Pensamentos sobre "Osmosis"

Ligeiramente atrasado (2 dias apenas!) venho aqui falar brevemente sobre a série "Osmosis", para o meu Desafio de 10 Anos.






Osmosis é uma série francesa live action de 2019, criada por Audrey Fouché e produzida e distribuída pela Netflix. É uma ficção cientifica no futuro próximo, sobre uma startup que se prepara para lançar um serviço que utiliza implantes nanotecnológicos e inteligência artificial para encontrar a "alma gêmea" de cada cliente.

Mas é um bocado entediante.

Francamente, a partir desse segundo ano do desafio, quero ser mais sucinto com meus textos, até pra facilitar fazer mais deles por mês. Então não vou elaborar muito: os personagens principais são simples demais, os conflitos em relação à tecnologia são bem previsíveis, e a série tenta entrelaçar 4 ou 5 sub-tramas ao mesmo tempo, algumas delas nada relacionadas entre si. Meio apressado, talvez?

A série também deixa um gancho bem forçado para uma eventual segunda temporada... Que provavelmente não vai acontecer; uma pena, já que eu gosto bastante da premissa.

Outra coisa que quero tentar esse ano com esses textos é falar mais de mim mesmo neles. Até porque, o Desafio de 10 Anos é só parte do meu projeto de buscar a imortalidade publicamente. Ainda não sei exatamente como vou acrescentar esse lado pessoal aos textos, mas vou tentar um pouco já agora.

O motivo da premissa da série me atrair é que eu valorizo bastante a ideia geral de "amor", incluindo amor romântico. Eu também acho que certos aspectos do conceito de monogamia eterna são bonitos... mas mais pelo "eterna" que pelo "mono", não acho que eu faria questão de ter esse conceito na minha vida, mas poderia aceita-lo, dependendo da situação.

No entanto, eu definitivamente não acredito em "almas gêmeas", é uma ideia muito "mágica" pro meu gosto. Acredito que pessoas podem ser mais ou menos compatíveis umas com as outras, e essa compatibilidade possa flutuar de acordo com o momento da vida de cada um dos envolvidos. Claro que talvez os criadores da tecnologia na série podem estar se referindo a "a pessoa mais compatível possível no momento" com o termo alma gêmea, mas isso mal é discutido. Na prática, Osmosis quer focar no papel do amor na vida de seus protagonistas, mas não faz nenhum esforço em discutir diferentes perspectivas em relação à ideia de amor romântico.

Talvez se a série tivesse gasto menos tempo com várias sub-tramas de uma vez, poderia ter discutido melhor diferentes versões e  perspectivas de amor num cenário no qual uma tecnologia promete "almas gêmeas". Ou talvez uma temporada de 8 episódios tenha sido pouco, e a série realmente ganhe muito com uma segunda temporada, mesmo tendo sido monótona em sua primeira.

Como um candidato à imortalidade, eu não tenho pressa em trabalhar na minha vida amorosa no momento, preferindo focar em buscar amizades por enquanto... Mas a ideia de amor romântico é bastante importante pra mim, e com certeza tem um papel grande numa eventual vida melhor que eu imagino em meu futuro. Eu sou também um grande fã de ficção cientifica em futuro próximo, e em discussões sobre inteligência artificial...

... Então a falha de "Osmosis" em se aprofundar nesses assuntos me decepcionou, e a protagonista apática com seu irmão descontrolado não ajudaram. É uma série medíocre, que acrescenta muito pouco como bagagem cultural. Recomendo apenas para os maiores fãs de ficção cientifica de futuro próximo (será que existe um nome mais prático pra esse tipo de sci-fi?).

Hmm... Eu disse que faria textos mais curtos esse ano, mas não foi bem a realidade, foi? Parece que adicionar o aspecto pessoal e diminuir o aspecto critico tornou mais fácil escrever a respeito do assunto. Veremos se essa característica se mantem em futuros textos do Desafio.