por Thear em Ter 09 Out 2018, 01:24, editado 72 vez(es)
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Mensagem por Thear Dom 12 Nov 2017, 07:28

06 - Ghost in the Shell
Diretor: Oshii Mamoru
Manga: Shirow Masamune
Estúdio: Kodansha, Bandai Visual, Manga Entertenmaint, Production I.G
Ano: 1995
Publico Alvo: Seinen
Gêneros: Ação, ficção cientifica, policial, psicológico, mecha.
Episódios: É um filme.
Sinopse (fonte: MyAnimeList):No ano 2029, avanços em tecnologia cibernética permitem às pessoas substituir quase todas as partes de seus corpos e órgãos por partes robóticas. Através dessas proteses, eles ficam mais fortes, e pessoas que estão morrendo recebem nova vida. A Seção de Segurança Pública 9 da Cidade Niihama (inspirada em Hong Kong) é um time diverso de AI, ciborgues e humanos comuns, que investiga casos de corrupção e terrorismo. A Major Kusanagi Motoko tem próteses em todo o seu corpo, devido a um acidente de infancia. Ela, junto com seu segundo em comando Batou e o especialista em informação Ishikawa, foram designados  a uma tarefa importante: investigar um hacker conhecido apenas como "O Mestre das Marionetes". Mas como Motoko e seu time descobrirão, as coisas nunca são tão simples.
Ghost in the Shell é um thriller futurista com cenas intensas de ação misturadas com sequencias artisticas mais lentas e muitas questões filosóficas sobre alma, genero e identidade humana numa era de técnologia tão avançada.


Ghost in the Shell é um daqueles filmes utra-classicos de anime, tipo Akira. Todo mundo reverencia e tudo mais. E essa é a segunda vez que eu assisto, e de fato gostei mais do que a primeira, mas ainda não achei grande coisa.

Ok, o filme usa de ficção cientifica interessante, e dizem que a cinematografia é excelente e tudo mais, mas eu não entendo bem disso e não consigo absorver bem. O que me resta é reparar nessa ficção cientifica e na trama. E nisso o filme não se destaca mais... Ie, eu acho que Ghost in the Shell é obsoleto, pois os conceitos filosóficos em relação à tecnologia e à ideia de consciência já não novidade na ficção cientifica atual.

Claro, esse filme ajudou a estabelecer o uso desses conceitos na ficção cientifica contemporânea, especialmente pela influencia que teve em Matrix, que por sua vez influenciou muito mais posteriormente. Mas agora que esses conceitos já estão estabelecidos, eu nunca tive a oportunidade de assistir quando era novidade, e o restante não é impressionante.

Um monte de personagens sem personalidade, excessivamente sérios. Ie, claro, a protagonista tem alguma profundidade... por trás da total ausência de qualquer característica interessante. Talvez um zumbi também tenha profundidade se você analisar e suficiente e jogar meia tonelada de cinematografia em cima.

A trama é excessivamente prolongada, e poderia ser resumida em um ou dois episódios de 24 minutos de um anime comum, com ritmo adequado. É uma boa trama, mas não para algo tão comprido. Novamente... talvez seria mais fascinante quando os conceitos utilizados eram novos e bastavam por si sós para manter o interesse da audiência. Mas isso não funciona agora, ao menos não pessoalmente comigo.

Tenho que reconhecer o valor de Ghost in the Shell para a industria de animes e para a ficção cientifica em geral, reconheço que a estética das proteses dos personagens ciborgues é interessante. Boas cenas de ação, e o filme também parece terminar de maneira que abre caminho para novas estórias bem mais interessantes que essa... Ate existe uma série animada em realidade alternativa (Ghost in the Shell: Stand Alone Complex), que talvez eu deva ver no futuro... E o filme "Ghost in the Shell: Innocence", pelo jeito é uma sequencia direta desse primeiro, mas menos reverenciada, talvez um dia tente ver também. Mas por enquanto é só isso... Ghost in the Shell é interessante, mas obsoleto (céus, vou ser crucificado), e os personagens e a trama não sustentam o filme sem a inovação. 6/10.

Perdão pelo trailer com essa dublagem meia boca. Não achei um legendado.

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Mensagem por Thear Qui 16 Nov 2017, 05:53

57 - Detroit Metal City
Diretor: Nagahama Hiroshi
Manga: Wakasugi Kiminori
Estúdio: Section23 Films
Ano: 2008
Publico Alvo: Seinen
Gêneros: Música, comédia
Episódios: 12 (13 min cada)
Sinopse (fonte: MyAnimeList): Dominando o mundo da musica indie, Detroit Metal City (DMC), é uma banda popular de death metal conhecida por seu estilo cativantemente sinistro e bruto. Seu vocalista extravagante, Johannes Krauser II, é especialmente infame como um ser demoniaco que ascendeu dos abismos flamejantes do próprio inferno para trazer o mundo aos seus joelhos e ser o senhor de todos os mortais - ou pelo menos é isso que a publicidade da banda diz.
Sem que seus fãs saibam, Krauser II é apenas o alter-ego de um jovem comum chamado Negishi Souichi. Apesar de ter fala mansa, ser um amante da paz, e preferir ouvir pop suéco, ele precisa participar dos concertos da DMC para se sustentar no dia-a-dia. Detroit Metal City mostra as aventuras do cotidiano de Negishi conforme ele tenta balancear sua vida insana na banda, um romance em estágio inicial, e lidar com seus fãs incrivelmente obsessivos e dedicados.


Mais uma comédia no desafio. Mais repetição. É outro anime que não faz esforço em ser nada alem de uma sequencia inacabável de piadas over-the-top.

Mas ok. Detroit Metal City é o mais engraçado desses ate agora, e não chegou a ser irritante ou enjoativo em nenhum momento, apenas diminuiu seu efeito sobre mim com o tempo.

A animação é básica, os personagens são simplistas, e a série não tem quase nenhuma estória alem de 3 ou 4 pedaços de trama que retornam de vez em quando, como o romance do protagonista com sua antiga colega, a tentativa do protagonista de migrar para um estilo musical mais sereno e bonitinho, e as batalhas com outras bandas e artistas "barra pesada".

O que acaba valendo alguma coisa é a dublagem, que adiciona muito ao humor. E a velocidade das piadas, que não são estendidas desnecessariamente e muitas vezes são mostradas apenas no plano de fundo, e já bastam.

Como Cromartie High School, esse anime não mostra nenhum progresso em seus personagens de nenhuma maneira, e os usa apenas como atores em suas piadas. Me pergunto se animes voltados a comédia são sempre assim, tão superficiais, ou se é só essa lista que esta cheia desses especificamente? Animes cujo gênero principal não é comédia frequentemente e facilmente são mais engraçados que as comédias que vi ate agora nesse desafio, e séries focadas em humor no ocidente costumam ter personagens mais complexos, com arcos nos quais avançam e são aprofundados e tudo mais. Comédia pura é descerebrada, e perde meu interesse facilmente.

Pra ser justo, Sayonara Zetsubou Sensei foi significativamente mais complexo que Cromartia ou Detroit, mas após introduzir os personagens também não costumava sair do padrão e ser mais que uma infinita de gags já estabelecidas. A TV aberta brasileira esta cheia de comédias assim, nas quais só repetem variações das mesmas piadas constantemente... Talvez seja engraçado se eu assistir uma vez por semana, como muitos desses animes foram feitos pra ser vistos?

É, talvez seja isso. Tanto Cromartie quanto Detroit tem episódios mais curtos que o normal, e mesmo Zetsubou tem seus episódios divididos em duas partes que podem ser vistas temporariamente. Todos parecem já levar em consideração o quão rapidamente podem ficar repetitivos. Talvez eu devesse ter tomado esse cuidado e visto-os um episódio por semana...

... É, NOPE. Isso ia arrebentar o desafio todo. Nada que eu possa fazer alem de assistir da maneira mais conveniente pra mim e julga-lo a partir dessa maneira, mesmo que sendo potencialmente injusto. 6/10. Veremos como vai ser a ultima comédia da lista em breve.

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Mensagem por Thear Seg 20 Nov 2017, 02:11

48 - Soul Eater
Diretor: Igarashi Takuya
Manga: Okubo Atsushi
Estúdio: Bones
Ano: 2008
Publico Alvo: Shounen
Gêneros: Ação, aventura, comédia, sobrenatural, fantasia.
Episódios: 51
Sinopse (fonte: MyAnimeList):Death City é o lar da famosa Death Weapon Meister Academy (DWMA), uma academia técnica liderada pelo Shinigami - o próprio ceifador sinistro. Sua missão: criar "Death Scythes" (Foices da Morte) para o Shinigami utilizar contra os muitos males desse mundo fantastico. Esses Death Scythes, no entanto, não são feitos de armas físicas; mas sim nascidos de humanos hibridos que tem a habilidade de transformar seus corpos em armas demoniacas.
Soul Eater Evans, uma foice demoniaca que parece se importar apenas com o que é "legal", tem como objetivo se tornar um Death Scythe com a ajuda de sua meister, Maka Albarn. O dueto contrastante trabalha e estuda junto do cabeça-quente Black☆Star e sua arma carinhosa Tsubaki, e também com o próprio filho do Shinigami, Death the Kid, um garoto obsessivo-compulsivo que usa duas pistolas: Patty e Liz.
O anime segue esses estudantes de Shibusen conforme eles cumprem missões de coletar almas e proteger a cidade.


Wait... Esse é o primeiro shounen de luta do desafio? Caramba! É mesmo! É a primeira vez nesse desafio que precisei assistir um anime sobre adolescentes com superpoderes lutando para salvar o mundo, recebendo power-ups repetidamente, abusando do poder da amizade para derrotar oponentes claramente superiores e gerando um imenso power creep que desvaloriza os arcos iniciais!!

NOPE!! Soul Eater foi muito superior a todos esses cliches do gênero. Os adolescentes em questão realmente estão lutando para salvar o mundo, mas não existem power ups estupidos e convenientes (exceto no ultimo episódio, mas não foi isso que derrotou o vilão, então tudo bem). O poder da amizade realmente é muito presente na série, mas de maneira completamente justificada - nesse mundo os relacionamentos entre amigos realmente podem torna-los mais fortes quando lutam juntos, não é só uma questão de força de vontade para defender seus nakama ou coisa assim - e não existem essencialmente nenhum power creep; quase qualquer oponente (nomeado) que podia vencer um dos heróis no primeiro episódio provavelmente ainda podia faze-lo no ultimo. Os protagonistas todos ficaram mais fortes e experientes, mas não o enredo não os fez magicamente superar personagens com décadas ou séculos de experiencia e treinamento.

Soul Eater também quebra o molde pela questão do protagonista... ou da protagonista. "Soul Eater" é o nome de um dos personagens, o parceiro da protagonista, para ser exato. Por alguma razão o personagem titular é apenas o segundo mais importante. Talvez tenham achado que seria melhor para o marketing chamar a obra de "Soul Eater" em vez de "Albarn Maka".
Muitas pessoas não gostam de Maka como protagonista, porque ela não se encaixa no padrão de um shonen de luta. Ela não é um garoto burro cheio de força de vontade que nunca se deixa abalar e que supera todos os seus colegas. Ela é uma garota inteligente que volta e meia tem crises de confiança e é claramente a mais fraca entre os 3 meistres que fazem parte do grupo principal de heróis. E ela tem lindos olhos.

Alem dela, todos os personagens fora do grupo principal de heróis também são interessantes. Os professores todos são interessantes, o pai de Maka é engraçadinho, o Shinigami é hilário, Excalibur é irritante mas de um jeito bom... Os vilões todos são bons também, especialmente Medusa e Eruka. O vilão final é patetico, mas nem tudo é perfeito, né? Não dava pra esperar que todo o elenco fosse ótimo.

... Bom, obviamente que não. Eu mencionei Maka e os personagens secundários todos, mas não mencionei o resto do grupo principal de heróis, certo? Bom... Eles são todos um saco. O parceiro de Maka; Soul Eater, e o Death the Kid ate que se salvam em certos momentos, mas o resto do grupo principal é composto de uma garota com a personalidade de um maço de papel (Tsubaki); duas zé-ninguém com trejeitos básicos (Liz e Patty), e a versão exagerada de um tipico protagonista de shonen que por alguma razão caiu num papel de coadjuvante (Black☆Star é um dos personagens mais irritantes que já vi em qualquer anime, e por alguma razão a trama frequentemente defendia a estupidez dele). Estou contradizendo muito da audiência defendendo Make e criticando esses outros, mas suspeito que essa audiencia que estou contradizendo simplesmente acha que simples=bom.

Alem desses personagens, vale mencionar a trama. Soul Eater começa de maneira bem interessante, continua assim ate os últimos arcos. Assim como Fullmetal Alchemist, Soul Eater é uma unica grande saga do começo ao fim, o que ajuda muito na coerência da coisa toda... Mas assim como Fullmetal Alchemist (a versão de 2003), Soul Eater foi completamente adaptado ao anime muito antes do manga ser finalizada, o que levou o anime a inventar e distorcer um monte de coisas nos 15 ou 20 episódios finais.

O anime acabou sendo bem mais positivo que o manga (menos mortes), o que eu não sou necessariamente contra. Mas também resultou em uma aceleração desagradável do ritmo e naquela trágica versão animada da batalha final, na qual dois poderosos Deus Ex Machina foram usados contra o vilão em menos de 5 minutos, o segundo dos dois sendo especialmente difícil de engolir e destoando completamente da maneira lógica como os super-poderes funcionavam e eram balanceados nesse mundo ate então. Foi ótimo ver Maka brilhar daquela forma no final, mas não valeu a pena.

Mas perai! Existe outro anime de Soul Eater, lançado em 2014! Deve ser como Fullmetal Alchemist Brotherhood: um remake respeitando 100% a obra original e com muito mais qualidade!
NOPE!! "Soul Eater Not!" é baseado em um manga homônimo do mesmo autor de Soul Eater, e se trata de uma comédia/slice of life sobre estudantes pouco talentosos da Academia Shibusen, que não tinham o potencial necessário para se envolver nos grandes eventos retratados na série principal. Conceito interessante, mas não me parece muito bom e não me convenceu a assistir.


No geral, ainda me resta uma visão positiva de Soul Eater. Espero que um remake seja feito um dia para resolver parte dos problemas... Pelo menos os problemas que o anime causou, suspeito que Black☆Star não pode ser removido Sad    Nota 7/10.

Abertura muito boa.
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Mensagem por Thear Sex 24 Nov 2017, 06:03

42 - Princess Tutu
Diretor: Sato Junichi, Koutomo Shogo
Estúdio: Hal Film Maker
Ano: 2002
Publico Alvo: Shoujo
Gêneros: Comédia, fantasia, magia, romance.
Episódios: 38
Sinopse (fonte: MyAnimeList):Em um conto de fadas tornado realidade, a atrapalhada, doce e gentil Ahiru (japonês para "pato") parece uma protagonista improvável. Na realidade, Ahiru é tão mágica quanto os gatos e crocodilos falantes que habitam sua cidade - pois Ahiru realmente é uma pata! Transformada pelo misterioso Drosselmeyer numa garota humana, Ahiru logo aprende as lições de sua existência. Usando seu pendente mágico em forma de ovo, Ahiru pode se transformar em Princesa Tutu - uma linda e talentosa bailarina que dança para aliviar as pessoas das turbulências em seus corações. Com sua novas habilidades, Ahiru aceita o desafio de coletar os fragmentos perdidos do coração de seu príncipe, que há muito tempo ele estilhaçou para selar um corvo maligno por toda a eternidade.
Princess Tutu é um conto sobre heróis e suas lutas contra seus destinos. Suas crenças, sentimentos, e finalmente suas ações determinarão se vai terminar em "felizes para sempre".


Um conto de fadas sobre personagens de contos de fadas que escaparam de um conto de fadas e agora vivem numa cidade manipulada por outro conto de fadas que encapsula todos esses contos de fadas mas ainda é parte do fonto de cadas que é o anime. Nice.

Princess Tutu começou devagar, e achei que logo ia ficar entediante. O humor envolvendo Ahiru era a unica coisa que manteve minha atenção após vários episódios de pequenos duelos de dança para resgatar os fragmentos do coração do príncipe. Esses duelos eram interessantes ate a principio, mas era obvio que ficariam chatos com o tempo.  
Alem disso, apesar de Ahiru ser ótima, os demais personagens eram todos entediantes e cliches, e era difícil não esperar um final genérico "felizes para sempre" de um anime desse tipo, claramente com o publico alvo feminino infantil em mente.

Mas eu estava errado. Os personagens cliches foram sendo desenvolvidos conforme interagiam com a estória (não a estória do anime, mas a estória do escritor insano Drosselmeyer que manipulava os eventos da trama e da qual os personagens haviam escapado), os desafios episódicos de dança para recuperar fragmentos foram encerrados, e a trama foi ficando mais complexa e sinistra.

Como o primeiro paragrafo de meu texto indica, a trama é surpreendentemente complicada. Mas é perfeitamente sólida e compreensível ao final do anime. E esta cheia de conceitos incomuns. A maioria das batalhas é feita exclusivamente através de dança, durante as quais cada personagem contesta as motivações do outro ate que um deles se de por vencido. Todos os adversários da fase inicial do anime (os que tem consigo os fragmentos), são eles mesmos personagens de seus próprios contos de fadas, também manipulados pelo conto principal que engloba a cidade toda. E por fim toda a questão de Drosselmeyer e a forma como ele manipula os eventos através de suas estórias, e como os personagens tem que aprender a desafiar alguém com essa capacidade e que não se importa com os envolvidos, só quer que realizem suas funções como personagens. Metalinguagem everywhere.

E o final, que também por si só é diferente do padrão de contos de fadas. E tem um maldito epilogo. Eu amo epílogos. Viva os epílogos e todas as estórias que os tem. Poucos animes tem.

A trama como um todo  tem inspirações no Patinho Feio e em.. Lago dos Cisnes, o que chama atenção ao fato de que a trilha sonora toda consiste de obras famosas de balé. O resultado é que não é uma trilha que eu goste muito, mas que obviamente se encaixa no anime. Fora isso, o aspecto visual é aceitável, o esperado para a época.

Princess Tutu é o segundo anime que vejo que se encaixa no padrão de magical girl pré-Sailor Moon (apesar de ser mais recente que SM). Ou seja, antes do gênero focar não em super heroínas magicas de vestido salvando o mundo, mas em estórias mais suaves e menos épicas envolvendo garotas com poderes mágicos não necessariamente violentos. O primeiro desses que vi foi Full Moon Wo Sagashite, que foi uma grande decepção. Mas Princess Tutu me prova que esse estilo tem potencial.

No fim, é um anime cheio de conceitos interessantes bem executados, mas que não é excelente em nenhum momento. Nenhum dos personagens jamais é interessante o bastante, e algum dos personagens menores são irritantes (como o professor felino). A trama tem conceitos interessantes, mas a importância da dança na estória acaba enfraquecendo a coisa toda, pois o anime tem dificuldade de realmente convencer de que danças podiam resolver alguma coisa. Princess Tutu me inspirou e provavelmente vai influenciar futuras tramas minhas, mas no fim ainda foi limitado pelo fato de ser feito pra um público alvo mais jovem. 7/10.

Quanto mais assistia o anime, mais gostava da abertura. Bem relaxante, tranquila. Mas não achei em nenhum lugar exceto e vimeo e não consegui incorporar o vídeo aqui. Então cliquem aqui para assistir.
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Mensagem por Thear Sáb 23 Dez 2017, 18:54

37 - Death Note
Diretor: Araki Tetsuro
Manga: Ohba Tsugumi
Estúdio: Madhouse
Ano: 2006
Publico Alvo: Shounen
Gêneros: Mistério, policial, psicológico, sobrenatural, thriller.
Episódios: 37
Sinopse (fonte: MyAnimeList): Um shinigami, sendo um deus da morte, pode matar qualquer pessoa - contanto que veja o rosto da vitima e escreva o nome num caderno chamado Death Note. Um dia, Ryuk, entediado pelo estilo de vida shinigami e interessado em ver como um humano usaria um Death Note, solta o seu caderno no mundo dos humanos.
O estudante de ensino médio e prodígio Yagami Light encontra o Death Note e - já que ele despreza o estado do mundo - testa o caderno mortal escrevendo o nome de um criminoso nele. Quando o criminoso morre imediatamente após o experimento, Light se surpreende e rapidamente reconhece quão devastador é o poder que caiu em suas mãos.
Com essa habilidade divina, Light decide extinguir todos os criminosos para construir um novo mundo onde crime não existe e as pessoas o adoram como a um deus. A policia, no entanto, rapidamente percebe que um serial killer esta matando outros criminosos e, consequentemente, tenta capturar o responsável. Para fazer isso, os investigadores japoneses contam com a ajuda do melhor detetive do mundo: um homem jovem e excêntrico conhecido apenas pelo nome "L".

Ok. Death Note. Estou tendo dificuldades com esse texto.

O problema principal é que não foi a primeira vez que assisti. Em casos como Digimon Tamers e Ghost in The Shell isso não chegou a ser um problema, mas Death Note é muito voltado a plot twists e planos elaborados, então acaba afetando. Não que assistir novamente tenha me feito gostar menos do anime (acho ate que minha opinião melhorou um pouco), mas é difícil falar de uma obra focada em surpresas quando eu não tive nenhuma surpresa por já te-la visto antes.

Novamente, é difícil dizer isso já tendo visto antes, mas tenho a impressão que Death Note usa táticas "baratas" para surpreender a audiência. Não se preocupem, isso não é exatamente uma critica. O anime usa alguns deus ex machinas, plot convenience e trata como obvio previsível certos comportamentos humanos que com certeza não seriam previsíveis num cenário real. Humanos são muito mais complicados do que  o que é retratado em Death Note, e tanto Kira quanto L seriam incapazes de agir de controlar ou prever a situação tão bem na vida real. Acabariam sendo vistos como incompetentes excessivamente certos de si mesmos.

Mas francamente... É divertido. Os planos elaborados dos gênios da trama são ridículos se você prestar muita atenção, mas são fascinantes na primeira vez que são explicados pelos respectivos arquitetos. O anime simultaneamente expõe um plot twist E faz a audiência se sentir esperta a medida que explica o que esta acontecendo e por que. Na maioria das vezes é impossível para a audiência perceber dicas e foreshadow e descobrir o que vai acontecer a seguir, os personagens do anime cuidam de tudo sozinhos. Isso é inferior a uma trama realmente complexa sobre a qual os fãs podem realmente especular, criar teorias e tentar desvendar os mistérios sozinhos, mas Death Note brilha justamente em conseguir compactar esse tipo de experiencia e entrega-la de maneira fácil de digerir para a audiência. No campo das tramas inteligentes e complexas, Death Note é fast food, e digo isso como um elogio.

Alem disso, a trilha sonora se destaca, o tema de L é provavelmente um dos temas de personagem mais marcantes de toda a história dos animes. Os temas de Light e Near também são ótimos, te fazem sentir inteligente só de ouvir, eheh. A arte e animação envelheceram bem, especialmente quando o anime decide ser colorido pra acentuar tensões ou emoções.

Algumas coisas me incomodam. O fato de que a hipocrisia de Light nunca foi explorada no anime, por exemplo. L e companhia sabem que Kira é um hipócrita, mas nunca discutem muito isso, eu acharia interessante ver isso esfregado na cara de Kira pelo menos uma vez. Vamos lá, né? O cara criou um código de ética para seus assassinatos no primeiro episódio e o quebrou no segundo episódio simplesmente por conveniência. Ele claramente estava fazendo tudo isso por diversão e desejo de poder e reconhecimento. Isso é visível e acredito que era a intenção dos autores retratar isso, mas o anime podia ter se aprofundado mais nisso.

Alem disso, existe a segunda parte do anime, depois do timeskip. Muita gente considera essa parte da série pior por causa da ausência de um personagem e da adesão de dois novos (Near e Mello), mas eu acho Near e Mello aceitáveis. Foi realmente só a ausência daquele personagem que fez falta, ele era essencial e o mais interessante do anime.
E claro, tem o fato de que o conflito final do anime foi obviamente um deus ex machina. Houveram outros pela série, mas esse foi o mais obvio. Muitos animes desse desafio ate agora tiveram finais ruins e deus ex machinas no final, mas não deixa de ficar feio.

Isso é o que consigo dizer sobre Death Note, no fim. Talvez pudesse dizer muito mais se fosse minha primeira vez assistindo, mas é a segunda (terceira até, teve uma ocasião anterior que assisti ate o timeskip e parei). Acho que é um 8/10, mas essa nota pode cair mais adiante.

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Mensagem por Tarin Sáb 23 Dez 2017, 22:34

Acho que é o anime mais popular do desafio até agora, não é? Se não, é um dos, com certeza. Eu adoro Death Note, mas tu tem razão que bastante do impacto da série se perde assistindo da segunda vez pra frente.

Mas como fu falou, o apelo não é só esse. O enredo de disputa intelectual entre duas pessoas (pelo menos na primeira metade da série) é bem divertido, e eu gosto bastante de tramas com temas parecidos. E muita gente gosta tambem, como dá pra ver pela popularidade da série e pelos inúmeros live action que teimam em fazer...

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Mensagem por Thear Dom 24 Dez 2017, 02:00

Provavelmente. Tem alguns sucessos maiores como Akira, Bebop e Ghost in the Shell, mas esses se reduziram a uma de importância majoritariamente cult, hoje em dia. Enquanto Death Note continua mainstream.

É. Abaixo os live action ^^


Edit: acabei de verificar, Death Note é literalmente o top 1 em popularidade no My Anime List. Isso significa que é o anime mais visto de todo o site.
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Mensagem por Tarin Seg 25 Dez 2017, 04:19

Lol. Ok. Isso é bem impressionante, mesmo que imagino que seja diferente no Japão.

Será que é porque diferente dos shounens populares, não tem muita competição pra um anime que nem death note? É por causa disso ele sempre se mantem relevante. Eu pelo menos não lembro de nenhum anime do mesmo estilo que tenha feito muito impacto.
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Mensagem por Thear Seg 25 Dez 2017, 04:21

Hmm... Dizem que Code Geass segue o mesmo estilo. Inclusive, no ranking de popularidade do MyAnimeList de personagens, L de Death Note é segundo lugar para Lelouch, de Code Geass.


Última edição por Thear em Seg 25 Dez 2017, 05:09, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Tarin Seg 25 Dez 2017, 04:29

Ah, eu nunca vi Code Geass pra poder comparar.

Pena que não tem no desafio, quem sabe fosse interessante pra justamente fazer uma comparação com death note e quem sabe apontar melhor o que faz ele ser tão popular...
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Mensagem por Thear Seg 25 Dez 2017, 21:03

25 - Blue Gender
Diretor:  Masashi Abe
Estúdio: Anime International Company
Ano:  1999
Publico Alvo:  Seinen
Gêneros:  Aventura, mecha, romance, militar, ficção cientifica, horror, espacial, drama.
Episódios:  26
Sinopse (fonte: MyAnimeList): Blue Gender se passa num futuro não tão distante no qual as coisas deram terrivelmente errado para a humanidade. Humanos foram substituídos no topo da cadeia alimentar pelos Blue, uma raça de aliens similares a insetos que colonizaram a Terra e empurraram os humanos de lado. Uma estação espacial chamada Segunda Terra, foi construída como santuário para humanos, com a esperança de um dia reclamar a Terra novamente.
Durante todos esses anos, Kaido Yuji esteve congelado criogenicamente, por sofrer de uma doença conhecida como "Células-B". Uma vez despertado, ele se junta a um time de soldados que vieram à Terra para resgata-lo. Infelizmente, nada vai de acordo com o plano durante a jornada de volta para a Segunda Terra.
Yuji agora terá que lidar com os horrores de lutar uma guerra sangrenta conforme ele e os soldados da Segunda Terra tentam sobreviver. Será que eles serão capazes de recuperar a Terra sem perder sua humanidade?


Enquanto Death Note é o anime mais famoso da lista ate agora, Blue Gender é um dos mais obscuros. E merece ser. É entediante e genérico pra caramba.
É um daqueles casos em que tenho pouco a falar a respeito por ser tão... básico, simples, sem nada que chame atenção.

Os personagens são chatos em sua maioria. Yuji e Marlene tem bons momentos, mas não se destacam. Yuji especificamente tem vários flashbacks sobre um antigo amigo dele que não levam a lugar algum na trama. Existe Alicia, que de fato é uma personagem que adiciona bastante à estória, sendo uma adolescente impulsiva e incerta, ela acaba tornando a trama toda mais incerta consigo.

Mas pra contrabalancear esses personagens aceitáveis, existe Seno Miyagi, que parece ser alguma estupida tentativa de Ikari Gendo (de Evangelion) e, pior ainda, existe Tony. Um tipico geniozinho insipido que tem uma lógica completamente insana (tipo de lógica muito comum nos episódios finais do anime) pra justificar o que faz.

O que mais? O que raios mais? Já perceberam que tenho um problema aqui, certo? Todos os parágrafos ate agora foram curtos demais. Eu não elaborei em nada. Houveram outros animes no desafio sobre os quais eu não tinha nada a dizer, mas esse se supera... Nem mesmo é uma comédia que eu possa martelar pelos mesmos motivos que martelei todas as comédias do desafio ate agora. Vamos lá... tenho que inventar algo a dizer sobre isso...

Sério, acabei de escrever um parágrafo inteiro sobre um elemento do anime, aí percebi que não era minimamente interessante e notável, e apaguei tudo. Vou tentar outro elemento então: o design dos monstros (os Blue) e dos mechas.

Tanto os Blue quanto os mechas alternam seus designs entre algo extremamente sem graça que parece ter sido criado por alguém com a capacidade criativa de um grão de arroz, e designs extremamente sem graça que também são estúpidos e não fazem sentido. Todos eles parecem besouros ou... ou...

Não, não... Viram o que estou fazendo? Enrolando. Achando qualquer coisa que o anime contenha que eu possa criticar pra me ajudar a justificar o motivo de eu não gostar do anime. Mas não tem muito o que justificar, o anime é só entediante, fraco.

Disso que posso falar, então? Nesses textos, eu me ponho na posição de crítico (apesar de que eu chamaria tais textos de impressões, não de criticas), e como crítico, eu sinto a responsabilidade de justificar toda e qualquer opinião, tentando fazer parecer que minhas opiniões são lógicas e objetivas. Qualquer crítico vai tender a fazer isso, e ate certo ponto ele realmente tem essa responsabilidade, mas chega um ponto que tudo se torna apenas uma racionalização pra disfarçar a subjetividade. E não vale a pena insistir muito nisso.

O fato é que qualquer crítico terá vieses (e qualquer tipo de jornalista, na verdade), e não adianta tentar disfarçar ou suprimir esses vieses. Muito pelo contrário, o melhor que eu posso fazer é vesti-los claramente para que o leitor possa identifica-los e julgar minhas palavras de acordo. Se eu estiver escrevendo a respeito de um "filme de tiro" dos anos 80, é útil e ideal que os leitores saibam que eu detesto esse tipo de filme, e então eles podem levar isso em consideração ao ler o que escrevi. Claro, uma vez que eu deteste esse tipo de filme, se torna ainda mais importante que eu escolha entre salientar os problemas específicos de tal filme para que não pareça que estou apenas criticando-o pelo viés... ou escolha simplesmente admitir que não gostei por causa de meu viés contra esse tipo de filme. E talvez então eu possa argumentar e explicar os motivos desse viés e podemos então comparar os motivos do viés com o conteúdo do filme, para ver o quanto faz sentido que eu não goste do filme? Não sei, tem uma discussão enorme aí.

O ponto é que isso tudo meio que explica porque eu faço questão de achar algo sobre o que criticar no anime. Eu tenho um viés contra ficção que tente ser muito séria, "adulta" (leia-se: adolescente), e tenha um ritmo lento. O anime se encaixa nisso tudo, mas então eu tentei focar minhas criticas no quão não-criativo e básica a série é, pra não ficar parecendo que foi apenas meu viés que me fez desgostar da coisa toda. Ate porque... imagino que todo mundo desgoste de coisas pouco criativas/originais, certo? Tem que ter algo de novo, interessante, que chame atenção... certo? Espero que sim.

Então, resumidamente, eu estava me esforçando para criticar a falta de originalidade para não ter que criticar o esforço excessivo em ser "adulto" e o ritmo lento, pois eu tenho um viés contra essas ultimas e minha opinião sobre esses aspectos teria automaticamente menos valor para o leitor. Mas o fato é que Blue Gender realmente se encaixa nisso tudo: é pouco original, se esforça em ser "adulto", e é meio lento. O fator "pouco original", faz com que eu tenha muito menos a dizer sobre o anime no geral, e na tentativa de inventar o que dizer eu acabei escrevendo alguns parágrafos sobre como um critico deva funcionar e coisas do tipo, mesmo que eu nem considere esses textos críticas (já que não é uma analise detalhada destinada ao consumidor em potencial).

Mas sabe? O romance entre Yugi e Marlene é decente, e se os dois personagens fossem melhores talvez esse romance teria carregado o anime todo nas costas e tornado-o legitimamente bom.

Não é o caso. Blue Gender é uma porcaria, 4/10. Consegui enrolar mais de 900 palavras sobre um anime sobre o qual não há nada de interessante a se dizer. Win!  cheers

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Mensagem por Thear Qui 28 Dez 2017, 22:50

05 - Welcome to the NHK
Diretor:  Yamamoto Yusuke
Livro: Takimoto Tatsuhiko
Estúdio: Gonzo
Ano:  2006
Publico Alvo: Shonen... acho? Considerando a revista onde o manga foi publicado (Monthly Shonen Ace), mas parece mais com um seinen leve, talvez.
Gêneros:  Comédia, psicológico, drama, romance, slice of life.
Episódios:  24
Sinopse (fonte: MyAnimeList): Satou Tatsuhiro é um jovem de vinte e dois anos que largou a faculdade e já é um hikikomori a quatro anos. Em seu isolamento, ele veio a acreditar em muitas teorias de conspiração obscuras, mas existe uma em particular na qual ele tem fé inabalável: a teoria de que o conspirador maligno por trás de seu status de NEET (Not in Employment, Education or Training) é a Nihon Hikikomori Kyokai (NHK) - uma organização secreta dedicada a incentivar e espalhar a cultura hikikomori.
Welcome to the NHK é uma dramédia psicológica que segue a vida de Tatsuhiro conforme ele luta para escapar das maquinações sinistras da NHK e da doença da isolação auto-imposta, apesar de que simplesmente sair de seu apartamento para encontrar um emprego já parece impossível. Seu encontro inesperado com a misteriosa Nakahara Misaki pode sinalizar uma mudança de sorte para Tatsuhiro, mas com esse encontro vem o preço inevitável de enfrentar seu maior medo - a sociedade.


Esse anime é incomum. Welcome to the NHK (vou chamar apenas de "NHK" de agora em diante), apresenta temáticas psicológicas fortes conectadas a problemas sociais do Japão. Mas é muito mais cômico e "slice of life" que animes que geralmente retratam questões psicológicas (como Lain), e muito mais sério e pé-no-chão que animes que geralmente mencionam problemas sociais (como Sayonara Zetsubou Sensei).
Isso significa que NHK é de fato uma tentativa de abordar esses temas e como um individuo real - com o qual a audiência possa se identificar - lida com eles em um cotidiano que realmente pode ser comparado à vida de um japonês.

Enquanto o mundo ocidental tem muita arte dedicada tanto à reflexão quanto ao escapismo – e muitas obras focadas em escapismo incluem reflexão no meio – a arte japonesa (pelo menos a que chega ao ocidente, o que é quase toda a produção de animes) é desproporcionalmente voltada ao escapismo.
Tanto a sociedade japonesa é rígida e focada em tradicionalismo e trabalho inesgotável, o que incentiva a criação de arte como escapismo; como é focada em convenções e aparências, o que significa que reconhecer que existem problemas sobre os quais refletir em por si só já é um desafio, o que desmotiva arte como reflexão.

Como resultado, achar um anime que realmente tenta abodar alguns dos principais problemas sociais do Japão no momento, como a cultura hikikomori; depressão por causa da pressão da sociedade e suicídio, é muito difícil de encontrar. E NHK ganha pontos simplesmente baseado nisso.

Cada personagem do anime é "quebrado" de alguma forma. O protagonista é um hikikomori, claro, mas existem personagens suicidas, personagens tentando fugir de se tornar mais uma engrenagem na maquina da sociedade e buscando trabalhar em algo que realmente amam, e personagens simplesmente querendo sentir que fazem alguma diferença no mundo. Sayonara Zetsubou Sensei também tinha muito disso, mas era mais uma comédia caótica em formato de esquetes, que nunca elaborava nesses temas pois apenas os usava como material para comédia.

Mas... Não vou dizer que NHK não exagera na comédia... No,wait. Vou sim. Não exagera. O problema é que usa em momentos que não deveria, como em cenas muito dramáticas, e por vezes ate usa comédia para provocar uma situação dramática, o que acaba sendo muito estúpido.
Fora isso, o anime tem algumas coincidências excessivas. O protagonista quase não sai de casa, mas por alguma razão vive esbarrando em antigos conhecidos EM TOKYO, uma das cidades mais populosas do mundo. E o único outro personagem hikikomori da trama é por acaso alguém que o protagonista já havia conhecido num jogo online anteriormente. Amazing.

Falando nesse segundo hikikomori... Ele aparece num arco que, alem de obviamente falar do tema "hikikomori" como um todo, também trata de... esquemas de piramide? Esse arco todo parece muito fora de lugar. Os personagens envolvidos nele nem participam do resto do anime, quase parece não canônico (mas claramente é). Acho que a intenção do autor era introduzir alguns episódios sobre uma pessoa presa numa pilha inescapável de dívidas, etambém (e principalmente) apresentar um segundo hikikomori com o qual o protagonista poderia se comparar e identificar (ou não), e cuja própria luta com sua condição pudesse provocar discussão entre o protagonista e seus amigos (ou entre a audiência, claro).
Mas o fato é que o arco todo pareceu não natural, não encaixou com os demais, e imagino que seja o resultado de ser uma ideia nova em comparação ao resto do enredo, adicionado num momento que já era tarde demais para mudar todo o resto e faze-lo encaixar melhor.

Anyway. Apesar dos pesares, NHK me agradou muito. Mesmo desconsiderando todos os créditos de ter feito coisas que outros animes não fazem. NHK me agradou pelo "feel" no geral, e pelos personagens. Gostei do protagonista, Tatsuhirou, gostei muito de Misaki, gostei da Hitomi e até certo momento, gostei do Yamazaki (ate ele de repente decidir agir feito um colossal babaca com uma personagem menor perto do final da série). Não liguei pros dois irmãos que aparecem no arco do esquema de pirâmide, claro... Mas esse arco realmente não influencia o resto.

Pude me identificar com alguns momentos do anime, e acabou sendo emocionante pra mim em alguns momentos. Provavelmente o anime que mais me afetou emocionalmente ate esse ponto do desafio. Achei o final excelente, e afetou bastante o dia em que o vi, e me afetou um pouco meu comportamento pelo resto da semana, também.

Isso que um anime ganha por ser reflexivo em vez de apenas escapismo. Ele de fato afeta a audiencia e muda um pouco a vida das pessoas. Não que NHK tenha me afetado nesse nível, mas fez algum pequeno impacto. Me refiro apenas ao fato de que esse tipo de arte pode fazer isso, e Evangelion, por exemplo, o fez. Não que eu tenha algo contra escapismo, sou um grande fã, na verdade, mas animes realmente parecem ter muito foco nisso.

Fora isso, não posso deixar de mencionar que a trilha sonora é bastante boa.  O primeiro tema de encerramento é bem icônico. E quem poderia tirar da cabeça aquela desgraça de música tema de Puru Puru Pururin?

Anyway. Acho que é isso. Welcome to the NHK foi uma experiencia diferente que se destacou mesmo em meio a todo esse desafio, mas que não vai marcar minha vida de forma alguma. Os elementos forçados do enredo e o humor em momentos desnecessários impedem que o anime seja "muito bom", e tornam-o apenas "bom". Isso significa 7/10. Quase 8 só pelo final, que realmente me agradou, mas não vou dar 8 não.

A primeira abertura é agradável, mas não se destaca tanto e acaba cansando após ouvir várias vezes.


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To zoando. Essa é a abertura:
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Mensagem por Tarin Dom 31 Dez 2017, 01:21

Eu terminei de ver o anime agora, e... Realmente é um que se destaca por abordar vários temas bem diferentes e/ou controversos.

Sobre os problemas sociais em si que ele retrata, eu acho interessante que o anime parece propor bem diretamente que
Resolução do arco do protagonista:

Considerando isso, é um pouco frustrante que não tenha realmente tido muita análise psicológica ou emocional das causas da condição de hikkikomori do Sato. Tem um pouco, mas o foco do anime é muito mais em como ele reage às situações e pessoas que vão aparecendo na vida dele.

Mesmo tendo obras japonesas que parecem apontar as estruturas extremamente rígidas da sociedade(embora nem sempre problemas exclusivos do Japão, também) como causa de problemas sociais, muitas delas não realmente propõem mudanças na sociedade em si, seja por resignação, aceitação ou outros fatores, e acabam terminando com arcos que envolvem o crescimento e adaptação dos personagens às suas circunstâncias.

Eu acho isso interessante, e gostaria de me aprofundar mais na cultura japonesa pra entender melhor quais são as expectativas da sociedade moderna de lá e como as pessoas lidam com isso. Como tu falou, muita da mídia japonesa que acaba vindo pro ocidente é focada quase exclusivamente em escapismo, então é difícil ter uma noção de como é realmente a realidade de lá, especialmente pra grupos sociais que fogem do padrão...


Última edição por Tarin em Dom 31 Dez 2017, 01:22, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : sp)
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Mensagem por Thear Dom 31 Dez 2017, 03:09

Sobre seu spoiler:

Spoiler:
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Mensagem por Thear Sáb 06 Jan 2018, 22:27

24 - Zegapain
Diretor:  Shimoda Masami
Estúdio: Sunrise
Ano:  2006
Publico Alvo: Shonen
Gêneros:  Ação, mecha, romance, ficção cientifica.
Episódios:  26
Sinopse (fonte: MyAnimeList): Kyo, um nadador ávido, tenta seu máximo para manter vivo o clube de natação da escola, o que é bem difícil considerando que ele é o único membro. Ante a perspectiva de que o clube seja fechado pelo conselho estudantil, ele tenta recrutar a linda Misaki para atuar em um vídeo promocional, filmado pela sua boa amiga Ryoko, em uma tentativa de recrutar mais membros. Ela aceita, contanto que ele pilote um mecha sob o comando de Celebrum, uma organização de resistência lutando para destruir Áreas Deutera formadas na Terra pelos alienigenas Gards-orm. Ele aceita, mas acha tudo estranhamente familiar, como se já tivesse feito isso antes...


Considerando textos anteriores, eu decidi que se não houver muito a dizer sobre um anime, não direi muito. Inicialmente esses textos eram pra ser curtas impressões, mas com a intenção de aprimorar minha capacidade de escrita e elaboração de ideias, eu fiz questão de torna-los mais complexos. Mas agora cansei disso. Não adianta enrolar em animes simples.


Zegapain se destaca nos conceitos presentes em sua narrativa. A coisa mais similar que consigo imaginar é Matrix, e ainda assim não é bem a mesma coisa. Difícil descrever sem spoilers imensos, mas acho que ao mencionar Matrix já dei alguma ideia. O que da pra acrescentar alem de falar "Matrix" (Matrixmatrixmatrix), é que Zegapain inclui o conceito de realidade virtual como maneira de sobrevivência de uma civilização, o que já deve existir em outras mídias, mas eu nunca havia visto antes.

Ate que na primeira metade Zegapain faz um bom trabalho tornando interessante todo o mistério sobre o que exatamente esta acontecendo, mas os novos mistérios (sobre a identidade de certos personagens, e tal), que predominam na segunda metade são entediantes. No geral eu diria que o anime é uma execução muito fraca e pouco esforçada de alguns conceitos fascinantes (que com certeza tentarei usar no futuro eu mesmo).
O cenário e trama principal não sustentam o anime, e vários dos plots secundários também não me interessaram. A relação misteriosa entre Kyo e Misaki? Dane-se... A história por trás do presidente do conselho de classe? Ate me deixou curioso, mas a resposta ao mistério acabou sendo genérica. A unica linha da trama que me interessou foi a relação entre Kyo e Ryoko. Não porque são personagens interessantes com um relacionamento que pareça real... Mas por causa do que ocorre com Ryoko no decorrer do anime, e que poderia ter subido o nível do anime drasticamente se fosse o foco principal da estória. Ryoko deveria dividir o protagonismo com Kyo.

hmm... O que ainda vale a pena mencionar é que a arte dos mechas é bem bonita, com CG e tudo.. mas a animação das lutas em si é uma grande porcaria ^^

Anyway. É isso. Zegapain ate é interessante por apresentar mais conceitos de ficção cientifica, mas (deja vu?) não consegue utiliza-los muito bem. Talvez estivesse preocupado demais que a audiência não entenderia? Sei lá... essa ideia de que as pessoas não conseguem entender realidades virtuais ou alternativas parece bem comum na ficção, mesmo que esses conceitos estejam presentes em cartoons feitos pra crianças de 5 anos ou menos.

5/10. Medíocre ao ponto de que já esqueci quase tudo.

Boa abertura. Inicialmente achei genérica, mas passei a gostar com o tempo. Soa levemente nostálgica por alguma razão.

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Mensagem por Thear Dom 21 Jan 2018, 19:57

04 - Fullmetal Alchemist: Brotherhood
Diretor: Irie Yasuhiro
Manga: Arakawa Hiromu
Estúdio: Bones
Ano:  2009
Publico Alvo: Shounen
Gêneros:  Ação, militar, aventura, comédia, drama, magia, fantasia
Episódios:  64
Sinopse (fonte: MyAnimeList): "Para que algo possa ser obtido, algo de igual valor deve ser perdido."
A alquimia funciona pela Lei da Troca Equivalente - algo que os jovens irmãos Edward e Alphonse Elric apenas perceberam depois de tentar a transmutação humana: um ato proibido da alquimia. Eles pagaram um preço terrível por sua transgressão - Edward perdeu sua perna esquerda, e Alphonse perdeu todo o seu corpo físico. Apenas pelo sacrifício desesperado de seu braço direito que Edward conseguiu selar a alma de Alphonse numa armadura, que ele pode usar como um corpo provisório. Devastados e sozinhos, é a esperança de que eles eventualmente conseguiriam retornar a seus corpos originais que inspirou Edward a obter membros de metal chamados "automail" e se tornar um alquimista federal; o Fullmetal Alchemist.
Três anos depois, os irmãos estão buscando a Pedra Filosofal, uma relíquia mítica que permite a um alquimista burlar a Lei da Troca Equivalente. Mesmo com os aliados militares Coronel Roy Mustang, Tenente Riza Hawkeye, e Tenente Coronel Maes Hughes ao seu lado, os irmãos se descobrem em meio a uma conspiração nacional que não apenas os leva em direção aos segredos da verdadeira natureza da Pedra Filosofal, mas da história sinistra de seu país também. Entre lutas contra um serial killer e uma corrida contra o tempo, Edward e Alphonse devem se perguntar se o que eles estão buscando vai torna-los humanos novamente... ou tirar-lhes a humanidade.

Como mencionei no texto anterior, a tendencia agora é que esses textos sejam mais curtos e simples, já que tenho outros projetos pessoais demandando mais atenção.

Masterpiece. FMA Brotherhood é frequentemente descrito dessa forma. É aprovado de maneira unanime entre as pessoas que assistiram. As poucas vezes que vi ser criticado foi ao ser comparado com a primeira (e pouco canônica) adaptação do material-fonte (Fullmetal Alchemist 2003), mas ao que me parece essas poucas pessoas que preferem o original estão apenas sendo nostálgicas, pois o consenso é que Brotherhood é bem superior mesmo. Fora esse pessoal, nunca vi Brotherhood ser comentado negativamente por alguém. É o 1º lugar no ranking do MyAnimeList baseado nas notas dos usuários.

E merece. E isso tudo me poe novamente numa situação esquisita. É muito difícil achar coisas para criticar nesse anime, ele não tem quase nenhum defeito ... Ainda assim, eu não acho ele fantástico ou excelente, apenas "muito bom".

Se for pra me esforçar em pensar em um defeito, talvez possa mencionar quão pesadamente a trama depende de coincidências. Personagens importantes para o destino daquele mundo se conhecem por acaso o tempo todo, se separam, se encontram de volta por coincidência novamente... é muito, muito disso.

Alem disso, talvez de pra dizer que FMA tem medo de matar personagens... Sim, eu disse isso. O anime é famoso pela morte muito traumática de um personagem no primeiro 1/3 da série (não me afetou muito, mas é com certeza bem feita e parece ser uma das mortes mais marcantes da história dos animes), mas parece que a autora se contentou com isso e fez questão de poupar todos os demais ate o episódio final, o que envolveu salvar muitos personagens de diversas situações impossíveis nas quais enfrentavam ameaças muito maiores do que tais personagens eram capazes. A autora claramente se apegava a todo mundo e protegeu seus personagens o máximo que pode. Um sentimento que eu entendo, mas não deixa de ser uma falha que prejudica a suspensão de descrença.

Mas... é só, acho. Se eu me esforçasse conseguiria pensar em mais uma coisa ou outra, mas seria algo minusculo, e seria desonesto criticar a série simplesmente porque fiz questão. É novamente uma situação em que tento procurar uma maneira de justificar ter achado o anime "muito bom", mas não "excelente".

Prestem atenção, só o fato de eu estar preocupado em procurar uma justificativa pra que a nota ao final desse texto não seja um 9 ou 10 já é um sinal do quão bom o anime é. Uma trama muito bem feita do começo ao fim, que segue ritmo constante e perfeito. 64 episódios que nunca parecem acelerados ou enrolados, um elenco grande de personagens agradáveis e divertidos que é introduzido aos poucos e converge no final num climax realmente emocionante. Nada é desperdiçado ou inútil ao todo da obra, todas as peças se encaixam.

Sob essa narrativa tão bem composta, esta um mundo fascinante, com regras consistentes e fácil de acreditar e de provocar imersão. É uma daquelas obras que parece mostrar apenas um pequeno pedaço de um mundo que pode gerar muito mais estórias do mesmo nível (como Avatar: A Lenda de Aang). O combate, tanto sem quanto com alquimia, é fluido e se destaca pela coreografia, e as cenas de combate ficam mais intensas no decorrer da trama, mesmo que os protagonistas praticamente não melhorem suas habilidades no decorrer de toda a obra.

Sério, poxa. Eu posso ver que Fullmetal Alchemist: Brotherhood é objetivamente excepcional, mas eu simplesmente não gostei da obra nesse nível, sei la por que. Não tinha quase nada que eu desgostasse ali, então deve ser só questão de faltarem coisas que eu goste. Talvez se tivessem se aprofundado mais nas mecânicas e funcionamento da alquimia? Ou se tivesse uma maior diversidade de vilões? Sei lá. Se eu assistisse mais uma vez talvez descobriria, mas essa já foi a segunda vez que vi.

Dou um 8/10, sabendo que quase qualquer pessoa daria 9/10, e que provavelmente mereceria isso mesmo.

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Mensagem por Thear Seg 19 Fev 2018, 05:22

47 - Hunter x Hunter (2011)
Diretor:  Kojina Hiroshi
Manga: Togashi Yoshihiro (famoso também por YuYu Hakusho)
Estúdio: Madhouse
Ano:  2011 (dã)
Publico Alvo: Shounen
Gêneros:  Ação, aventura, super poderes.
Episódios:  148
Sinopse (fonte: MyAnimeList): Hunter x Hunter se passa num mundo onde "Hunters" existem para realizar todo tipo de tarefas perigosas, como capturar criminosos ou buscar tesouros perdidos em territórios não mapeados. Com doze anos, Gon Freecss esta determinado a se tornar um hunter, na esperança de encontrar seu pai, que é ele mesmo um hunter e a muito tempo abandonou seu filho. No entanto, Gon logo percebe que o caminho para alcançar seus objetivos é muito mais desafiador do que ele poderia ter imaginado.
No caminho para se tornar um hunter oficial, Gon faz amizade com o aprendiz de medicina Leorio, o vingativo Kurapika, e o rebelde ex-assassino Killua. Para alcançar seus objetivos e desejos, juntos os quadro participam do Exame Hunter, notório por sua baixa taxa de sucesso e alta probabilidade de morte. Ao longo de sua jornada, Gon e seus amigos encontrarão diversos monstros, criaturas e indivíduos perigosos - tudo enquanto aprendem o que realmente significa ser um Hunter.

Créditos ao Zé Joelho por me ajudar a organizar meus pensamentos pra esse texto.

Pra começar de maneira simples, Hunter x Hunter é, até então, o auge do "shonen de luta infinito". Me refiro a aqueles shonens focados em lutas impressionantes com super poderes, que tem centenas e centenas de capítulos no manga, e é igualmente interminável na adaptação pra anime (exceto se for cancelado coff Bleach coff coff). Esse genero inclui representantes antigos como Dragon Ball e Cavaleiros do Zodiaco... mais tarde seguidos por YuYu Hakusho, One Piece, Naruto, Bleach, Fairy Tail... E também representantes mais modernos como Seven Deadly Sins, Magi, e o novo big deal Boku no Hero Academia. Hunter x Hunter é o primeiro desses no desafio, e com toda a certeza é o melhor que esse gênero tem a oferecer. A qualidade de Hunter x Hunter é reconhecida por uma unanimidade quase tão absoluta quanto Full Metal Alchemist: Brotherhood, na comunidade otaku.

Hunter x Hunter é como uma evolução desse gênero. Não caindo em muitos das piores armadilhas que ele apresenta, e utilizando excelentemente vários outros.

Por exemplo, o power creep é bastante controlado. Por mais que desde o começo os protagonistas enfrentem e tenham contato com inimigos bastante poderosos, e por mais que continuem evoluindo e aprendendo no decorrer de toda a trama, eles continuam não estando no mesmo patamar dos mesmos inimigos poderosos que encontraram no começo. É fantástico vê-los claramente aprender no decorrer da série e aplicar seus aprendizados consistentemente nos episódios que se seguem. O aprendizado dos personagens é um dos grandes focos do anime... E o fato de que eles ainda estão tão distantes do auge que os Hunters desse mundo podem atingir, mesmo após terem participado de eventos e tragédias de importância internacional; é ate um dos fatores que ajuda o mundo de HxH a parecer tão grande, mesmo quando tão pouco dele é mostrado na obra.

Na verdade, esse exemplo do power creep controlado acaba servindo melhor pra retratar quão bem... contido Hunter x Hunter é. Outro exemplo disso é que todo vilão, por mais sádico e vilanesco que seja, é humanizado, então quando um vilão realmente maligno aparece, ele passa uma sensação especialmente ameaçadora... e aí ele é humanizado também!! Exceto talvez por Genthru e algumas formigas-quimera secundárias, todo vilão em Hunter x Hunter é muito bem feito e é possível simpatizar com ele.

Novamente HxH se mostra contido ao não fazer questão de resolver tudo imediatamente. Existe uma facção poderosa de inimigos a ser enfrentada? Ok! Dois ou três deles já foram derrotados, podemos seguir adiante pro próximo arco e deixar o resto deles pra depois. Um episódio inteiro sobre a história de vida de um personagem de um personagem que nunca apareceu e morreu offscreen? Ótimo, provavelmente vai ser importante... mas não agora. Isso também ajuda a fazer o mundo parecer grande, e tem o bônus de fazer a vida dos personagens parecer real. O mundo real esta cheio de situações que se arrastam por anos e as vezes nunca são resolvidas. O mundo de Hunter x Hunter também.

Contido novamente nos combates. Quase sempre curtos e frequentemente com um vencedor obvio desde o começo, e muito bem sustentados em tática. Da mesma forma, quando o combate é longo ou voltado a força bruta e não a tática, o anime já fez por merecer e o contraste resultante torna tudo mais intenso e emocionante.

Alem dos vilões, os heróis também são excelentes. O loucamente otimista Gon é excelente em mover a estória adiante, e ate se torna irritante as vezes, mas isso é balanceado pelo racional Killua (melhorpersonagem). Leório consegue ser um bom alívio comigo num anime que nem precisa de um, e Kurapika é simplesmente... cool, com sua inteligencia e natureza metódica. Sem falar de todos os muitos outros que aparecem no decorrer dos arcos, cada um agradável a sua própria maneira... Menções honrosas para Kite, Biscuit, Netero, Alluka, Satotz, Ging, Ponzu, Morel, Cheadle, Goreinu, Melody... e outros... pois é, mesmo personagens com pouco screentime se destacam e são memoráveis. Ajuda que HxH parece não esquece-los e faz questão de mostra-los novamente (mesmo que sem nenhuma participação), quando faria sentido mostra-los na tela.

Ah, sim. Não posso citar Meruem e Komugi como "outros". Não vou dar spoilers, mas vou dizer que esses dois provavelmente foram o auge de todo o anime quando interagiam entre si.

Outra coisa que se destaca é o sistema de magia. "Nen" é o mais bem definido e organizado sistema de super poderes de qualquer shounen de luta. Sua consistência e importância nas regras é um alívio em comparação a sistemas cheios de arbitrariedades e contradições como chakra, reiatsu ou outros.

Não vou dizer que não tem falhas, a coisa toda. O arco das formigas-quimera com certeza é muito arrastado em alguns momentos, o Greed Island teve um final fraco, e o mini-arco na Mansão Zoldyck foi bem whatever e não pareceu acrescentar muita coisa. Mas... No geral as falhas importam muito pouco. Hunter X Hunter é consistentemente em seus 148 episódios um ar fresco em meio aos animes shonen, conseguindo passar a sensação de originalidade, de uma experiencia inusitada à audiência, mesmo quando usa de clichês. É uma pena que o autor do manga tenha dificuldade de manter o ritmo de publicação, e por isso o anime foi interrompido indefinidamente enquanto aguarda a continuidade do manga... mas o que há para se ver já vale a pena. Hunter x Hunter é uma das recomendações mais fortes e universais que posso fazer em termos de anime, podendo confiar que quase qualquer pessoa que já tenha gostado de algum anime vai gostar muito desse.

Não tem muito mais a dizer. É um fácil 9/10. Eu já tinha assistido duas vezes (148 episódios!) antes desse desafio, e ainda assim não foi difícil assistir de novo, e não duvido que dentro de dois anos esteja disposto a assistir tudo de novo se tiver algum amigo interessado em assistir junto ou algo assim.

Aproveitem a abertura com legendas em árabe. Uma versão completa dessa musica toca no episódio final e é FANTÁSTICO. Só não vou linkar a completa aqui porque a experiencia ideal é ouvi-la pela primeira vez nesse episódio final mesmo.

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Mensagem por Thear Ter 20 Fev 2018, 04:18

23 -  Top wo Nerae! Gunbuster
Diretor: Anno Hideaki (o mesmo do Top 3, Evangelion)
Estúdio: Gainax, Studio Fantasia
Ano:  1988
Publico Alvo: Shounen
Gêneros: Ação, comédia, drama, mecha, militar, ficção cientifica, espacial
Episódios: 6
Sinopse (fonte: MyAnimeList): No futuro próximo, a humanidade andou seus primeiros passos em direção à viajar aos limites distantes da galaxia. Ao faze-lo, eles descobrem uma imensa raça de aliens insectoides conhecidos como "Monstros Espaciais". Esses aliens parecem dedicados a erradicar a humanidade conforme eles chegam mais perto de descobrir a localização da Terra. Em resposta, a humanidade desenvolve robos gigantes de combate pilotados por jovens escolhidos a dedo de todo o mundo.
Pouco após a descoberta dos aliens, Takaya Noriko, filha de um famoso capitão espacial falecido, inicia seu treinamento apesar de seus talentos questionáveis como piloto. Durante seu treinamento, ela conhece seu completo oposto: a linda e talentosa Amano Kazumi, e é inesperadamente levada a trabalhar com ela a medida que ambas tentam superar seus traumas de guerra e suas próprias emoções.

Então, outro representante da era dos OVAs aqui. E com apenas 6 episódios, Gunbuster foi uma certa montanha russa de opiniões e emoções. Nos primeiros 3 episódios minha opinião era muito negativa. Parecia incrivelmente bobo e clichê (apesar de que talvez tais cliches não fossem tão sobre-utilizados na época). Mas a coisa aos poucos (dentro de apenas 6 episódios), se transformou em algo profundo e dramático, cujas heroinas centrais são bem exploradas psicologicamente.

A leveza dos primeiros episódios também foi substituída por tensão e um final incrivelmente triste, apesar de otimista. Provavelmente um dos momentos que mais me afetou emotivamente ate hoje, no desafio. E antes disso as batalhas épicas já envolviam personagens em desespero emocional tentando se forçar a participar daquela insanidade. Basta ignorar os personagens masculinos, que são todos vazios e genéricos, e o que resta é um pequeno elenco de personagens com as quais é fácil se importar.

Gunbuster foi um dos primeiros trabalhos do estúdio Gainax, e já chamou muita atenção na época. Também foi a estréia de Hideaki Anno como diretor. É perceptível que Gunbuster compartilha não apenas alguns temas com Evangelion, como também certos de arte e direção (coisas iluminação, cinematografia, trilha sonóra) que meus olhos não-cinéfilos tem dificuldade de precisar, mas que minha mente obcecada por Evangelion acha muito familiar. É quase um proto-Evangelion, mas não quero dizer que seja uma versão inferior de uma obra posterior, mas sim que muitas ideias e métodos utilizados e aprendidos em Gunbuster viriam a ser importantes para o estúdio Gainax nos anos seguintes, culminando em Evangelion. Gunbuster também foi a origem da Pose Gainax... e de seios balançando em animes... e de crises existencialistas em pilotos de mecha!

Eu ainda diria que os primeiros 2 ou 3 episódios arrastam pra baixo a qualidade da obra como um todo, mas não excessivamente. O ritmo dos episódios é muito bom, o que faz com que pareçam ter o conteúdo de 8 ou 9 episódios, e ajuda a aliviar a fraqueza dos primeiros. Fiquei muito em duvida entre um 6 ou 7 como nota final. Será que foi intencional começar a série daquela maneira tão genérica, assim atraindo a atenção da audiência acostumada a cliches, para depois mudar a coisa toda drasticamente? Eva meio que fez isso, também... tsc.

No fim, duas coisas me fizeram decidir a nota final.
1: A importância histórica da obra. Claro, eu costumo desprezar importância histórica e gritar que obsoleto é obsoleto e ponto... mas é só uma maneira de fazer a nota pender pra um lado ou pro outro! Gunbuster é um ponto relevante na história de animes e vou reconhece-lo por isso.
2: Ouvi uma das musicas centrais da trilha sonora enquanto escrevia esse texto, e apesar de não ser muiiito boa, ela me fez lembrar do quão deprimente é o episódio 6 e eu quase chorei. Claro, tem um fator pessoal na forma como o final da série me afeto, mas o fato é que afetou e ponto, após apenas 6 episódios. Good fucking job.

7/10. Não gostei a princípio mas agora estou feliz de ter assistido.

edit: bom lembrar que existe uma sequencia sequencia de 2004 chamada "Diebuster", com mais 6 episódios. Eu não assisti porque na pratica não fazia parte do desafio.

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Mensagem por Thear Sáb 24 Fev 2018, 08:20

36 - Monster
Diretor: Kojima Masayuki
Manga: Urasawa Naoki
Estúdio: Madhouse
Ano:  2004
Publico Alvo: Seinen
Gêneros: Drama, horror, mistério, policial, psicológico, thriller.
Episódios: 74
Sinopse (fonte: MyAnimeList): Dr. Kenzou Tenma é um renomado cirurgião de descendência japonesa trabalhando na Europa. Muito aclamado por seus pares como uma das grandes jovens mentes que revolucionará seu campo, ele é abençoado com uma linda noiva e esta prestes a receber uma grande promoção no hospital onde trabalha. Mas tudo isso esta para mudar com um grande dilema que Kenzou enfrenta uma noite - se ele deve salvar a vida de um jovem garoto ou a do prefeito da cidade. Apesar de ser pressionado por seus superiores a realizar a cirurgia no prefeito, sua moral o força a salvar seu outro paciente, que foi admitido ao hospital primeiro, deixando o prefeito morrer. Um médico é ensinado a acreditar que toda vida é igual; no entanto, quando uma série de assassinatos ocorre nas vizinhanças do cirurgião, toda a evidencia aponta para o garoto que ele salvou, e os ideais de Kenzou são abalados. Em sua lonja jornada para desvendar a identidade de seu pequeno paciente, Kenzou descobre que o destino do mundo pode estar associado à essa misteriosa criança.


Monster parece ser bastante inspirado em séries europeias de investigação criminal. Diferente das americanas, essas costumam ser mais lentas e em muitos casos apenas um unico crime ou criminoso é investigado ao longo de uma temporada inteira. Alguns textos atras eu mencionei que é importante que o viés de um crítico seja conhecido pela audiência... eis o vies: eu detesto essas séries. Na prática eu tenho algo contra a maioria das séries ou filmes policiais, mas essas em especial. Ritmo lento... personagens apáticos ou superficiais... não me dou bem com essas coisas.

E eu detesto Monster. Sei que tem bastante gente que é muito fã, e já vi ser apontado como "o mais próximo do gênero 'horror' que qualquer anime já chegou" (o que é mais um insulto a animes que um elogio a Monster), mas eu não consigo entender bem como alguém poderia elogiar mais que um detalhe ou outro dessa coisa.

São 74 episódios do protagonista indo atrás do mesmo vilão... e é tudo extremamente lento.

Tem várias tramas secundárias nas quais Tenma se envolve durante suas viagens enquanto investiga o vilão, mas cada uma dessas tramas é muito mal executada. Elas ate tem conceitos interessantes, mas seus finais são previsíveis, é tudo super-dramatizado (ou seja, a tensão é forçada por meio de personagens incapazes de expressar humor de qualquer forma), e esses arcos menores não contribuem em nada para o desenvolvimento do personagem... Na verdade, é meio que um ponto importante para o funcionamento da trama principal que Tenma não mudasse demais ao longo de tudo aquilo, e isso acaba tornando esses arcos menores mais irrelevantes ainda.

Um dos maiores focos da série é a investigação de Tenma sobre o passado do vilão, Johan; numa tentativa de usar essas informações para descobrir seu paradeiro. Essa investigação por si só cria muitos sub-plots e apresenta muitos personagens secundários; enquanto a série tenta fazer parecer que o passado de Johan é algo realmente sinistro e cruel... Mas falha nisso também. Não é difícil abrir um portal de noticias e ver uma história real muito mais horrenda do que aquilo... é fácil ler histórias de vida mais horríveis vindas de usuários do Reddit em discussões no r/askreddit...
Claro... eu sou a favor de que o sofrimento é, pela maior parte, relativo. Uma mera estória de bulling leve na escola pode muito bem ser convincente e me afetar, me perturbar... mas Monster não convence nem um pouco, em grande parte pelo uso excessivo de personagens apáticos ou com espectro emocional muito limitado, que não me geraram nenhuma empatia pois não parecem nem um pouco reais. E olha que me considero uma pessoa particularmente empática.

O próprio vilão tem a personalidade de um copo d'água. O anime insiste em repetir que ele é "super carismático", mas é apenas uma execução fraca do tradicional vilão frio, calculista, mas com voz gentil. Suspeito que os criadores não sabem o que "carismático" significa... Queria que a série tivesse focado mais nos planos e intenções dele, em vez do passado... mas no fim o grande plano dele também foi bastante bobo e desnecessariamente complicado.

Ah. A série também acumula trocentos clichês de estórias antigas de detetive. O vilão é o "gêmeo maligno" de uma das personagens principais; Nina... Nina... Nina quem? To brincando... Nina Fortner, que apareceu em quase todos os episódios mas que nem me lembro se sequer fez alguma coisa essencial na estória.

No fim, eu dou algum crédito ao anime em apenas dois pontos:

- Por se importar com personagens secundários e terciários ao ponto de tentar explorar as vidas e conflitos deles. Pena que fez um péssimo trabalho nisso.
- Por Eva Heinemann. Aí sim! Essa personagem é complexa, tem todas as emoções do espectro, e evoluí bastante no decorrer da trama. Claramente acima da média no que se refere à construção de um personagem. Não da média de Monster, mas da média de qualquer obra de ficção. Não vou dizer que ela é uma das melhores personagens que já vi, mas ela com certeza é tão mais interessante que o resto do elenco que parece nem pertencer ao anime. E ela consegue esses meus elogios sendo frequentemente irritante e estúpida.

Então. É isso. Monster é um anime extremamente enrolado, que falha em quase tudo que tenta, e que de alguma forma é muito aclamado entre fãs de anime. Esta obvio que meu viés contra esse tipo de estória me tornou completamente incapaz de apreciar essa série... ou isso ou os fãs são todos insanos e não deveriam receber a confiança que nossa civilização tipicamente deposita em seus cidadãos. Não sei bem qual das duas opções. 3/10 por Eva Heinemann, e ainda vou subir a nota de Sailor Moon Crystal pra 4/10, porque não me parece justo que aquele anime tenha que estar tão perto de Monster.

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Mensagem por Thear Qua 28 Fev 2018, 19:21

22 -  Tengen Toppa Gurren Lagann
Diretor: Imaishi Hiroyuki
Estúdio: Gainax
Ano:  2007
Publico Alvo: Shounen
Gêneros: Ação, aventure, comédia, mecha.
Episódios: 27
Sinopse (fonte: MyAnimeList): Simon e Kamina nasceram e foram criados num profundo vilarejo subterrâneo, escondido da mítica superfície. Kamina é um jovem descontrolado de espirito livre determinado em ter seu nome reconhecido, enquanto Simon é um menino tímido sem nenhuma aspiração. Um dia enquanto escavava a terra, Simon encontra um misterioso objeto que se revela por ser a chave de ignição de um antigo artefato de guerra, que a dupla nomeia Lagann. Usando sua nova arma, Simon e Kamina defendem a aldeia de um ataque surpresa vindo da superfície, com a ajuda de Yoko Littner, uma ruiva de sangue quente portadora de uma arma enorme e que viaja pelo mundo da superfície.
Após a batalha, o céu se torna plenamente visível, levando Simon e Kamina a partir em uma jornada ao lado de Yoko para explorar a superfície. Logo, eles se juntam à guerra contra os "Beastmen", criaturas humanoides que aterrorizam os remanescentes da humanidade com robos poderosos chamados "Gunmen". Apesar de enfrentarem desafios e ameaças, o trio bravamente enfrenta esses novos inimigos junto a outros sobreviventes, visando reivindicar a superfície, enquanto lentamente é revelando um mistério de escala galáctica.


Então... O conceito geral e reputação desse anime já havia me chamado atenção muito tempo atrás. Cenas de ação deliberadamente exageradas, animação e arte... "explosivas", personagens com bom design, e tudo mais. Mas na pratica acabou não me impressionando muito. Ele de fato tem todas essas coisas, mas isso não se sustenta em meio à trama, que parece destoar do resto todo.

A trama tem uns temas que me interessam em particular... Os "seres espirais", sendo uma força de evolução no universo,  que é confrontada por uma força... entrópica, de certa forma. Esse tipo de conflito é super importante em minhas próprias estórias. Mas fora isso a estória não é nada especial, é bastante repetitiva e pouco envolvente. Especialmente do timeskip em diante.

Nenhum dos personagens me chamou muita atenção também, apesar de que houve uma morte bem surpreendente e corajosa na primeira metade da série que merece respeito. Mas o maior problema com os personagens é o timeskip, que leva alguns personagens a mudanças drásticas de personalidade e modo de pensar sem nos mostrar porque raios aquela mudança ocorreu. É o maior crime de um timeskip: esconder desenvolvimento de personagem.

O que resta de principal é a escalação gigantesca da ação, mesmo. E com certeza achei isso divertido, especialmente no começo, quando era um processo mais lento e focado em derrotar os generais dos Beastmen. Pós-timeskip (pois é, novamente esse problema), a escalada das proporções do combate saiu completamente de controle sem que o anime realmente fizesse por merecer... veio power up após power up num espaço muito curto de tempo, e eu comecei a não me importar muito com o que acontecia. A animação e arte por si só não podiam compensar isso... se você ja viu breves cenas impressionantes de mechas de escala galactica pela internet afora, provavelmente elas vieram dos dois filmes remake que vieram depois e tem qualidade visual bem superior nas mesmas cenas. Eu não vi esse filme, mas esta na minha lista, eventualmente verei, pra conferir se por ser mais condensado não consegue evitar algumas das falhas da série (mas não tenho muita confiança disso).

Ainda assim... Eu tenho uma visão mais positiva que negativa de Gurren Lagann. Tem momentos genuinamente divertidos, conceitos unicos e interessantes, e algumas lutas muito boas. Eu nem duvido que daria uma nota 7 se tivesse terminado antes do timeskip. Mas não foi o caso, então 6/10. Certamente acima da média.

Não tenho mais a dizer, o que por si só é digno de ser comentado. Realmente esperava que esse anime me causasse um impacto um pouco maior. Talvez eu tenha esperado demais dele e isso afetou minha experiencia...

Edit: Ah! Esqueci de mencionar que a trilha sonora é MUITO BOA. Especialmente "libera me". Acho que essa musica é metade do anime.

A abertura ate mostra que a qualidade visual era realmente boa pra época, mas isso não é o bastante aos meus olhos, após 11 anos do lançamento.



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Mensagem por Thear Sáb 03 Mar 2018, 10:46

16 - Bastard!!
Diretor: Akiyama Katsuhito
Manga: Hagiwara Kazushi
Estúdio: AIC
Ano:  1992
Publico Alvo: Seinen
Gêneros: Ação, aventura, comédia, ecchi, fantasia.
Episódios: 6
Sinopse (fonte: MyAnimeList): Os personagens em Bastard!! abandonaram a tecnologia e a trocaram pela magia e as artes ocultas. A estória gira em torno de um grupo de cinco magos que tentam reconstruir seu mundo depois que um deus descontrolado o destruiu e o deixou ao caos. Liderados por Dark Schneider; Gara, Arshes Nei, Abigail e Kall Su avançam em sua conquista dos demais reinos com o plano de reconstruí-los como utopias, com cada um dos magos tendo seus próprios planos em como faze-lo. No entanto, a natureza impulsiva e o temperamento agressivo de Dark Schneider  o leva a causar destruição onde quer que ele vá. Ele acaba sendo aprisionado por um grupo de clérigos em um bebê, deixando seus quatro seguidores sem um líder.
Quinze anos depois, os quatro continuam em sua missão, mas suas ambições mudaram para a dominação despótica do mundo, e resta à Dark Schneider a missão de mostrar-lhes os erros em seus métodos, quando ele é libertado pelos clérigos que outrora o aprisionaram, para que ele possa defende-los contra seus antigos seguidores. Dark Schneider agora tem a responsabilidade de enfrentar cada um de seus companheiros e leva-los ao caminho correto novamente, mas o antigo impulsivo e agressivo Dark Schneider mudou em seus quinze anos de aprisionamento no corpo do garoto, Luche Len Len.


So... Esse é um caso similar, mas diferente de Gunbuster. São 6 episódios, e comecei detestando pra terminar gostando. Em Gunbuster, eu comecei achando uma porcaria cliche e que objetificava mulheres, mas acabei gostando porque se revelou algo mais. Bastard eu comecei achando uma porcaria cliche e que objetificava mulheres, mas acabei gostando porque se revelou exatamente isso.

Iep. Bastard é obviamente uma fantasia de poder masculina, com um herói machão super poderoso, que resgata a pobre princesa mais de uma vez e tudo mais. Mas o que mudou minha impressão negativa inicial é me tocar que isso é exatamente o que Bastard se propõe a ser. Ele não faz nenhuma tentativa de ser alguma historia complexa num mundo de fantasia bem planejado, com aspectos políticos e culturais complexos... Não se propõe a ter uma história de romance comovente ou moderna. Não. Bastard é se propõe a ser uma fantasia superficial e o faz muito bem, e só.

Quando alguém (inclusive eu), critica um MMORPG porque as armaduras femininas são muito reveladoras e objetificam as personagens, não é por algum moralismo bobo tipo "sexo é mal" ou algo assim. É porque aquilo não cabe no contexto do mundo grande de fantasia que o MMO apresenta, e o MMO tem esse tipo de armadura ao mesmo tempo que leva-as a sério no próprio contexto, em vez de reconhecer que é algo superficial e sexualizado. Afinal, se um MMO com essas armaduras não as levasse a sério, elas não teriam atributos bons... seriam horríveis nos atributos defensivos, ou haveria alguma explicação satírica pra terem atributos bons. O contexto, o tom, e a maneira como uma obra trata seus próprios aspectos superficiais é o que determina se eles são um detrimento à própria obra ou não.

No caso de Bastard, esses aspectos superficiais são justamente do que se trata o anime, e o anime não finge que são algo sério e profundo. Não é pretensioso. Então sim, o anime acaba estando isento desse tipo de crítica, ao meu ver.

Aí o que resta é julgar o restante. E nisso ele vai bem, no geral. Nada especial, mas tem algumas piadas boas (inclusive uma quebra de quarta parede completamente inesperada), e os combates são bem divertidos e criativos, mesmo sem nenhum aspecto tático e focando em ataques mágicos gigantes e não explicados.

Anyway, eu sei que o manga é bem mais longo, mas só esses 6 episódios foram adaptados. O resultado é um anime obviamente incompleto. Talvez se continuasse eu teria me cansado, no entanto... não sei. Mas sendo incompleto, e não se destacando tanto em nenhum de seus aspectos são o bastante pra garantir que não passe de 6/10. Eu disse que o anime não perde pontos por ser uma fantasia masculina, não que é uma masterpiece.

Esse anime não tem realmente uma abertura. OVAs nem sempre tem uma. Também não achei nenhum trailer oficial nem nada na internet, é obscuro demais (apesar de que da pra achar o anime inteiro no youtube facilmente). O melhor que posso fazer é uma AMV com uma musica que não pertence ao anime '-'

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Mensagem por Thear Ter 06 Mar 2018, 00:49

03 - Neon Genesis Evangelion
Diretor: Anno hideaki
Estúdio: Gainax
Ano:  1995
Publico Alvo: Seinen (shounen provavelmente era a intenção original)
Gêneros: Ação, ficção cientifica, demência, psicológico, drama, mecha.
Episódios: 26 + 1 longa metragem
Sinopse (fonte: MyAnimeList): No ano 2015, o mundo esta a beira da destruição. A ultima esperança da humanidade esta nas mãos de Nerv, uma agência especial sob as Nações Unidas, e seus Evangelions, maquinas gigantes capazes de derrotar os Anjos que trazem a ruína da Terra. Ikari Gendou, o chefe da organização, procura pilotos compatíveis para sincronizar com os Evangelions e utilizar todo o seu potencial. Auxiliando nessa missão de defesa estão a talentosa Katsuragi Misato, chefe de Operações Tácticas, e Akagi Ritsuko, Chefe Cientista.
Frente a frente com seu pai pela primeira vez em anos, a vida comum do garoto de 14 anos Ikari Shingi muda quando ele é levado à nerv, e para seu novo destino - ele deve pilotar a Unidade Evangelion-01, e tem o destino da humanidade em seus ombros.

Esse é importante.

Por alguns motivos.

O primeiro deles é que esse texto deve ser lançado dia 05 ou 06 de março de 2018. O post original no qual comecei o desafio foi em 05 de março de 2016. Então eu oficialmente falhei no desafio. Eu sei que teria conseguido cumpri-lo sob circunstancias normais, mas em 2017 passei 8 meses em um emprego muito estressante e com o qual eu não combinava bem, e por 6 ou 7 desses meses não consegui assistir os animes, e muito menos escrever os textos. Se não fosse esse período, teria cumprido tudo facilmente. Mas tudo bem, eu sabia que poderiam haver problemas assim quando comecei o desafio. Vou me dar mais 6 meses pra completar, com certeza mais que suficiente (eheheh). 

O segundo é que, desde Serial Experiments Lain, dezenas de animes atrás, existe um atraso grande entre eu ver um anime e escrever sobre ele. Pela maior parte do desafio, eu já havia assistido 5 ou 6 animes adianta à altura que postava o texto sobre cada anime. E, com esse texto de hoje, eu estarei novamente no ritmo desejado. Terminei de assistir Eva para o desafio uma semana atrás, apenas. Bem melhor assim, memória mais fresca e tudo mais, assim o texto sai menos prejudicado. 

O terceiro é que Evangelion é minha obra de arte favorita. Dentre todas as mídias. Todas. Neon Genesis Evangelion é, pra mim, um 10/10 garantido. 

A primeira vez que vi Evangelion era a versão dublada, quando passava no Animax, uns 10 anos atrás. Eu via os episódios fora de ordem, não fazia muita questão de acompanhar certinho, já que não era um dos principais animes que me interessavam no canal. Meio que só assistia por curiosidade, já que o próprio Animax propagandeava Evangelion como um really big deal, um anime muito importante, de alguma forma. Eu queria saber porque, mas não conseguia entender porra nenhuma. Claro, eu era muito novo, estava assistindo fora de ordem, etc... não tinha como entender nada. 

La por 2012... ou 2013, eu assisti inteiro pelo primeira vez. Gostei bastante, mas a princípio não me capturou totalmente. Começou a me capturar nos dias que se seguiram, quando comecei a achar teorias, explicações e especulações online a respeito. Comecei a perceber as diversas camadas da coisa toda. 

Depois acho que voltei a assistir a cada ano e meio, ou dois anos. Acho que assisti inteiro umas 3 vezes antes de começar o desafio, e agora para o desafio foi a quarta vez. 

A essa altura Evangelion já é definitivamente um pedaço importante da minha bagagem cultural, das minhas referencias, e  a obra de arte definitiva da humanidade, ate então. Imagino que Eva não vai continuar sendo minha obra favorita para sempre, novas coisas aparecem, com mais qualidade... e as pessoas mudam, e o que elas valorizam mudam junto... mas no momento não existe nada que chegue perto de tomar essa posição. Acho que se eu tivesse que listar as 10 coisas mais importantes sobre a minha identidade, Evangelion estaria entre elas. Mas não no top 5, não sou tão definido assim por mídia. 

E é desse aspecto que falarei. Eu poderia passar horas, dias, escrevendo sobre os personagens, a direção, a animação, as diversas camadas de compreensão e interpretação da trama, etc. Mas seria uma grande perda de tempo. Existem milhares de análises melhores do que eu poderia fazer, na internet. E muita gente que entende Eva melhor que eu. Em vez disso, vou comentar brevemente sobre o que Evangelion me ajudou a entender sobre mim mesmo. 

É bem comum ler algo assim em discussões sobre Eva na internet. Pessoas afirmando que Evangelion os ajudou a superar depressão, ou se motivar na vida, ou coisa assim. Faz sentido, já que Eva tem mensagens fortes sobre não se encolher dentro de si mesmo, sobre sair e enfrentar o mundo, e tals. Eva não desencadeou uma mudança desse tipo em mim, as principais influencias em minhas mudanças e desenvolvimentos dos últimos anos foram certos indivíduos e as ideias que eles expressavam. Gente como Hans Rosling, Bill Gates, George Carlin, Carl Sagan, etc. 

O que Eva fez por mim foi, após eu já ter sido influenciado pelos indivíduos que citei, me ajudar a entender certos aspectos de minha personalidade que influenciam meus objetivos, motivações e planos a longo prazo. 

O grande foco de Evangelion são as conexões e os limites das conexões entre as pessoas. Sobre como existem barreiras entre dois indivíduos, e cada indivíduo tem percepções um do outro que não se encaixam exatamente no que o outro realmente é, ou no que o outro percebe que é. Essas barreiras se reduzem quanto mais próximas e intimas são as pessoas, mas nunca deixam de existir. 

E é isso que eu quero. DESTRUIR as barreiras. Aniquila-las... Ok, estou exagerando. Não quero que pensem que sou um maluco com isso. Eu entendo que existem certos limites, deve existir tato e essas coisas. Mas o que quero dizer é que busco minimizar as barreiras entre mim e as outras pessoas o mais rápido possível sem passar dos limites. 

Eu manifesto opiniões polemicas ou tento começar um debate logo após conhecer alguém pra poder expor o máximo de meu modo de pensar rapidamente, assim levando alguém a saber muito sobre mim rapidamente. Assim reduzindo as barreiras. Eu as vezes ajo de maneira esquisita, com quirks intencionais ou nistagmo voluntário pra jogar fora as convenções sociais que servem como barreiras extras entre mim e as outras pessoas. Eu respondo perguntas pessoais sem hesitar... eu crio um forum online buscando criar uma comunidade online e posto nele um texto em que fico analisando minha própria identidade e explicando-a aos leitores que só querem saber porque raios eu gosto tanto de Evangelion. 


Não é como se esse ultimo ponto fosse um conceito novo, certo? "Arte é expressão", e tudo mais. A ideia é que muitos artistas usam arte como uma forma de se revelar mais para outras pessoas. Levar outras pessoas a conhecerem o artista mais, mesmo pessoas que o artista não conhece. E isso vale pra mim. Eu no geral não gosto de convenções sociais ou da tradição de "mentiras inocentes" que permeia a sociedade. Essas coisas são obstáculos na aproximação das pessoas, na queda das barreiras. Evangelion menciona algumas vezes o Dilema do Ouriço... dane-se o dilema. Eu quero a aproximação. 

E eu já agia ou me interessava em agir de todas essas formas que falei antes de entender do que se tratava. E foi isso que Evangelion me permitiu. Entender do que se tratava, e me permitir planejar melhor ao redor disso. 

Agora... Bom mencionar que isso não é minha unica motivação no que faço... nem sei se é a mais importante. Eu costumo sub-dividir minha personalidade em 7 personas hipotéticas, pra poder descrever melhor minhas ações e intenções... e essa história toda de quebrar as barreiras com outras pessoas e o que faço no dia a dia pra buscar isso só esta relacionada a 3 ou 4 dessas personas, e não é a unica característica de nenhuma delas. 

Mas não deixa de ser importante essa influencia. É claro que centenas de obras diferentes me influenciaram e inspiraram ao longo da minha vida, mas Evangelion é a unica que eu consigo apontar que claramente, e de maneira que consigo especificar, influenciou certas percepções minhas sobre o mundo e mim mesmo. E acho que isso é provavelmente o que eu poderia dizer de mais único sobre Evangelion, que ninguém mais tenha dito na internet, porque ninguém mais tem meu ponto de vista específico do mundo (ninguém mais sou eu). Mesmo considerando que tudo isso não é um dos motivos mais relevantes de eu gostar de Eva. 

Eu gosto de Eva pela complexidade, pelas múltiplas camadas de compreensão, pelo fato de que todas as peças do quebra cabeça podem ser encaixadas, pelos seus personagens, pela ação, pela comédia, pelo horror, pela estranheza, e tudo mais. Fora a obra principal de Evangelion (os 26 episódios + The End of Evangelion); eu gosto muito do remake Rebuild of Evangelion pelo nível de arte e animação que ainda podem ser equiparados a animes de agora, quase 11 anos depois. Eu gosto da adaptação para o manga pelas ligeiras mudanças de tom e por certas porções de backstory que não foram exploradas na série principal... Eu gosto do doujinshi hentai Re-Take (que tem uma versão com o hentai removido, pois ele não é necessário na obra), porque é uma continuação não-canonica (essencialmente fanfic), à The End of Evangelion, que consegue ser quase tão complexa e bem escrita quanto a série original. 

Shin Seiki Evangelion tem a fanbase mais intensa que já vi em termos de tentar entender e verdadeiramente absorver o conteúdo da obra da qual são fãs. Eu acabei de mencionar que um doujinshi hentai é complexo e bem escrito, não? E isso não é nada. Existem incontáveis analises e explicações fascinantes sobre Eva na internet. Cada uma delas adicionando mais um pouco ao entendimento geral que existe sobre a obra, mesmo que isso acabe indo muito alem do que o autor poderia ter sido capaz de planejar. 

Então vou terminar com uma lista de links, a maioria pro youtube. Análises, explicações, teorias, especulações. Horas e horas de conteúdo no qual mergulhar enquanto se espera pelo ultimo filme da série Rebuild of Evangelion.

BobSamurai - Neon Genesis Evangelion - No Spoilers - Anime Review #59 - Uma review geral sobre o anime de 10:44, sem spoilers.

AnimeEveryday - Anime - Industry Spotlight: Hideaki Anno - Um vídeo de 7:47 que foca na vida e nos feitos de Hideaki Anno.

Digibro - Who Is Hideaki Anno? [Part 1/2] - Primeira parte de um mini-documentário mais detalhado sobre Hideaki Anno. Tem 13:36.

Digibro - Who Is Hideaki Anno? [Part 2/2] - Segunda parte do documentário acima. 14:43.

Digibro - 10 Killer Cuts in Evangelion Ep. 1 - Um vídeo de 7:57 focando em quão bem a série revela muito em curtas cenas.

Digibro - The Genius Structure of Evangelion Ep. 2 - 5:21 discutindo como a estrutura do episódio 2 mantem a atenção da audiência em um episódio em que quase nada acontece, e como o episódio prepara a audiência para o resto da série.

Digibro - Misato, Shinji, and the Difficulties of Empathy (Eva 3&4) - 5:43 discutindo como Eva começa, nos episódios 3 e 4, a fazer seus estudos de personagem a partir de Shinji e Misato.

Digibro - Acting Through Animation in Evangelion Ep. 5 - Uma analise de 6:45 focando no episódio 5. Discutindo como a série consegue passar duas informações diferentes de uma vez para a audiência, usando tanto exposição via áudio quanto por animação.

Digibro - https://www.youtube.com/watch?v=V5g-MQy7lj8 - 9:17 sobre os episódios 6 e 7, nos quais o elenco de Eva é revelado como muito mais competente e determinado do que parecia ser ate então.

Digibro - Asuka Changes Everything in Evangelion Eps. 8&9 - 13:06 analisando as mudanças de tom e ritmo que Asuka provoca ao ser acrescentada ao elenco.

Digibro - 10 Cool Directing Tricks In Evangelion - Um top 10 de 5:23 com truques de direção que Evangelion usa para melhorar o fluxo das cenas e aumentar o envolvimento da audiência com a série ao faze-la ser mais ativa enquanto assiste.

Digibro - Old-Ass Anime Cast #12: Evangelion - Vídeo de 33:09 no qual Digibro disserta sobre suas experiencias e opiniões com Eva e como elas mudaram com o tempo.

Digibro - How Evangelion Altered Anime Eternally - 16:14 sobre o impacto e mudanças que Evangelion provocou na industria de animes.

Evangelion Analysis Project -  Um canal no youtube pequeno, antigo e com baixo nível de produção, mas bem competente no resto. Com 11 vídeos dedicados exclusivamente a analisar ou explicar Evangelion. Com destaque para o vídeo que tenta explicar a série em 7 minutos.

GoatJesus - Evangelion Analysis: Sex, Death and Psychology - 6:13 falando sobre os conceitos de psicologia antiga presentes em Evangelion.

GoatJesus - Shinji Ikari Character Analysis - Evangelion - 21 MINUTOS de analise sobre Shinji Ikari, com argumentos sobre porque ele é tão mal interpretado ou mal visto por certas pessoas, e um dos motivos mais usados para desgostar do anime.

GoatJesus - End of Evangelion Unofficial Commentary Ft. Hell+/Alex - Comentário em tempo real do filme The End of Evangelion inteiro. Deve ser ouvido enquanto você assiste o filme simultaneamente. Obviamente não na primeira vez que você o vê (eu vi com esse comentário na... 3ª vez que vi, acho).

MrNiesGuy - Neon Genesis Evangelion. The Prologue to the End. MrNiesGuy - Primeiro de uma série de 3 vídeos falando sobre The End of Evangelion. 13:14

MrNiesGuy - The Beginning of The End of Evangelion. MrNiesGuy - Segundo dessa série de vídeos. 20:31.

MrNiesGuy - Coming to Terms with The End of Evangelion, MrNiesGuy. - Terceiro e ultimo dessa série de vídeos. 35:20. Não gosto muito do jeito que esse youtuber fala, mas é uma ótima série de vídeos. Diz muito sobre a mensagem geral que Eva tenta passar.

PSB Idea Channel - Does It Matter What Evangelion's Creator Says? | Idea Channel | PBS Digital Studios - 10:23. O vídeo discute o conceito da "morte do autor", focando em Evangelion.

Did You Know Anime - Neon Genesis Evangelion - Did You Know Anime? Feat. Spike Spencer (Shinji Ikari) - 5:55. Pequenas curiosidades e backstory sobre Evangelion.

Senpizzle - The Importance of Misato Katsuragi in Neon Genesis Evangelion - Uma biografia e analise geral do papel de Misato na série, de 8:29.

Senpizzle - Why is Asuka a Tsundere- and Why Does it Work so Well? - 8:12 analise sobre Asuka Langley como tsundere, e como ela se relaciona com esse arquétipo.

Senpizzle - The Evolution of Studio Gainax - 6:29 de explicação geral da história do estúdio Gainax e dos estúdios criados por ex-membros (Gonzo, Kara e Trigger).

Eva Monkey - Um canal focado em Eva, com conteúdo variado (noticias, discussões, e algumas explicações de aspectos fora do anime ou sobre o Rebuild).

Script Weaver - Eva's True Ending? - An Analysis On Evangelion - 10:28 de analise tanto do anime quanto dos bastidores sobre qual final de Evangelion é canonico: o do anime ou o filme? Bom ressaltar que em minha opinião, ambos são canônicos e complementares.

ReVolutionOfEva -  Canal bem desconhecido, bem antigo, e com baixa qualidade de produção voltado a Eva. Contem 94 videos, incluindo analises, explicações, piadas e palestras sobre Eva. Inclui uma tentativa de explicar a "Rei Quântica".

SudoStef - Evangelion Asuka Analysis - 24:31 de analise sobre a Asuka. Muito alta qualidade, mas é um reupload. O canal original teve todos os seus videos deletados pelo dono por motivos desconhecidos. Inclusive alguns outros videos excelentes sobre Eva. É possível achar alguns desses vídeos recuperados aqui. Os vídeos sobre Eva ali são "Gendos Last Words"; "Happily Eva After"; "Understanding Evangelion" e "Why Choking".

Super Eyepatch Wolf In Defense of the Elevator Scene from Evangelion - 13:35 de discussão e explicação sobre uma das cenas mais criticadas de Eva. A cena do elevador que fica no mesmo frame com Asuka e Rei por um looooongo tempo. O vídeo também analisa a famosa questão do orçamento de Evangelion (se realmente havia um problema desse tipo, e qual sua origem).

Cynic Clinic Reviews Cynic Clinic Reviews - Neon Genesis Evangelion - 10:55 de analise geral com tons satíricos sobre Evangelion.

Under the Scope A Cruel Weeb's Thesis: Why I Love Evangelion (Part 1) - 18:36. É o primeiro de dois vídeos no qual o autor explica porque ele gosta de Eva.

Under the Scope - A Cruel Weeb's Thesis: Why I Love Evangelion (Part 2) - 15:29 - Continuação do vídeo acima.

Edit: adicionando Wisecrack - The Loneliest Anime – The Philosophy of Neon Genesis Evangelion – Wisecrack Edition - Analise filosófica sobre Eva. Com spoilers.

EvaWiki - A Wiki de Eva. Com muitos mais informações, analises e teorias disponíveis. Incluindo uma lista incompleta de referencias à Eva em outras obras.

Ember Reviews - The Star Wars of Anime - Ember Reviews discute paralelos entre Eva e Star Wars.

Anime Philosopher - The Paradox of Evangelion - Mais uma analise filosófica sobre Eva.

ThatAnimeSnob - Critical Anime Overview - Evangelion - Uma analise critica bastante positiva quanto ao anime,mas cínica quanto à comunidade de otakus. O criador desse video é o criador do Top 60 que originou esse desafio.

Esfelectra - The Curse of Evangelion - Uma analise geral focando nos aspectos anti-escapismo de Evangelion a partir de um ponto de vista que contextualiza a obra com "cultura otaku".

Crunchyroll (Canal no Youtube) - All 37 Evangelion Timelines - Uma revisão paródica de todos os produtos bizarros licenciados de Evangelion, tratando como se todos fossem realidades alternativas canones.


E a abertura.




E Komm Süsser Tod. Parte da trilha sonora de The End of Evangelion e minha musica favorita.



Última edição por Thear em Ter 25 Jun 2019, 01:03, editado 10 vez(es)
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Mensagem por Tarin Ter 06 Mar 2018, 22:38

Eva é definitivamente uma obra excepcional em muitos sentidos... Eu gostei quando vi, e achei realmente boa, mas nunca pesquisei o conteúdo extra e da comunidade sobre a série. Porem, mesmo sem entender todas as camadas, ou mesmo só entendendo um número pequeno delas, dá pra perceber que é uma série que oferece muito mais complexidade do que mostra (que já é bastante!).

Acho que posso finalmente entrar no buraco-negro com essa lista de links, hehe.
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Mensagem por Thear Ter 13 Mar 2018, 02:08

56 - Panty & Stocking with Garterbelt
Diretor: Imaishi Hiroyuki (o mesmo de Gurren Lagann)
Estúdio: Gainax
Ano:  2010
Publico Alvo: Seinen
Gêneros: Ação, comédia, paródia, sobrenatural, ecchi.
Episódios: 13
Sinopse (fonte: MyAnimeList): As "Irmãs Anarchy" Panty e Stocking, foram expulsas do Paraíso por, como dizer... se comportar mal. Lideradas por um padre chamado Garterbeld, esses anjos devem comprar suas passagens de volta exterminando fantasmas em Daten City. Mas essa tarefa requer o uso de armas não-ortodoxas - elas transformam sua lingerie em armas para despachar os espiritos. Infelizmente, nenhuma delas leva suas responsabilidades a sério, já que elas preferem usar seu tempo perseguindo seus "hobbies": Panty prefere dormir com qualquer coisa que ande, e Stocking adora mergulhar a cara em doces.
Acompanhe essas duas anjas incontroláveis conforme elas enfrentam fantasmas, inundações de fluídos corporais, e suas próprias tendencias de perder o foco das missões em Panty & Stocking with Garterbelt.

Esse definitivamente é um cartoon. Os criadores se inspiraram em cartoons americanos adultos estilo adult swim, ou alguns do Comedy Central como Drawn Together. Combinaram a isso o visual tipico Gainax e plim. Panty & Stocking with Garterbelt.

É decente no geral. É interessante como o estilo artístico se altera dependendo do contexto, podendo ser ultra-simplificado em certas cenas de humor, ou retornar completamente ao estilo anime nas cenas de transformação.

Sendo um cartoon estilo adult swim (não incluo Rick & Morty nisso, apesar de ser um cartoon adulto do adult swim, ele é bem diferente dos outros), não da pra esperar muita complexidade ou profundidade. São piadas sobre sexo, palavrões, piadas sobre sexo, palavrões, piadas sobre sexo... e por aí vai. Mas tem seus momentos.. os personagens são divertidos por si só, especialmente Stocking (que também é um tanto adorável, em grande parte pela dubladora). A estória é bem básica e importa pouco.

Com certeza é interessante ver um estúdio de animação japonês experimentar com esse...gênero. E eu diria que foi bem sucedido e é melhor que a maior parte das iterações americanos desse tipo... mas no fim, o próprio gênero é um tanto limitado e isso se aplica a PSG (Panty & Stocking with Garterbelt). Não da pra esperar muito mesmo, geralmente...

E é isso. Pqp. Não tenho mais nada a dizer, é simples mesmo.. Talvez eles conseguiriam aprofundar se conseguissem fazer uma continuação, mas com os criadores fazendo parte agora do estúdio Trigger, e os direitos ainda pertencendo à Gainax, isso é improvável... Então vou simplesmente dar uma nota 6/10 e seguir adiante.

Nope. 7/10. Porque o brilhantismo dos criadores não realmente passa despercebido em meio ao conceito simplista do cartoon. Tem um ou outro momento interessante, mas o que muda a nota são 2 pedaços de episódios específicos. Pra ficar claro: cada episódio de 22 minutos é composto de 2 ou 3 episódios menores, cada um uma estória independente. 2 desses episódios menores se destacaram muito pra mim.

Um deles é um clipe musical. Esse. Veio do nada, sem contexto, sem aviso. Foi bem intenso em meio ao resto da série, e passa bem o espirito da coisa toda.

O segundo é a segunda parte do episódio 11, "Nothing to Room". São uns 10 minutos de episódio que se passam num mesmo enquadramento, a câmera não se mexe um milimetro, e o episódio consegue condensar muito conteúdo nesse curto período de tempo.

Esses dois episódios provam, ao meu ver, que o cartoon tem muito potencial se uma sequência for feita e os criadores estiverem dispostos a ir alem das mesmices dos cartoons adultos genéricos ("...piadas sobre sexo, palavrões, piadas sobre sexo, palavrões..."). Parece improvável por questões legais, mas espero que a Trigger consiga um dia continuar PSG.

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Mensagem por Thear Dom 18 Mar 2018, 06:52

46 - Parasyte
Diretor: Shimizu Kenichi
Manga: Iwaaki Hitoshi
Estúdio: Madhouse
Ano:  2014
Publico Alvo: Seinen
Gêneros: Ação, ficção cientifica, horror, psicológico, drama
Episódios: 24
Sinopse (fonte: MyAnimeList): De repente, eles chegaram: alienígenas parasíticos surgiram na Terra e se infiltram entre os humanos ao invadir os cérebros de alvos vulneráveis. Esses seres insaciáveis adquirem controle total seu seu hospedeiro e são capazes de mudar de forma para se alimentar de presas desavisadas.
O estudante de ensino médio de dezesseis anos Izumi Shinichi é uma das vitimas desses parasitas, mas consegue impedir que ele chegue ao seu cérebro, ficando isolado na mão direita em vez disso. Sem poder se realocar, o parasita, chamado Migi, não tem escolha alem de depender de Shinichi para se manter vivo. Assim, o par é forçado a uma coexistência delicada e deve se defender de parasitas hostis que planejam erradicar essa nova ameaça à sua espécie.

Por coincidência, eu havia assistido a "Devilman: Crybaby" por fora do desafio antes de assistir Parasyte. Eles tem algumas similaridades de tema. Criaturas mais poderosas se ocultando entre humanos, o conceito velho e bobo de que "o verdadeiro monstro é o ser humano", etc... Me pergunto se Parasyte se inspirou no Devilman original ou se é só coincidência...

Pela maior parte Parasyte trata a temática toda bem diferente, na pratica. É bem mais inteligente, o protagonista Izumi e seu parasita Migi são forçados a ser mais táticos, julgar suas próprias vantagens e desvantagens e a dos oponentes, e escolher suas lutas. Bem mais tático, mesmo. E sem duvida uma trama mais bem construída e interessante que Devilman.

Alem do combate, tem toda a questão psicológica do protagonista, que esta frequentemente considerando o quão humano ele ainda é, e numa situação em que faz todo sentido ele considerar isso.

A série também tem algum foco na situação do romance entre Izumi e Murano é de fato um romance. Quase sempre "romance" em animes e manga consiste em duas pessoas que passam o anime inteiro interessados um no outro (ou só um dos dois interessados), e toda uma tensão sobre "será que vão ficar juntos ou não?", e isso só é resolvido no final. Parasyte é diferente, o anime não enrola demais para mostrar um relacionamento entre esses dois personagens, e foca em seguida nos problemas que eles enfrentam como casal, devido à situação de Izumi com seu parasita e as mudanças pelas quais ele passa devido ao mesmo.

Os parasitas nesse anime são super-lógico e sempre buscam estudar e entender as coisas. Mas conforme eles passam a se misturar entre os humanos, alguns deles saem desse caminho lógico.. enquanto outros mergulham a fundo nisso, tentando ate o final entender as emoções humanas e os lugares tanto dos parasitas quanto dos humanos no ecossistema da Terra. Esse aspecto é bem interessante e existem algumas discussões muito boas sobre isso na série, e é a unica justificativa que eu veria pra estender a série... Fora isso ela tem a duração exata, ótimo ritmo.

Existem algumas estranhezas de roteiro... Como o fato de quem em certo momento parece que a existência dos parasitas se torna conhecimento publico, mas poucos episódios depois todo mundo age como se não entendesse nada do que esta acontecendo... Talvez eu que não tenha entendido essa parte? Sei lá, não vou rever só pra confirmar.

Sabe aquela tipica "gangue de bullies" que todo anime urbano parece ter? Três caras que incomodam sem nenhum motivo e só servem pro herói parecer fodão ao dar uma surra neles? Parasyte usa esse clichê umas dez vezes! Na primeira vez já foi de revirar os olhos Rolling Eyes , por isso ser tão comum em animes... mas isso continuou acontecendo de novo e de novo... Eu realmente preferia ter visto mais batalhas interessantes contra outros parasitas do que isso... Na real, eu realmente queria muitas mais batalhas contra parasitas, é uma pena.

Mas foram realmente poucos defeitos. Na maioria dos aspectos esse anime é muito bom, e o final é muito bom também, o que eu não estava esperando após o final terrível de Devilman. Parasyte é um 8/10.

A abertura é meio genérica, but it grows on you.



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