People Watching - 20s: Tudo que trás a tona

Por favor, assistam isso:



Se gostaram, recomendo que assistam.. literalmente tudo mais que já foi lançado de "People Watching", ambas as temporadas, e se inscrevam no (majoritariamente defunto) canal Cracked no youtube para aguardar o resto dessa segunda temporada. Cada episódio tem valor por si só, mas existem certos elementos de cada episódio que ajudam a entender os demais. Por exemplo, o episódio "Hanging out with my brother" ajuda a entender mais sobre Martin nesse episódio.

Apesar de que nenhuma das histórias de vida dos personagens desse vídeo tem grandes paralelos diretamente com a minha, devo dizer a ideia contida no vídeo é bem valiosa, e me chama atenção em particular. Toca em vários pontos que me interessam...

As pessoas mudam e evoluem. Como é esse processo? Especialmente do ponto de vista delas? Eu costumo considerar que tenho uma ótima noção das mudanças em minha personalidade ao longo de minha vida, e nos elementos que as provocaram ou impactaram. Mas ao mesmo tempo tendo a evitar olhar para o passado... sou um tanto obcecado pela imortalidade, ler conversas antigas no MSN ou emails me entristece, ver fotos antigas também... o fim ou o esquecimento das coisas me perturba. Mas obviamente existe valor em olhar para o passado, e especialmente me interessa a maneira que o vídeo propõe. E existe valor em olhar para o passado dos outros, e ver como eles avançaram ao longo das particularidades de suas vidas. E, no meu caso, existe valor em deixar que outros olhem para o meu passado, ou seja lá o que for que componha o que sou hoje.. porque eu não gosto das barreiras entre as pessoas.

A Luta dos Milenials do primeiro mundo. Claro, muitas das questões abordadas no vídeo existem para brasileiros também, mas o vídeo reflete muito claramente os dilemas dos milenials americanos. A dificuldade deles de se adaptar a um mundo adulto para o qual absolutamente não foram preparados.. pelo contrário, lhes foi prometido um mundo totalmente diferente, que seriam capazes de enfrentar e dominar. Será que os milenials serão lembrados como algum tipo de geração perdida, que foi enganada e manipulada por diversas forças sociais, e só conseguiram ter força em suas próprias vocês depois que as gerações mais velhas morreram? Será que serão facilmente suplantados em importância politica pela geração Z? Ou servirão de guias para os mesmos?

A Wiki dos Mortos. É uma ideia antiga que eu tenho, o vídeo do People Watching me fez lembrar. Um site bem organizado, onde seria registrada a vida de cada pessoa que morrer, num formato Wiki, mas mais personalizável. A história de cada pessoa, com hyperlinks para cada outra pessoa mencionada... detalhes de onde ela trabalhou, o que realizou, etc. E uma área separada com depoimentos, coisas mais vagas, menos factuais (impossíveis de provar, talvez). "sou um tanto obcecado pela imortalidade (...) o fim ou o esquecimento das coisas me perturba". Você não deveria ser famoso pra ser lembrado pela consciência coletiva da humanidade (a internet) após a sua morte. E não, os dados caóticos coletados de ti pelas redes sociais não são o bastante.

10 anos é um bom tempo para um projeto. É um período longo o bastante pra definir o resto da vida de alguém a seguir. Quanto da pra aprender ao registrar 10 anos, mesmo que em intervalos de um ano? Se alguém te entrevistasse profundamente uma vez por ano, por 10 anos, quanto acha que poderia aprender no decorrer e ao final disso? 2 anos e meio no desafio dos 60 animes já influenciaram bastante meus pensamentos sobre minhas próprias mudanças de opinião ou personalidade. Qual pode ser o resultado de um... #DesafioDe10Anos ?



Francamente, acho que cada vídeo de People Watching pode merecer um tópico desses, só não me capaz de realizar isso. Então só recomendo que de fato assistam a webseries.

Adorei o vídeo, assim como o último desse canal que tu já tinha postado. O estilo, conteúdo e a qualidade do roteiro e das falas são bem notavelmente acima do que eu costumo ver na maioria do conteúdo na internet abordando esses temas. Tanto por eles entenderem qual é o problema, quanto por terem a capacidade de desenvolver um roteiro com uma narrativa do começo até o fim utilizando essa situação sem perder o rumo ou a progressão lógica.

Eu definitivamente compartilho de muito das frustrações e inseguranças mostradas ali, e tenho bastante dificuldade de enxergar o meu futuro. Basicamente, nos últimos 5 anos da minha vida, vivi com uma apatia intensa em relação ao meu futuro, só atravessando os anos fazendo as coisas que eu "precisava" fazer.

Acho que assim como nos vídeos, nos últimos tempos, comecei a sentir uma diferença. Com 17 anos, eu tinha uma pequena centelha de ambição de que eu queria ser um músico, escritor, e programador. Mas isso parecia algo muito distante na época, e uma enxurrada de pressões repentinas da vida adulta me afogaram numa depressão imobilizante. Mas hoje, eu consigo olhar pra trás e ver que eu percorri, mesmo que um pouquinho, caminhos pra cada um desses objetivos quando eu achava que estava completamente estagnado. Pra mim, acho que o valor de olhar pro passado é como tu disse, ver como eu avancei em diferentes pontos da minha vida pra conseguir colocar em perspectiva o presente E viver com menos medo do futuro.

E aí, quando sai o teu primeiro vídeo? Um desafio de 10 anos caindo assim no teu colo só pode ser destino!

Destino o caramba ^^

Tu que parece precisar de um projeto desse de um vídeo por ano por dez anos. Acompanhar teu progresso e tal. Pelo que tu disse, seria valioso.

Tarin escreveu:Com 17 anos, eu tinha uma pequena centelha de ambição de que eu queria ser um músico, escritor, e programador.

E agora, tem objetivos mais claros?