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Pensamentos sobre "Submarino"

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Mensagem por Thear Sáb 19 Set 2020, 22:05

Recentemente assisti "Submarino" para o meu Desafio de 10 Anos. Foi uma recomendação do @Tarin.


Pensamentos sobre "Submarino" Submar10


Submarino é um filme live action lançado em 2010, dirigido por Richard Ayoade. É filme de "coming-of-age" (amadurecimento) que se passa no País de Gales e se centra no adolescente de 15 anos Oliver Tate e sua relação com sua colega de classe Jordana e com seus país.

Oliver é um garoto excessivamente analítico de seus arredores. Constantemente espionando em seus pais ou colegas de classe em busca de informações que o ajudem a navegar essas relações mais socialmente. É assim que ele "conhece" as pessoas, com dados brutos, sendo aparentemente muito ruim em extrapolar ou entender as pessoas baseando-se em outras nuances de relações humanas.

E o filme nos apresenta constantemente o ponto de vista analítico detalhado de Oliver na forma de um narrador. Esse tipo de coisa me fascina, adoro quando filmes tem narradores tão calculistas assim.

Um dos aspectos mais importantes da criação de estórias é o tal do "show, don't tell" (mostre, não conte), e poucos textos atrás no desafio eu elogiei fortemente o jogo Half-Life 2: Episodio Dois por demonstrar o típico esforço da Valve em respeitar esse princípio em seus jogos. Eu mantenho a opinião de que esse princípio é essencial, mas devo confessar que um bom narrador numa estória as vezes compensa a quebra desse conceito.

É claro que o protagonista como narrador num filme acaba revelando um monte de coisas de graça à audiência, mas isso acaba "liberando espaço" na atenção do expectador para reparar em outros detalhes, analisar o personagem melhor, filosofar sobre a estória e os elementos da trama.

Imagino que seria possível remover totalmente a narração de "Submarino" e ainda assim ver uma trama completamente compreensível, e ainda seria possível compreender a maioria das decisões de Oliver ao longo da mesma. Mas nunca na mesma profundidade, seria bem menos obvio o contraste entre os pensamentos do personagem e a realidade ao redor do mesmo. Seria bem mais difícil simpatizar com o protagonista, que definitivamente é um babaca manipulador e insensível em muitos pontos, mas que se revela acima de tudo apenas um adolescente vulnerável com pais apáticos uma vez que temos acesso a seus pensamentos.

Com o auxilio da narração de Oliver, foi fácil compreende-lo, e a atenção disponibilizada assim também tornou fácil entender seus pais e Jordana. Todos personagens bastante falhos, e pessoas que eu provavelmente não gostaria de ter na vida, mas também todos compreensíveis, possíveis de empatisar.

Gostei bastante do filme. Me surpreendi, a sinopse no IMDB me passou uma vibe bizarra de American Pie, antes de eu assisti-lo, mas passa longe de ser algo assim.

Uma ultima coisa que me chamou atenção, e eu não sei se o filme fez intencionalmente ou não... E que eu não exatamente gostei... E é um spoiler, alias, então vou guardar sob spoiler aqui:

Spoiler:


Trailer (em inglês, sem legendas):

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