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Messianato?

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Mensagem por Ignatiy Sáb 27 Fev 2016, 23:24

Messianato?

Parte I - O homem que duvida

Spoiler:


Imagine acordar em uma sala mal iluminada, cujas paredes não se vê e que possue um único foco de luz, concentrado no espaço em que você está deitado, como um holofote. Ao seu redor, no mínimo uma dezena de imponentes figuras foscas das quais o rosto não é visível - são apenas silhuetas. E todas dizem, em uníssono:

- Tu, que despertas, és meu filho, e eu te trouxe aqui para que me reconheças, me aceites, me obedeças e assim procedendo, proves o seu valor. É claro, eu sei que há vários seres por aqui, mas somente eu - eu! - sou verdadeiro, os demais são ilusões que tu tens por ser impuro - tua linhagem humana te condena. Se me identificar, provará que seu coração está sedento pela pureza, e assim terás o paraíso.  Se escolheres errado, jamais serás perdoado. E não duvides de mim, minha palavra é a verdadeira.

Assim posto, fica impossível inferir quem é o pai.

Agora imagine o contrário: você é um dos supostos pais, e alguém que você acredita ser seu filho está deitado na dita situação. O que fazer? Você, quem sabe, tentaria mostrar seu rosto, para que a possível prole visse que você é mais nítido que os demais. Já seria um bom começo, mas digamos que o filho não possa te enxergar, devido a luz. Entrento, como já foi relatado, ele pode te ouvir. Não só a você, mas como a todas as outras figuaras ali por perto. Todas essas figuras, após fazerem o pronunciamento introdutório, relataram breves descrições dos seus supostos paraísos e de como o filho deve se comportar para alcançá-los - requisito em comum: submissão total a ele e aos seus representantes. Eis que chega a sua vez de falar-lhe. O que você diria? Provavelmente seu instinto paterno gritasse tal qual gritou o instinto materno da personagem icônica do Dilema de Salomão:

Spoiler:

Então você explica ao seu filho qual a sua convicção da verdade, mas ao invés de impor que ele creia em você, sugere:

- "Não se apresse em acreditar em nada, mesmo se estiver nas escrituras sagradas. Não se apresse em acreditar em nada só porque um professor famoso disse. Não acredite em nada apenas porque a maioria concordou que é verdade. Não acredite em mim. Você deveria testar qualquer coisa que as pessoas dizem através de sua própria experiência antes de aceitar ou rejeitar algo".

Sim, você não sabe se o rapaz é mesmo seu filho. Entretanto, teme que ele seja moldado pelos outros sujeitos. Não, essa atitude não garante que você seja o pai, mas é uma atitude que se poderia esperar do verdadeiro. A partir do momento em que o "filho" esteja confiante para analisar as histórias sem medo de ser condenado, ele pode abstrair o melhor - o que lhe for útil - de cada uma delas sem por isso ser subserviente. Mesmo que não encontre seu pai.

Agora você é novamente o filho. Você ouviu todos os depoimentos. Não sabe ainda quem é o pai, mas por empatia, você agora pode dizer quem não é o pai - aqueles que lhe fizeram ameaças incabíveis.

A citação é de Buda, mas também é de Sócrates, Russell, Sartre, Sagan etc!



Parte II - O mundo (imperfeito) dos homens

[...]



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Mensagem por Thear Dom 28 Fev 2016, 00:28

Sim, a área é apropriada. E não se preocupe, tem muito pouco conteúdo que não é adequado para a Anomalia Zero. 

Gostei de texto, e da analogia usada. Lembrou-me o youtuber gringo DarkMatter2525, que já fez e continua fazendo muitas longas animações usando de analogias ou situações hipotéticas pra questionar ideias religiosas. Por vezes mergulhando profundamente na filosofia da coisa. Conhece-o?
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Mensagem por Malkuth Dom 28 Fev 2016, 01:10

"Seja feita a sua vontade
Siga o seu próprio caminho
Pra ser feliz de verdade"

Aí está a primeira lei de Thelema, "Do what thou wilt shall be the whole of the Law", do tio Crowley. Que aliás, se identifica na minha opinião com o teu texto, afinal, o próprio Aleister Crowley dizia para as pessoas não acreditarem no que ele dizia, e simplesmente partirem para o campo da experimentação e retirarem as suas próprias conclusões (desculpe, é quase impossível falar de Raul Seixas sem citar Crowley).

Raul Seixas na minha opinião foi isolado o melhor compositor brasileiro nesses últimos anos, há um grande conteúdo filosófico - que parte principalmente do orientalismo - e oculto - ele foi influenciado bastante pela O.T.O e pela Astrum Argentum - em suas letras, o tipo de coisa que a gente não vê mais hoje em dia. /:

Hm, deixa eu ver... irei esperar a próxima postagem pra tirar algumas conclusões sobre isso aqui. Aguardo.

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Mensagem por Ignatiy Ter 01 Mar 2016, 15:44

Parte II - O mundo (imperfeito) dos homens

Spoiler:

O narrador-personagem do livro de Dostoiévski, Memórias do Subsolo, engajou-se em certo momento em argumentar que o homem era essencialmente masoquista e ingrato no que tange a sua busca pelo conforto. Dizia ele que se algum dia a ciência encontrar um método matemático, uma teoria comportamental que levasse o homem à felicidade, esse prontamente trataria de burlá-la, enxotá-la, para que possa se vangloriar de seus caprichos. Ainda que a ciência somente catalogue a origem das vontades humanas e permita assim prever seu futuro com precisão, o ser humano há de contrariar sua própria vontade, como se fazê-lo fosse parte essencial de um fluxo natural das coisas: é inviável a ele lidar com uma felicidade restrita, tão pagã, tangível.

Spoiler:

Usando as noções propostas por Sartre e Heidegger, essa proposta dostoieviskiana pode ser complementada. Segundo os pensadores existencialistas, o homem constrói sua existência por meio do Dasein - o ser para morte -, já que atribui sentido a sua vida ao projetar sua condição no futuro, em especial o fim da vitalidade. Ao se deparar com um cenário obscuro e muito complicado de compreender, o "absurdo gera mais absurdos". Por certos aspectos, podemos dizer que o comportamento descrito em Memórias do Subsolo é senão fruto da imaturidade.

Reforço essa posição citando a obra clássica - uma de minhas prediletas -, Cândido ou Otimismo, de Volteire. Nessa, vê se claramente o efeito que aprendi lendo Marcelo Gleiser: o homem tende a acreditar que o que é belo é verdadeiro. Deturpa-se a realidade com uma visão parcial em nome do que não passa de capricho! Volteire deixa isso nítido quando um personagem, inicialmente em uma vida muito boa, vai se prejudicando de forma exponencial e ainda assim mantém a noção de viver no "melhor dos mundos". O desfecho, o estado mais próximo da felicidade estável, só vem quando a personagem atinge a maturidade e desiste de seus caprichos e dessa ideia insustentável.

Mas então, o que seria essa maturidade que tanto cito? Repassando o ensinamento de Allan Watts:

"O sentido da vida é estar vivo. É tão claro, tão óbvio e tão simples. Mesmo assim, todo mundo não para de correr em pânico, como se fosse necessário conseguir alguma coisa além de si próprio."

Quem sabe se, quando a humanidade passar a refletir mais sobre isso, passaremos a não ser tão ingratos em relação a nós mesmos e aos outros.

Parte III - Considerações incipientes sobre a maturidade "espiritual"

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Mensagem por Tarin Qua 02 Mar 2016, 22:57

Pelo o que entendi, você quer dizer que o homem alcança o estado mais próximo à felicidade estável quando adquire essa maturidade de viver sem assumir uma razão/missão superior ou externa para sua existência?

Eu entendo seu ponto, mas se retirarmos qualquer valor superior à existência imediata do ser humano, qual motivação sobra para a vida? Se o sentido da vida é estar vivo, a ideia de viver me parece tão significativa quanto qualquer outra ação que tomamos para alcançar um objetivo. Qual o sentido de caminhar? Para estar caminhando. Mas pra que caminhar sem um destino a se chegar?
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Mensagem por Thear Qui 03 Mar 2016, 15:12

Eu devo dizer que, pelo estilo de escrita e escolha de palavras, eu tive dificuldades em entender esse ultimo texto. A impressão que tive é que fala sobre as pessoas tentarem procurar um sentido maior na vida, e que isso gera infelicidade. Mas não tenho certeza, esse estilo de escrita sempre me gera incerteza ao terminar de ler.

Dependendo do seu objetivo com o texto, isso é ou não um problema.
Se tu escreve isso por pura expressão ou capricho pessoal, sem nenhum objetivo envolvendo outras pessoas, isso não é um problema.
Se tu escreve isso para um publico-alvo específico que tenha referencias similares as suas (eu não li as obras de nenhum autor sequer dos que tu mencionou nesse tópico, obrigado por explicar as ideias deles, certas pessoas nem explicariam e esperariam que o leitor conhecesse), então também não é um problema. Conforme o nosso site cresce, com certeza surgirão mais pessoas que apreciem esse tipo de escrita e/ou tenham suas referencias.
Mas se tu espera transmitir uma mensagem a qualquer publico intelectual o suficiente para entender os conceitos envolvidos, então existe um problema. Tu acaba colocando uma barreira excepcional de interpretação de texto que eu, por exemplo, leitor desde criança, tenho dificuldades em entender e acabo não tendo certeza da ideia por trás do texto ao terminar de ler.

Anyway, como eu disse antes... Essa crítica é valida ou não dependendo de seu objetivo. Se tu considera que a critica é valida, não precisa abandonar o estilo, claro. Só recomendaria abranda-lo.
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Mensagem por Ignatiy Sex 04 Mar 2016, 21:20

Levi Gomes escreveu:Pelo o que entendi, você quer dizer que o homem alcança o estado mais próximo à felicidade estável quando adquire essa maturidade de viver sem assumir uma razão/missão superior ou externa para sua existência?

Eu entendo seu ponto, mas se retirarmos qualquer valor superior à existência imediata do ser humano, qual motivação sobra para a vida? Se o sentido da vida é estar vivo, a ideia de viver me parece tão significativa quanto qualquer outra ação que tomamos para alcançar um objetivo. Qual o sentido de caminhar? Para estar caminhando. Mas pra que caminhar sem um destino a se chegar?

Justo! Deixe-me analisar meu ponto, então:

"O sentido da vida é estar vivo. É tão claro, tão óbvio e tão simples. Mesmo assim, todo mundo não para de correr em pânico, como se fosse necessário conseguir alguma coisa além de si próprio."

Essa citação, é outro modo de escrever o que reivindiquei na parte I, "seja feita a vossa vontade, siga o seu próprio caminho, em busca da felicidade". Porque diferente de uma máquina, diferente de um instrumento ou servo, o ser humano é livre, e é mais harmônico pensar que o motivo de estarmos aqui é essencialmente "existir"; existir porque alguém/algo/nada/o acaso, enfim, um anônimo nos criou assim, não para servir a algum propósito, mas para que simplesmente perseguíssemos nossa felicidade. Então imagine que você tenha um filho. Agora se o seu filho te perguntar por que você o gerou, você provavelmente diria algo como "te gerei porque te amo, e quero que você seja feliz", esclarecendo que o alvo da sua ação de gerá-lo foi ele, não você, portanto um fim com finalidade em si mesmo. É claro, isso pode ser contra-argumentado ao ponderar que a existência do seu filho te deixa feliz, mas independente de finalidade, o dever do ser humano para com sua existência é ser o que ele é, ou seja, não precisamos perseguir a uma causa maior, porque qualquer que tenha sido o motivo dessa causa de nos criar, o que quer que façamos estaremos cumprindo o nosso propósito, porque nós somos a finalidade. Diferente de um carro, por exemplo, que quiçá deveria ser preocupar em se mover, o homem teria um objetivo mais semelhante ao de um animal no zoológico: ser ele mesmo.

Sim, eu entendo que a ideia de um criador remete a ideia de finalidade, mas posso tentar elucidar por que ainda assim creio na frase de Watts.  Mas antes deixe-me fazer uma crítica a sua ideia de significância. Eu geralmente associo a busca de um sentido maior à estética, porque parece insalubre a ideia de não termos próposito e estarmos aqui por qualquer razão vaga, mas se pararmos pra pensar, isso é a coisa mais explêndida de todas, porque nos permite sermos o "quadro branco" de nós mesmos. Pegando a ideia de caminhar, vamos inferir a possibilidade de ir aonde quiser, substituindo a de necessidade. É como a existência, você pode fazer o que quiser (de novo, "em busca da felicidade"). Agora aprimorando a metáfora, pense que você não pode parar de caminhar, lhe é incontrolável. A religião seria equivalente a te dizer "você não pode sair caminhando por onde quiser, o sentido/objetivo de você caminhar é unicamente rodear a caaba/cruzar o caminho de Santiago etc. porque essa é a ordem divina. ", talvez uma boa contra-proposta seria: se caminhar por onde quiser te faz feliz, caminhe por onde quiser, pois o sentido/objetivo de caminhar é estar caminhando - quem te deu esse dom, deu porque quer que você caminhe, porque sabe do quão valioso é caminhar -, ou seja, o objetivo (externo) tem fim  si mesmo, enquanto o objetivo (pessoal) é aproveitar ao máximo a caminhada.
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Mensagem por Malkuth Sáb 05 Mar 2016, 01:48

"e é mais harmônico pensar que o motivo de estarmos aqui é essencialmente "existir"; existir porque alguém/algo/nada/o acaso"

"Eu geralmente associo a busca de um sentido maior à estética"

A ideia de que, tudo é obra do acaso é algo tão vazio quanto qualquer outro dogma imposto por qualquer outra religião/credo picareta por aí, cara, particularmente dizendo. Aliás, a liberdade do homem é também na minha opinião, uma simples falsa impressão - principalmente quando tu percebe do que se constitui o alicerce dos sistemas atuais, falsa democracia e tudo mais. Mas não pretendo me estender em relação a isso. Nem tampouco questionar o teu quase ceticismo.

Indico a leitura do Kybalion, foi um livro que abriu ainda mais o meu campo de visão em relação a umas outras coisas por aí.

Boa sorte.
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Mensagem por Ignatiy Dom 06 Mar 2016, 01:12

Primeiro, agradeço os comentários, galera! Isso é um brainstorm, portanto vossos contrapontos são bem úteis para que eu amadureça a ideia que aqui apresento.

Bom, Malkuth, é que essa noção do vazio proposta é teleológica. Não é resposta em si, mas a exclusão de respostas "distratoras". Eu uso muitas vezes o seguinte desafio: tente imaginar uma nova cor, diferente de qualquer uma disponível no paint. No máximo se consegue uma mistura disforme, mas não uma cor de fato. Com isso argumento que o ser humano é limitado na percepção da realidade. No entanto, não foi necessário compreender os quarks para que usássemos a luz elétrica, assim como a ausência da informação definitiva sobre a causa do big bang não impediu que a ciência tivesse tantos e tantos êxitos. Então deveríamos usar o que nos está mais concreto - no sentido de utilidade - para formarmos uma noção mais tangível de nosso sentido aqui.

Sobre a liberdade, achei justo! Inclusive concordo com sua posição, creio no poder da alienação e mesmo tenho raiva disso em certo sentido, mas apontei a liberdade como inerente a condição humana no sentido sartriano, onde "até a não escolha é uma escolha", como se, mesmo que o determinismo atue sobre nossa vontade, no fim ainda somos livres para tomar a escolha que quiser, só não queremos.
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Mensagem por Malkuth Dom 06 Mar 2016, 02:40

Entendo, tu usa esse "acaso" como modo de filtrar as informações, e possivelmente ignorar o que acredita ser ridículo ou como tu mesmo disse, distrativo, para com o tempo criar um quadro final. Ou possivelmente isso. Estou certo?

Já eu, se me permite dizer, penso que considerar a possibilidade de qualquer coisa é uma ideia simplesmente maravilhosa - é claro que falo de possibilidades, existem coisas que estão simplesmente erradas e não há discussão, por exemplo, Deus ou Deuses serem entidades físicas, quando na verdade são símbolos, "personificações" de qualidades humanas, arquétipos, veículos usados para mudanças de consciência e etc. O fato é que, o empirismo se limita ao físico e ao visível, e eu acho isso um desperdício de capacidades. Por exemplo, até um tempo atrás a ciência oficial dizia não existir a “aura” dos seres vivos citada pelos sensitivos, até que isso foi evidenciado por meios técnicos. O campo bioplasmático por sua vez, acabou sendo fotografado e foi preciso aceitar isso, mesmo que a ciência tenha contradito isso no passado e denominado de fantasiosas aquelas pessoas que afirmavam ver um halo em torno do corpo das pessoas. Foram captadas a pouco tempo ondas gravitacionais que sustentam ainda mais a teoria do tio Albert e muitas outras coisas. Entende o que eu quero dizer? Existem coisas que você simplesmente não pode reproduzir através de meios empíricos, não agora ou talvez nunca - não estou limitando a ciência, muito pelo contrário, o cientificismo é algo esplêndido e deve se enraizar ainda mais na escalada do ser humano, mas de forma saudável. O que eu percebo ultimamente é que há um certo fanatismo por ambas as partes religião/ciência, e acredito que isso não beneficia nenhum dos lados. Esse é o ouro dos alquimistas medievais, a ponte entre a tua fagulha divina, o teu self, com o mundo material e vice-versa.

Anyway, acho que me estendi bastante, foi mal. O que eu quero dizer é que, não é por que tu não vê, que não vai estar lá. O amor de uma mãe para com um filho não é algo palpável, tangível, é algo que simplesmente transcende o conhecimento limitado desses pequenininhos seres que habitam o pequeno planeta terra. É impossível descrever ou reproduzir, mas ridicularizá-lo ou simplesmente ignorá-lo não muda nada e no fim pode ser um grande erro.
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