Breves impressões sobre "Mushroom 11"

Para meu Desafio de 10 Anos, tive que jogar o game "Mushroom 11" por três horas.  

Pagina do jogo na steam




Mushroom 11 é um jogo de puzzle, lançado pelo estúdio "Untame" em 2015. No jogo você controla um fungo radioativo num mundo destruído pós guerra nuclear. Você tem um "apagador" que elimina partes do fungo, mas ele sempre cresce de volta em volume equivalente logo depois, mas em outras partes de seu corpo, assim você pode movimentar o fungo de diversas maneiras, incluindo correr; subir obstáculos, se dividir, etc... vejam o trailer no final do texto pra entender direito. Sei que é difícil visualizar essa mecânica só pela descrição, mas ela é bastante intuitiva uma vez que você a vê funcionando.

E é surpreendente inicialmente, quão bem ela funciona. Em poucos minutos eu já conseguia fazer vários momentos que eu logo antes imaginaria mirabolantes demais, e tudo isso apenas usando um "apagador" para remover partes do fungo. Essa mecânica central funcionou muito bem para mim por certo tempo.

O jogo conta com puzzle atrás de puzzle, desde alguns pequenos até outros mais elaborados, e até mesmo chefões. Novas ameaças apareciam entre os inimigos (como um vírus que consumia o fungo, ou lava) e novos métodos de completar puzzles (como botões que devem ser ativados de diversas maneiras diferentes), e assim o jogo ensinava bem a lidar com as mecânicas centrais dos seus chefões. Realmente me surpreendeu o quão bem tudo funcionava... por um tempo.

Depois de uma hora e meia por aí o jogo aos poucos foi se tornando uma agonia. Chefões ou puzzles começaram a exigir precisão demais em um jogo no qual a mecânica central envolve o crescimento ALEATÓRIO de uma criatura.

Lembro que em certo momento cheguei a um boss que, por um movimento pouco pensado, acabei derrotando quase instantaneamente ao conseguir fazer um pulo bizarro na água num momento oportuno... o corpo do boss então deveria servir como escada para alcançar um penhasco e continuar a jornada, mas eu bobeei e cai dessa escada... e escalar o boss novamente se provou extremamente irritante. Eu acabei voltando ao checkpoint e recomeçando o combate do zero, mas dessa vez não tive aquela sorte boba e tive que gastar um longo e frustrante tempo tentando derrotar lidar com a aleatoriedade do jogo para derrotar o boss. Tem uma outra boss battle pior ainda, que envolve jogar um pedaço do fungo por dentro de uma fresta minúscula na armadura do inimigo, que se abre apenas... sei lá quando, não entendi padrão nenhum, apenas insisti até conseguir.

No fim, eu diria que Mushroom 11 tem uma mecânica inicialmente genial, que funciona surpreendentemente bem... mas que acho que não é adequada para sustentar um jogo por si só, pois investir tanto tempo nela acaba gerando puzzles frustrantes e uma dependência em pequenos momentos de acaso que beneficiem o jogador.

O jogo é ok apenas. Leva aparentemente umas 5 horas e meia para zerar, e provavelmente não vale os 28 reais que custa atualmente na steam. Eu recomendaria que amantes de puzzle games ou game design no geral comprem, mas apenas numa boa promoção.

Trailer :