Breves Impressões: Shadowrun: Hong Kong

Um pouco mais perto de entrar em dia! Eu deveria ter jogado 3 horas de Shadowrun: Hong Kong ao longo de 7 dias, em agosto desse ano para o meu Desafio de 10 Anos. Mas acabei só jogando em setembro, e só estou escrevendo a respeito agora em outubro. O que importa é estar progredindo, certo? Certo?

Shadowrun: Hong Kong





Shadowrun: Hong Kong – Extended Edition é um jogo de RPG com combate tático lançado em 2015 pela Harebrained Schemes e publicado pela Paradox Interactive. É o quarto e mais recente jogo desse estúdio que se passa no universo de Shadowrun.

É, universo Shadowrun e tal. Talvez seja bom eu explicar isso.

Mas eu não sei explicar. Não fazia ideia da existência dessa franquia de mídia antes de jogar esse jogo, então sei apenas um pouquinho mais do que você provavelmente sabe. Posso resumir que é um universo fictício que mistura cyberpunk e fantasia urbana, tendo começado como RPGs de mesa em 1989, e depois se expandiu para livros, videogames, etc. E quem quiser saber mais, procure na Wikipedia.

Shadowrun: Hong Kong se passa (quem diria?) numa versão alternativa de Hong Kong, futurista e fantástica, contando com magia, múltiplas raças de seres humanoides (humanos, elfos, anões, orcs, aquela coisa), e um governo corrupto controlado por super-corporações, como esperado de qualquer cyberpunk. O jogador cria seu personagem e entra nesse mundo no meio de uma trama envolvendo tais corporações e a mafia.

Típica coisa de cyberpunk, né? Mega genérico... Aí acrescente as tradicionais raças fantásticas tolkyanas e fica ainda mais genérico. A premissa do cenário e da estória parecem tão entediante.

Mas o jogo compensa sendo caprichadão. Arte 2D bonita e cenários excepcionalmente bem detalhados. Um sistema de criação de personagem excepcionalmente completo, que dá uma breve ideia ao jogador das possibilidades de interação com o mundo que o jogo apresenta, os diálogos são extensos e interessantes de acompanhar, e o jogo oferece múltiplas opções para solucionar situações diferentes. Sei que isso parece uma sequência básica de elogios (e não deixa de ser, por motivos que ficarão claros em breve), mas o jogo tem mérito em cada um desses pontos, realmente.

Mas esse é o primeiro caso no desafio ate agora em que o tempo de jogo que eu deveria completar é claramente insuficiente pra julgar a obra. Joguei 3 horas de um game que, de acordo com howlongtobeat.com, tem entre 20 e 40 horas, dependendo do seu estilo de gameplay. Na primeira hora de jogo, participei duas vezes do combate tático (estilo XCOM) do jogo, e depois não vi mais nenhum combate ate o final da terceira hora. Não que o jogo não tenha me oferecido outra oportunidade de combate, mas eu a evitei para tentar concluir a missão de maneira que me desse mais vantagens com minha "chefe".

Todo o tempo fora esses 2 combates foram puro dialogo e progressão da estória. Ao final das 3 horas eu havia essencialmente apenas terminado a introdução do jogo, e agora as diversas quests disponíveis no jogo se faziam disponíveis pela primeira vez. Impressionante, ou não?

Pode parecer entediante pra muitos, um jogo tão lento, com tanto dialogo. E confesso que pra mim também foi um tanto entediante, em vários pontos... Mas não muito, porque era obvia pra mim a qualidade do dialogo e do jogo no geral. A premissa do jogo que resumi alguns parágrafos atrás, pode ser básica e genérica, mas o jogo é essencialmente sobre lore, sobre RPG. Role-Playing-Game. Você é um personagem dentro daquele mundo, um Shadowrunner, aproveite. O jogo é sobre isso.

Então devo concluir que Shadowrun: Hong Kong é definitivamente um bom jogo, por mais que não seja exatamente o meu estilo, e talvez não seja o seu também. Ele é bom em tudo que faz, por mais que não seja excelente em nada (talvez no detalhamento dos cenários). Recomendo o jogo para fãs de combate estilo XCOM e para fãs de RPGs com lore imersiva. O preço total de 36,99 na Steam é ate bastante justo, se esses tipos de jogos te atraem.

Trailer do Jogo: