Breves Impressões Sobre "The Wire"
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Breves Impressões Sobre "The Wire"
Correndo atrás do atraso em meu Desafio de 10 Anos. Eu recentemente assisti à “The Wire”, mas eu deveria ter feito isso em setembro.
The Wire é uma série da HBO de 2002, tem 60 episódios ao longo de 5 temporadas, e acompanha vários núcleos de personagens envolvidos no tráfico de drogas; combate ao tráfico; ou afetados pelo tráfico de drogas na cidade de Baltimore.
Definitivamente essa série chama atenção comparada a outras séries policiais. Chegando a ser tão diferente que talvez nem possa ser considerada copaganda... Talvez seja, mas só de eu ficar em duvida já diz muito sobre o quão diferente foi a perspectiva dos roteiristas ao criá-la. A série é bastante disposta a tratar policiais como corruptos, a instituição da policia como ineficiente, e as politicas anti-drogas/crime que ela segue como inúteis. A serie aborda as perspectivas dos traficantes e daqueles que vivem por perto deles de maneira a tornar suas motivações e estilos de vida bem mais compreensíveis. É algo significativamente mais avançado que quase qualquer mídia do gênero “policial“ que eu já tenha visto.
No começo da série (especialmente primeiros 1/3s da primeira e segunda temporada), a série jogada uma tonelada de personagens diferentes na sua cara, o que torna bem difícil acompanhar qualquer coisa. Mas depois você se acostuma e esse ritmo desacelera, e começa a ser possível acompanhar e torcer por diversos personagens. Sendo uma estória sobre a guerra as drogas, é claro que a maioria deles tem finais trágicos, no entanto. Eu terminei querendo que a série fizesse uma concessão de dar um final positivo para mais uns 2 ou 3 personagens aos menos, mas compreendo que é realista não fazê-lo.
Apesar da inicial dificuldade com tantos personagens de uma vez, é fascinante ver todos eles se movimentando e afetando/sendo afetados pela trama no decorrer das 5 temporadas. Cada vez mais espaços, hierarquias e sistemas da cidade eram abordados a cada temporada, e forma a gerar uma imagem bem completa de toda a guerra às drogas em Baltimore nas ultimas temporadas, mesmo com a série tendo começado com apenas um time de policiais administrando uma escuta em uma única gangue em um pedaço da cidade.
Eu acho que alguns problemas se acumularam na ultima temporada, no entanto. Um chefe de trafico frio e muito sortudo introduzido na terceira temporada pareceu uma tentativa de criar um vilão impossível de simpatizar, em vez de um personagem realista e humano. Ele se manteve no centro das atenções até o final da série, sendo beneficiado por acasos e descuidos inusitados de outros personagens. Combine isso com o principal personagem policial da série, que é bastante insuportável e irritante como pessoal, que se torna na ultima temporada o centro de um plano insano e ridículo que talvez até tenha alguma inspiração em um caso real, mas não parece nada realista como é mostrado na série. Esse plano também subitamente torna The Wire culpada de promover (talvez acidentalmente, ou só em certas perspectivas) a copaganda de que “policiais tem que quebrar as regras para fazer um bom trabalho“. A quinta temporada ainda tem vários bons momentos e elementos, mas com certeza foi onde senti a série escorregar na qualidade do roteiro.
No geral, certamente uma boa série que se destaca se diferenciando de outras de seu gênero. Mesmo com uns tropeços em certos pontos, ainda achei uma estória muito enriquecedora de acompanhar.
Trailer:
The Wire é uma série da HBO de 2002, tem 60 episódios ao longo de 5 temporadas, e acompanha vários núcleos de personagens envolvidos no tráfico de drogas; combate ao tráfico; ou afetados pelo tráfico de drogas na cidade de Baltimore.
Definitivamente essa série chama atenção comparada a outras séries policiais. Chegando a ser tão diferente que talvez nem possa ser considerada copaganda... Talvez seja, mas só de eu ficar em duvida já diz muito sobre o quão diferente foi a perspectiva dos roteiristas ao criá-la. A série é bastante disposta a tratar policiais como corruptos, a instituição da policia como ineficiente, e as politicas anti-drogas/crime que ela segue como inúteis. A serie aborda as perspectivas dos traficantes e daqueles que vivem por perto deles de maneira a tornar suas motivações e estilos de vida bem mais compreensíveis. É algo significativamente mais avançado que quase qualquer mídia do gênero “policial“ que eu já tenha visto.
No começo da série (especialmente primeiros 1/3s da primeira e segunda temporada), a série jogada uma tonelada de personagens diferentes na sua cara, o que torna bem difícil acompanhar qualquer coisa. Mas depois você se acostuma e esse ritmo desacelera, e começa a ser possível acompanhar e torcer por diversos personagens. Sendo uma estória sobre a guerra as drogas, é claro que a maioria deles tem finais trágicos, no entanto. Eu terminei querendo que a série fizesse uma concessão de dar um final positivo para mais uns 2 ou 3 personagens aos menos, mas compreendo que é realista não fazê-lo.
Apesar da inicial dificuldade com tantos personagens de uma vez, é fascinante ver todos eles se movimentando e afetando/sendo afetados pela trama no decorrer das 5 temporadas. Cada vez mais espaços, hierarquias e sistemas da cidade eram abordados a cada temporada, e forma a gerar uma imagem bem completa de toda a guerra às drogas em Baltimore nas ultimas temporadas, mesmo com a série tendo começado com apenas um time de policiais administrando uma escuta em uma única gangue em um pedaço da cidade.
Eu acho que alguns problemas se acumularam na ultima temporada, no entanto. Um chefe de trafico frio e muito sortudo introduzido na terceira temporada pareceu uma tentativa de criar um vilão impossível de simpatizar, em vez de um personagem realista e humano. Ele se manteve no centro das atenções até o final da série, sendo beneficiado por acasos e descuidos inusitados de outros personagens. Combine isso com o principal personagem policial da série, que é bastante insuportável e irritante como pessoal, que se torna na ultima temporada o centro de um plano insano e ridículo que talvez até tenha alguma inspiração em um caso real, mas não parece nada realista como é mostrado na série. Esse plano também subitamente torna The Wire culpada de promover (talvez acidentalmente, ou só em certas perspectivas) a copaganda de que “policiais tem que quebrar as regras para fazer um bom trabalho“. A quinta temporada ainda tem vários bons momentos e elementos, mas com certeza foi onde senti a série escorregar na qualidade do roteiro.
No geral, certamente uma boa série que se destaca se diferenciando de outras de seu gênero. Mesmo com uns tropeços em certos pontos, ainda achei uma estória muito enriquecedora de acompanhar.
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