Breves Impressões sobre "ICEY"
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Breves Impressões sobre "ICEY"
Nessa semana no Desafio de 10 Anos, eu joguei duas horas de "ICEY".
Pagina do jogo na steam
ICEY é um jogo "hack and slash" 2D, desenvolvido pela FantaBlade e lançado em 2016.
É inicialmente um jogo bastante básico, com combate veloz e bonito, mas desajeitado e chatinho de jogar, além de contar com um sistema de progressão de personagem bem limitado e obsoleto. A arte dos personagens é bastante boa, mas os cenários são tão fracos quanto os de certos jogos em flash dos anos 2000. De certa forma o jogo como um todo passa a impressão de ser um jogo em flash mais esforçado. Pelo menos em termos mecânicas e audiovisual.
Ele tenta se destacar de outra forma. Após não muito tempo de jogo, a quarta parede leva uma pancada, e depois disso o jogo progride em destruí-la mais e mais, de uma maneira parecida com o muito mais famoso "The Stanley Parable". Aparentemente também tem um enredo secundário "escondido" na trama, algo bastante lovecraftiano. Então existem pelo menos 3 camadas de compreensão no enredo: a estória principal, que o narrador quer que o jogador siga; o conflito entre o jogador e o narrador e os novos elementos que são apresentados dessa forma, e a trama lovecraftiana sobre "O Rei de Amarelo".
Minhas duas horas de jogo foram o bastante para encerrar a trama principal e absorver boa parte do conflito entre jogador e narrador, mas vi muito pouco da terceira trama. Joguei por duas horas e vinte minutos (mais que o necessário pro desafio), e parece que esse é mais ou menos o tempo médio de gameplay para zerar a trama principal, mesmo. Jogadores que queiram explorar realmente tudo que o jogo tem levam em média 5h22m, segundo o HowLongToBeat. Imagino então que o tempo extra de jogo me permitiria entender muito mais do que a trama tem a oferecer, mas... suspeito que não tudo.
Acho que é um jogo que espera ser analisado e discutido por seus jogadores, pelo menos até certo ponto. Não vou dizer que é um jogo super profundo que executa bem uma narrativa com metalinguagem e múltiplos níveis... ele faz isso "mais ou menos bem", consegue ser divertido, mas não explode a cabeça de ninguém com essas táticas... Mas com certeza é possível analisa-lo de maneira mais minuciosa, pra entender todos os detalhes, se estiver disposto.
Mas eu não estava. ICEY é com certeza um bom jogo, que por apenas 22 reais na Steam com certeza vale a pena ser jogado para qualquer fã de game design e narrativas com metalinguagem, e me interessou bastante. Mas não me fascinou como "The Stanley Parable", que é mais intuitivo na metalinguagem, ou "Undertale", que realmente teve sucesso em integrar o "meta" com o gameplay e a trama do jogo. Em ICEY o gameplay e a trama principal sobre Judas não tem grande sinergia com a quebra da quarta parede, e acabam limitando um jogo que poderia ter sido bem melhor se esses aspectos fossem mais caprichados.
Alias, sugiro jogar com a narração em chinês, visto que é a original.
Trailer:
Pagina do jogo na steam
ICEY é um jogo "hack and slash" 2D, desenvolvido pela FantaBlade e lançado em 2016.
É inicialmente um jogo bastante básico, com combate veloz e bonito, mas desajeitado e chatinho de jogar, além de contar com um sistema de progressão de personagem bem limitado e obsoleto. A arte dos personagens é bastante boa, mas os cenários são tão fracos quanto os de certos jogos em flash dos anos 2000. De certa forma o jogo como um todo passa a impressão de ser um jogo em flash mais esforçado. Pelo menos em termos mecânicas e audiovisual.
Ele tenta se destacar de outra forma. Após não muito tempo de jogo, a quarta parede leva uma pancada, e depois disso o jogo progride em destruí-la mais e mais, de uma maneira parecida com o muito mais famoso "The Stanley Parable". Aparentemente também tem um enredo secundário "escondido" na trama, algo bastante lovecraftiano. Então existem pelo menos 3 camadas de compreensão no enredo: a estória principal, que o narrador quer que o jogador siga; o conflito entre o jogador e o narrador e os novos elementos que são apresentados dessa forma, e a trama lovecraftiana sobre "O Rei de Amarelo".
Minhas duas horas de jogo foram o bastante para encerrar a trama principal e absorver boa parte do conflito entre jogador e narrador, mas vi muito pouco da terceira trama. Joguei por duas horas e vinte minutos (mais que o necessário pro desafio), e parece que esse é mais ou menos o tempo médio de gameplay para zerar a trama principal, mesmo. Jogadores que queiram explorar realmente tudo que o jogo tem levam em média 5h22m, segundo o HowLongToBeat. Imagino então que o tempo extra de jogo me permitiria entender muito mais do que a trama tem a oferecer, mas... suspeito que não tudo.
Acho que é um jogo que espera ser analisado e discutido por seus jogadores, pelo menos até certo ponto. Não vou dizer que é um jogo super profundo que executa bem uma narrativa com metalinguagem e múltiplos níveis... ele faz isso "mais ou menos bem", consegue ser divertido, mas não explode a cabeça de ninguém com essas táticas... Mas com certeza é possível analisa-lo de maneira mais minuciosa, pra entender todos os detalhes, se estiver disposto.
Mas eu não estava. ICEY é com certeza um bom jogo, que por apenas 22 reais na Steam com certeza vale a pena ser jogado para qualquer fã de game design e narrativas com metalinguagem, e me interessou bastante. Mas não me fascinou como "The Stanley Parable", que é mais intuitivo na metalinguagem, ou "Undertale", que realmente teve sucesso em integrar o "meta" com o gameplay e a trama do jogo. Em ICEY o gameplay e a trama principal sobre Judas não tem grande sinergia com a quebra da quarta parede, e acabam limitando um jogo que poderia ter sido bem melhor se esses aspectos fossem mais caprichados.
Alias, sugiro jogar com a narração em chinês, visto que é a original.
Trailer:
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